Dia 131, 132, 133- 30.07.20

Terça,  quarta,  quinta...

Mergulhamos em tantas coisas, as vezes  para abafar outras.  Mudamos o foco,  limpamos as lentes , tiramos o óculos... Mas o que esta aqui, permanece aqui, o que esta ali, permanece ali. 

Independente de trabalho,  de estudo,  de leitura  de tanta coisa.  O que esta,  teima em ficar.

Ontem foi dia de fazer um sarau on line,  acordar o grupo da academia e foi bonito e emocionante.  O dia inteiro as voltas com tecnologias,  divulgações e problemas tecnológicos.  Luz,  câmera,  ação... Chaplin e o último discurso me inspiraram MUITO .Deu tudo muito certo,  foi de surpreender e ao final  a certeza de que tudo que se coloca amor e capricho sai bem feito. 

Hoje,  faxina , faxina e faxina .

Tudo de "lamber".

Troquei a trilha sonora e as coisas foram fluindo.

Minha mãe precisou de mim,  muito e eu sei que faz diferença dar a mão pra ela agora.  E eu vou, sempre. E irei sempre e Deus permita que demore muito. 

A tarde, aquele projeto  político que já havia prometido não adentrar mais,  me puxou pra perto.  Foi dada a largada.  Vou colocar nas mãos  de Deus e fazer o que acredito. Eu acredito que pessoas boas precisam se doar e fazer diferença no mundo.  Eu tenho candidata!

O jornal Nacional,  o pico, a curva o raio que o parta...

Um chá de limão e mel,  hoje não cabe vinho nem mais nada. 

Só um chazinho.

E a sensação  de ser lembrada! Ainda que só um pouquinho. 

Dia 130- 27.07.20

Uma nova semana.
Segue chuvosa e com Santa Catarina e Roraima liderando as mortes ditas do COVID. Tem estados de sul a norte na linha vermelha.
Aqui...
Muito trabalho,  ele sempre funciona pra mim.
Um sarau on line.
Vamos por e pensar em poesia, música e sensibilidade é uma forma de vacinar a nossa humanidade.
Fazer o mundo mais macio e bom de habitar.

Eu sempre fui mais alma do que Corpo e suspeito que só quem me vê assim,  pode perceber tudo o que carrego aqui dentro.


As metades de mim ficam unidas quando me conecto com o que é  sensível.

Dia 129- 26.07.20

Um dia tão frio e cinza.
A noção  do tempo esta praticamente perdida e os domingos tem a mesma pegada das segundas-feiras, da terça da semana inteira.
Hoje,  nem de longe se parecia um domingo, um velho domingo, daqueles que eu sempre amei.

É óbvio que o efeito desta pandemia esta nublado ainda mais o dia de hoje.  Duas mortes na vizinhança, o covid chegou aqui, não está respeitando idade.
Maldito!
Mas não é só tudo isso,
hoje  não da de precisar exatamente este aperto.
Não sei lidar bem com isso.
 Eu preciso falar com o eterno.

Eu  preciso aprender a me dar o direto de ficar triste e de precisar desesperadamente de um colo.

Eu prefiro dar do que receber,  mas hoje eu preciso!

Dia 128- 25.07.20

"Aquilo que está escrito no coração não necessita de agendas, porque a gente não esquece. O que a memória ama fica eterno."

Rubem Alves

Dia 125, 126 127- 24.07.20

Quarta,  quinta e hoje...


Hoje nasceu a terceira  das filhas da Cecília e do Nersão.
A mais phina e rebuscada.
Somos tão diferentes.
Eu a amo imensamente.

Pouca  vontade de registro.
Minha mãe foi ao médico e esta muito oscilante.
Hoje, estava lúcida e feliz.
Não sei bem se Deus ouviu as preces que fiz na madrugada ou se é assim que é.
Parte de nós,  rimos, confraternizamos e brincamos.

Eu amo estar junto dos meus.

09 estados com as mortes e número de casos de COVID19 em alta..

Dia 124- 21.07.20

Dia histórico!

Vencemos uma batalha. 

A educação brasileira demonstrou militância e força. 

Precisamos seguir na luta.

P.s Um dia histórico!

Um dia pra ficar na história. 

Um dia "mágico"
Eu amei. 

Dia 123- 20.07.20

É emblemático pensar no quanto algumas pessoas fazem diferença na vida da gente!

No quanto é indispensável ter com quem é pra quem contar. Na verdade nem precisa estar muito perto,  precisa estar presente e isso é  grandioso. 

Gente que se faz presente com detalhes.  

