06 outubro 2019

Para não perder registro

Meu blog está maluco!

Tem alguns escritos aqui:
http://rastrosdela2.blogspot.com/

Uma angústia

Faz dias que uma angústia muito grande tem me retirado a paz. 
Poxa,  o que será que está sendo debatido, como as coisas estão chegando?
O que exatamente foi falado?
Tudo isso porque as pessoas envolvidas moram em seu coração a muito tempo.
Os anos fizeram com que  desenvolvesse um auto controle bem grande  e algumas trincheiras me protegem para não me incomodar com o que os outros pensam... Mas neste caso, é necessário confessar está me entristecendo muito por tratar-se de gente que aprendi amar e respeitar.

Em todos estes anos minha consciência precisa estar tranquila e a sensação de ser injusta ou incorreta sempre me incomodou e rezo para seguir incomodando sempre.
Trata-se de uma pessoa que amo desde que ela nasceu, uma garota com uma história nada convencional que iniciou sua vida profissional com muita  boa vontade e com um capricho que era de dar inveja.
Aos poucos, tem decaído, abandonado a alegria e o encantamento. Tem se  mostrado tristonha e avessa  a todo e qualquer tipo de combinado ou regras, agido como se não devesse satisfação a ninguém. 
Se tem algo que mexe muito comigo é perceber as pessoas decrescendo, se perdendo, desencantando. 

Então, no início do ano aconteceu a primeira  conversa, onde  disse a ela disse  com amorosidade o que vinha percebendo, daquelas conversas que a gente tem com quem quer ajudar. Ela concordou em partes e disse que iria repensar e avançar. Porém, os avanços foram na contramão que se toma quando não se quer mostrar uma história positiva e um legado.

Foi observada em uma série de situações, por algumas vezes viram cobrar a postura e principalmente o que aconteceu (?).
Diferente de todas as abordagens que o trabalho me exige, esta nova conversa foi com uma esperança muito grande de compreender porquês... ajudar.
E conversamos, eu Ela, juntamente  com quem havia solicitado providências, mas meu desejo mais profundo era de ajudar, entender. Conversei como quem ama e divide a mesma família. 

Logo no início, as lágrimas dela começaram a brotar  e chorou copiosamente. Quase nada falou e chorou muito.
Dentre os pedidos eu disse:  me diga por favor o que está acontecendo com você? 
A resposta foi sucinta: - Agora não adianta mais! 

Naquele momento pude compreender que uma ação de gestão, muito pensada e sofrida era o motivo atribuído  para todo o descaso e desencanto.
Então, a culpada era eu, realmente era eu! Engoli em seco!
Eu que não pude fazer e sofri muito por isso eu que fiz tabelas e possibilidades, perdi sono E nada! NÃO era possível agir dentro da lei e agradar, fazer o que se pedia...

Nesta conversa onde nós duas choramos, sim , eu tenho coração  e diferente do que querem me fazer parecer tenho humanidade, minha conversa  foi em busca de paz e entendimento, foi para dizer que não era possível e que sendo hoje  o mesmo fato eu agiria da mesma forma, porque foi duro, mas foi correto e eu não levaria na consciência um peso para  a  vida inteira.

Falei da minha dor, do quanto exige fazer gestão com seriedade e mais ainda da minha vontade de ser perdoada se um dia fosse possível.
Talvez meu grande erro tenha sido não conversar sobre o assunto e somente dar devolutiva a quem veio interceder por ela.
Eu sai arrasada daquela conversa, com o coração em pedaços mas  ainda acreditando que tinha sido positiva, que teria reflexão, que esta profissional não atribuiria   a mim, tudo que tem vivido, feito e passado.

Ledo engano!
Além de não ter feito efeito algum positivo, ainda serviu para que não houvesse entendimento do que eu quis fazer. Eu almejava resgatar uma profissional, uma pessoa que não fica um minuto a mais no trabalho,  se chegar antes, somente entra em atividade depois do horário estabelecido em lei, que tem um ponto britânico e para isso finaliza sua aula dez a quinze minutos antes do horário todos os dias dos últimos meses. Que está perdendo a empatia com as crianças. Que se envolve em todos os debates e questões relacionadas a direitos e deveres e sempre induzindo com sua liderança, ao debate e a balburdia, tanto que uma diretora, a melhor na opinião dela, havia me pedido [para que não fizesse mais hora atividade nesta escola. Uma pessoa que anda séria, de cara fechada e segundo uma mãe... até grosseira. Uma pessoa que vota e se alegra ao perder direitos e aguarda ansiosa em reunião que as pessoas me afrontem e que nas três consecutivas sextas feiras para a qual votou perder o tempo de ir para casa, arranja motivos para faltar sem solicitar, como se não tivesse chefe imediato. Mudanças, médicos, alterações de horário... Olhadas no relógio e impaciência nos eventos, saída antecipadas sem mínima satisfação...
Atitudes, de uma pessoa que deve estar ferida magoada e com muitos outros problemas, certamente, mas prefere atribuir a mim a culpa de todas estas atitudes.
Eu lhe pedi para me perdoar se possível e principalmente para pensar na sua postura na forma que vem desempenhando seu trabalho, o desamor que está visível. Fui rude talvez quando disse que cada um mostra quem é  que ela está em tempo de plantar, Meus defeitos e qualidades todos já conhecem pra ,e afrontar  não precisa fazer mais nada, eu já entendi. Falei que sua postura não é de quem está começando uma carreira e sim de quem está a espera da aposentadoria.
Eu queria poder dizer: - Menina, assuma suas dores, me odeie se desejar, mas siga sendo uma boa profissional é pra ti que fazes.
Pois é, não foi assertivo e foi bem assim que foi. Com este intuito e objetivo.

O que me surpreende? Eu vivo nesta família a três décadas, já aprendi tanto, valorizo e admiro muitas posturas, o amor que sentem um pelos outros por exemplo. Porém eu achei de fato que já me conheciam, que soubessem quais são os meus defeitos,que já tivemos tempo suficiente para saber que não sou injusta e muito menos desumana. Que nenhuma palavra saiu da minha boca para humilhar, ofender ou colocar alguém pra baixo, nunca! 
Não haverá conversa, não agora pelo menos e  a forma que estou sendo tratada talvez seja a primeira situação da vida com a qual não saberei lidar.

Vou rezar, pra que isso passe e pra que exista aprendizado. Além desta dor e tristeza de agora.
Eu  não fiz por mal, eu NUNCA fiz mal de caso pensado!

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Só o pó!