13 setembro 2007


Datada de 1976, em papel amarelado e com letra cursiva desenhada. Tinha pra lá de umas trinta linhas , data, despedida formal e assinatura. Descrito claramente os motivos, local e horário pré-definido , e com o cuidado de que o marido tivesse dado uma saidinha. Seria na própria casa e por um custo não muito elevado, longe de ser profissional, tinha um motivo nobre. Bem nítida a possibilidade de aceitar ou não, caso a alternativa fosse a dois, ela encontraria um outro pretendente, sem muitas delongas. Também mencionado uma interlocutora, amiga em comum que poderia fazer todos os trâmites obcenos. E no fim das linhas um beijinho.

Forma de comunicação da época , utilizada para resolver dois problemas básicos, falta de grana e vontade de pular a cerca. Encontrada hoje de tardinha em cima de um caibro de uma construção que está sendo destruída para dar lugar a um grandioso empreendimento.

Ah! Como mudam as formas e continuam os motivos, contatos mais rápidos, sem muitas explicações mas que tem no seu íntimo os mesmos ideais. E esta atração magnética entre machos e fêmeas desde o princípio da humanidade.

E o desejo existe , ainda que as técnicas não estejam mais tão elaboradas. E mesmo que a atração já esteja evoluindo para machos e machos e fêmeas e fêmeas.
Importante é o magnetismo!

2 comentários:

mfc disse...

Afinal as coisas mudaram pouco!

Unknown disse...

que legal adorei , massa, tudo tem seu jeitinho especial.

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Só o pó!