Precisa vibrar na nossa frequência,  ou diferente dela também, as diversidades sempre me completam.

Eu sou movida por gente e também por isso este isolamento tem me sufocado.  

A referência de hoje é pra aquelas pessoas que não podem chegar,  mas sempre estão por aqui. São estas que energizam a minha vida e  eu preciso desta eletricidade. 

Me mantém inteira.

 

Martha Medeiros

Estamos há quatro meses mergulhados numa pandemia que mudou nossos hábitos, nos impôs restrições, nos distanciou fisicamente e nos colocou frente a frente com nossas fragilidades. Vai ficar por isso mesmo?

Quando iniciou, parecia apenas uma onda gigante e repentina. Se soubéssemos nos manter à tona, boiando sobre ela, obedientes e respeitosos diante do seu tamanho, nada de muito ruim iria nos acontecer e logo reencontraríamos a calmaria.

É o que vem acontecendo nos países europeus, que estão retomando as atividades cotidianas, dando um passo de cada vez. O Brasil, caótico por natureza, vai levar mais tempo, nenhuma novidade. Três, seis, dez meses? Quando teremos nossa vida de volta?

Talvez nunca, não como era antes. É provável que tenhamos que assimilar que a nossa atual precariedade determinará novos modelos de conduta daqui para frente.

Lavar as mãos, usar máscara e evitar aglomerações: já estamos nos acostumando. Poderíamos nos acostumar agora com o desprestígio da ostentação e do consumismo delirante. Continuaremos comprando comida, roupas e remédios, precisaremos de um bom teto como sempre precisamos, mas nossos luxos talvez mudem – tomara que mudem. Hora de privilegiar as questões humanas, se soubermos aproveitar a oportunidade.

Não chego a falar de um renascimento espiritual, que soaria pomposo, mas acredito, sim, que a tendência é reavaliarmos nosso estilo de vida. As grandes metrópoles se tornaram zonas de contágio, e um êxodo urbano não seria má ideia: sair em busca de desintoxicação, mais atividades ao ar livre, cidades menores, menos concentração populacional.

A arte também se beneficiará desta pandemia. Não só por sua valorização evidente (o que teria sido de nós sem livros, música e filmes nesse longo confinamento?), mas também pelo surgimento de talentos até então desconhecidos: as pessoas foram obrigadas a descobrir em si algum dom - artes manuais, gastronomia, desenho digital, colagens, fotografia, vá saber quantos outros. A expressão artística poderá ser nossa grande contribuição à humanidade: não voltaremos a ser apenas consumidores de cultura, mas fornecedores também.

Não é se apegando a símbolos de status que prestaremos homenagem à nossa sobrevivência, e sim expandindo nossa criatividade, encontrando os amigos, bebendo e comendo com eles, namorando, celebrando as sensações, não as aquisições. Utilidades práticas seguirão bem-vindas

 mas as utilidades emocionais é que definirão nosso bem-estar: meditação para dormir melhor, leitura para mais autoconhecimento, empatia para reduzir desigualdades. Já que esta crise é inevitável, que a gente ao menos transforme nosso espanto em sabedoria.

(Martha Medeiros)

Dia 120, 121, 122- 19.07.20

Na sexta o cardápio foi entrevero, com amigos e cachaça!

Tipo,  precisando beber!

São os que estão conosco desde o início da pandemia. 

Mantemos os devidos cuidados. 

Recebemos amigos no sábado,  tanto tempo,  tanta saudade. 

Brindados com champanhe, muita conversa boa e risadas. 

Sentimos vontade de finalizar este ano e brindar um ano novo.

Que ano! 

Neste dia também meus pais completaram 50 anos de casamento. 

Uma vida,  que nem sempre foi e nem é  fácil.  Sei que cumpriram a mais missão desta união,  formar a nossa família.  

Estive lá,  levei flores e alegria,  procuro sempre ser fonte de alívio e ânimo e todas as vezes que volto da casa dos meus pais,  tenho a plena certeza que foi muito importante estar com eles.  Tecemos memórias que deixarão tanta saudade. 

O domingo... Foi de comemoração,  e de vasculhar o baú das fotos antigas e das saudosas lembranças .

Passamos o dia juntos e meu pai demonstrou saudade é uma memória  invejável. 

Aqui estou eu,  esperando uma nova semana e pensando no quanto eu tenho motivos pra agradecer. 

Dia 119- 16.07.20

Mais um ministro pra educação!

Eu passei longe de trabalho pedagógico hoje. 

