25 maio 2016

Os caminhos que percorro com os meus sapatos

Eu tenho um tênis e hoje  foi dia de usá-lo, era o dia do desafio. Um atividade mundial que acontece anualmente na última quarta-feira de maio. 

Este único tênis   compõe uma estante "cheinha" de sapatos, alguns que já estão fazendo aniversário por conta daquela velha mania de guardar, esse porque comprei ali, aquele porque ganhei no aniversário de 1992... Outros ainda adquiridos na época em que me imaginava uma centopeia. Algumas destas  coisas já aliviaram e talvez um dia passem (Eu terei sapatos,sem adquirir mais nenhum, ainda que demore Muuuito a passar) Enfim!


Tenho alguns que tem o formato do meu pé, já me acompanharam em tantas idas e vindas e sabem inclusive como me senti quando sorria, morrendo de vontade de gritar. Sempre que possível me mantenho firme e só choro quando troco eles por chinelos de pano.
Já conquistei tantas paisagens e a maioria delas foi sobre a sola de algum sapato, depois de uma viagem aérea ou terrestre, o que de melhor eu fiz pra me ambientar foi andar, andar e andar.
É bem verdade que a vida já me fez perceber que em dias se usa salto quinze  em outros sapatilha (e brincos)! Eu já fiz este exercício, e aprendi tanto com ele.

Não sou uma mulher fitness e absolutamente faço quase tudo de salto alto, porém além do salto, nunca andei tão no raso e procurando empaticamente me  colocar tanto no mesmo patamar e no lugar do outro, como nestes  tempos.


Os meus melhores sapatos tenho usado para os combates, eles não precisam mais impressionar ninguém, se  fizerem eu me sentir bem. Os calos todos que alguns já me proporcionaram me fazem mais seletiva, eu já sei  onde vai apertar, é  muito mais fácil de não se machucar.

Eu sei que tem gente que comenta sobre as minhas atitudes e nunca andou sobre os meus sapatos, não sabe o que percorri e muito menos os caminhos, as trilhas e as picadas que tive que lançar mão. Não sabem eles que os sapatos que me servem não servem pra todo mundo, tal qual o sapato alheio raramente se acomoda com a minha filhote de  joanete.

Deste ponto em diante estou mais pra olhar em volta e ao invés de reclamar dos sapatos perceber quantos não tem pés. 
O meu número é quem tem brilho no olho, acredita no que faz, ajuda o próximo, fala  a verdade, expressa sentimento... tem muito mais pessoas que são o meu número hoje em dia, eu aprimorei bastante os meus padrões de medida.
Hoje eu posso dizer que já sei que entre dizer e fazer existe uma série de sapatos gastos.

Daqui pra frente Felicidade é  também este sentimento  de retirar os sapatos depois de um grande dia. (com ou sem chulé)


P.s Amanhã é outro dia, eu sigo conquistando , meus sonhos meus ideais, eu mesma, escolhendo   o sapato ideal.

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