Entreguei-me nas delícias de organizar e limpar a casa e a calçada. 

Está tudo de "lamber", que traduzindo é limpíssimo. 

Um vinho na maior taça para  comemorar o teste negativo para COVID. 

Dia118- 15.07.20

Eita dia,  tem uns que valem por três.  

E ouvindo o boteco do Ratinho (Sim! Nunca tinha ouvido), com imagem e som saindo  sem sintonia. 

Os amigos cantam loucamente:

... como é que eu posso ser amigo de alguém que eu tanto amei...

O Flamengo é campeão carioca, novamente...

São 36 vezes?

1 a 0 no fluminense...huhulll!

Dale,  Dale Mengoooo.

  E agora, 

... quando eu digo que deixei de te amar é porque eu te amo... 

E eu não vi o Flamengo ganhar, estava em uma experiência internacional com Lima, no Peru.  Conversação sobre autores brasileiros.  Foi grandioso!

Fiz o teste de sangue do COVID. Ficará pronto em 48h.

Estou sem sintoma algum, mas tive contato com quem testou positivo. 

... eu me agarro e me defendo de você, mas depois me entrego... faço tipo,  falo coisas que eu não sou... Mas depois me entrego...

A experiência de conversar com pessoas desconhecidas e aceitar ser sabatinada foi ousada.  Eu adoro desafios,  me fazem aprender e acreditar na coragem que mora em mim. 

... estou fazendo amor com outra pessoa mas meu coração vai ser pra sempre teu...

A turma tá sertanejíssima! LITERALMENTE falando.  Uma pena é o delay.

Sorte que estou escrevendo e apenas ouvindo. 

... pensa num trem "bão" que tem gostoso...

Tá,  hoje que tem um pouco de audiência,  podiam ter caprichado. 

Vai lá,  Sandra Sá. 

... vem pro meu lado Forever...

Vem que eu te faço feliz...

Beijo por beijo...

... sonho por sonho...

Dia 117- 14.07.20

Hoje eu conheci Pedro Chagas Freitas,  um escritor português,  que já possui mais de 170 obras,  das quais 20 publicadas. 

Alguns críticos publicaram no you tube que nasce um substituto a Fernando Pessoa,  na verdade,  ninguém precisa substituir ninguém e Fernando Pessoa diz coisas que quero dizer, meio que insubstituível, 

mas que este veio pra compor em grande estilo,   há,  disto eu tenho certeza. 

Hoje passei os olhos e me delicie com  " Prometo falhar" e " Prometo prender".

Toda a irreverência e a sensibilidade de um homem que não tem receio de falar de amor. De demonstrar suas fraquezas e suas potências. 

Alguns autores que hoje estão no rol dos meus preferidos,  me foram apresentados por gente que admiro.  

Este,  eu descobri,  procurando uma crônica  sobre o quanto é intragável estar parado. 

Eu li, reli,  sorvi como café quente ou vinho gelado e gostei tanto,  mais tanto,  que resolvi gravar.  

Quando me apaixono assim,  ao primeiro flerte, esta logo garantido um amor pra vida inteira. 

Dia 116- 13.07.20

Gravações,  leituras,  avaliações. 

É fácil preencher uma segunda-feira úmida e meio insonsa.

Entrar no escritório e piscar os olhos batendo  doze horas.

Estive ansiosa hoje,  comi muito e tudo que encontrei no raio de visão. Incluídos até os doces que eu costumeiramente nem gosto.

Café

Café

Café

Piscar os olhos 18h.

Foi um dia produtivo.

Chá de limão e mel talvez aumente a imunidade e eu me torne livre. 

Dia114 e 115- 12.07.20

O sábado foi de muita chuva,  torrencial!

Sono e cama.

 Hoje,  escolhi assim!

Um dia vivido bem devagar pra perceber todas as minúcias que me cercam. 

Acordar sem despertador. 

Amar com capricho. 

Ir sorvendo cada detalhe,  junto com o chima na varanda o embalo de algumas músicas tradicionalistas.  Eu adoro a tradição.

Café com amigos,  estes que vem sem aviso e a gente divide o que tem nas panelas sem cerimônia, porque são da casa, conhecem os gostos e também os temperos. 

Leitura

Leitura

Leitura

Mia Couto é demais!

Um pôr do sol deslumbrante e depois do cair da noite,  com o céu laranja e as estrelas aparentes, ouço o  canto dos grilos ou das cigarras,  nunca sei bem quais são. 

Temperatura amena,  apenas um agasalho fino e um gosto agradável de poder ficar na varanda vendo a noite cair. 

A noite não faz medida do quanto eu amo estes fins de tarde. 

Tudo aqui é motivo de gratidão,  tudo que me cerca me encanta e descortina meus olhos apaixonados por esta  paisagem.   Acho lindo e agradeço todo dia. 

Hoje,  nem quero lembrar de quem não tem as mesmas oportunidades,  quero apenas em prece,  agradecer. 

Dia113- 10.07.20

Parti para os cursos,  mergulhei na leitura. 

Um livro interessante,  um pouco de Drumonnd...

Como se fosse uma bóia de salvação para as incontáveis lives de pessoas e até das mesmas pessoas falando enlouquecidamente praticamente a mesma coisa SEMPRE,  mais para  estar na mídia e receber likes do que verdadeiramente pra somar. 

Não posso mais nem ouvir falar em live.

Num paradoxo minha prima que mora no Peru quer um vídeo para seus alunos mestrandos... adentramos neste  universo. 

Vou ler muito e estudar muito para me manter firme ao que sou e acredito,  como bote de salvação neste mar revolto,  onde inclusive a participação dos órgãos colegiados está sendo tolhida. 

Oxigenar os pensamentos com ideias produtivas é o que eu quero. 

Minha garganta esta arranhando e não é a tinta e o azulejo....

Dia 112- 09.07.20

O covid está batendo com força na porta e isso verdadeiramente é assustador oito estados brasileiros na linha vermelha em franco aumento de casos. Mais de mil mortes diárias. 

Hoje um amigo que esteve aqui em casa na terça -feira arrumando a internet,  testou positivo.  Estamos em alerta máxima.  

Enquanto isto... 

As pulgas de traz da orelha transformando-se em dinossauros. 

Às vezes sou forte, outras nem tanto; em praticamente  todos os dias vejo  felicidades onde vivo; Na grande maioria sou centrada , grata e convicta das oportunidades e do amor que me cerca,  em um e outro,  faço a louca e faço de conta  que quero só migalhas, só um pouco,  só o que já tenho. 

Mas... O que  realmente me intriga e quando não Sou

  fiel a quem sou!

E isso não é com ninguém não,  é comigo. 

Com meus botões. 

Não sei e não quero isso!

Dia111- 08.07.20

Clarice me ajuda a analisar os dias como  este.

Tudo ouriçando desde cedo. 

Aliás,  bem cedo. 

Eu,  não me  preocupo em entender porque VIVER ultrapassa qualquer entendimento. 

Sem muitas delongas,  aproveitar o dia, sentir as alegrias que ele  proporciona.  

Dia 110- 07.07.20

A visão é um dos sentidos que pra ela sempre foi importante.  Muito mais do que ouvir ou até tocar,  ver traz elementos e detalhes que são ímpares. 

Permitem interpretações únicas. 

Tudo o que entra pela retina fica arquivado no cérebro,  bem naquele espaço que pode ser acessado sempre. 

A contemplação da paisagem traz prazer. 

Um prazer inexplicável. 

Ficar ali,  meio imóvel,  meio sem saber como agir...

Apenas olhando,  sorvendo cada detalhe.

Ela agradece a Deus pelas  paisagens que seus olhos podem contemplar e torce para que assim seja,  SEMPRE!

Dia 108 - 05.07.20

Sintetizando:

Sexta foi dia de trabalho árduo.  Avaliação na pandemia,  pensa num desafio!

Sábado,  04.07 comemoramos aniversário de forma remota.  Todos juntos,  cada um em sua casa. Expressamos amor.  Um amor imenso que nos une. Que atravessa o oceano. 

Domingo,  cuidar dos meus!  Meus  pais estão  precisando de mim, como se fossem crianças (teimosas e difíceis de lidar)

Não há nada, que o aconchego e o carinho não dissipe.

A inspiração não anda por aqui neste dias. 

Mas ela há  de voltar!

  

Dia 105- 02.07.20

Isso também vai passar!

E quando passar, nada mais será como antes. 

Dia 104-01.07.20

Mergulhei nos  estudos hoje,  de cabeça. 

Compramos um fone e ficou tranquilo, cada um assiste as suas coisas, sem perturbação. 

Os ventos acalmaram. 

O ciclone tem nome é ciclone bomba. 

Aumentaram os números de mortes e muita destruição e prejuízos materiais. 

Ele está indo pro mar. 

Vi quem estava além mar,  através de uma live. 

Quem esta  muito mais perto nem se deu o luxo de me perguntar se estou bem. 

Então!

Vamos pra frente.