17 novembro 2007

E agora as sopas , da minha vida...


Fotógrafo/artista: Heidi Coppock-Beard

Tenho desde os tempos mais remotos uma intrinsica relação com as sopas, de amor e ódio, mesmo.
Elas estiveram presentes em muito momentos da minha vida.
Dos primeiros dotes culinários, forçados e advindos de ter quase um berçário para alimentar. Exagero básico, três garotas agitadinhas apenas. Sopas, sagradas de todo dia, dos mais diversos sabores e cores. Derramadas pela mesa, pelo chão e pelos vestidos.

Nas épocas do jardim de infância quando eu ja era professora normalista , desencadeei um pavor tão grande pelas sopas, que eram servidas em mesas super lotadas, sem muito tempero , sem nada de amor, meio tecnicista e em série. Pra degustar muito rápido, lavar as mãos , escovar os dentes e necessariamente ter que dormir, fazer dormir ...quase um batalhão. Naqueles tempos eu nem podia mais sentir o cheiro, me causava repulsa a situação.

Passaram-se as épocas , maior preparo, melhores condições teóricas e práticas, e o gosto pela sopinha da "Marlene", outra, abençoada "tia" que fazia lanchinho em outras terras, onde se despertava o prazer pela alimentação, Ah! Essa sim, me devolveu o paladar , o apetite e o desejo de saborear.

Atualmente , se estivermos por casa, é quase um rito sagrado, domingos a noite rola sempre um caldo, delicioso pelo prazer de ser preparado em equipe e sorvido num grupo seleto e esfomeado.

Na última viagem, um episódio hilário, onde sentadinha , sem a discrição que me veio faltando de fábrica, não consegui disfarçar , e inclusive pronunciei balbúcios, fazendo rir o garçom, observando calmamente o cardápio, que tinha a coragem de ter registrado , ao lado de um prato do referido alimento , um valor exorbidante. De súbito, cheguei a pensar em alguns instantes, se deputado gostar de sopa, tá ferrado. E os meros mortais então... coitados.

E pra eleger a melhor, ja experimentada até hoje, sempre vem a lembrança aquela preparada pela minha nona, depois de eu correr e pular muito , andar de carro de mola, ou a cavalo, parar um pouquinho e saborear , sopa de frango e macarrão caseiro, com cebolinha e orégano colhido no quintal, muitos legumes e sem caldos industrializados , preparadas pelas mãos mais habilidosas que eu ja conheci.

Não sei bem porque... mas esse clima me reporta ao entorno das sopas , de quase todas... que já vivi.

3 comentários:

mfc disse...

É um prato que me cai sempre bem!
E agora que aqui começou o frio.... huummm, que bem que sabe!

Carol Timm disse...

Cátia,

Seu prêmio foi mais que merecido, pois todos que fazem da blogosfera, essas rica troca de textos deliciosos, cometários carinhosos e troca de experiência, com liberdade e respeito, merecem ser premiados, e você é uma dessas pessoas!

Quanto às sopas, confesso que bem pequena não gostava muito. Mas sempre que ficavam doente, tinha a sopa da mãe, revigorante. O que ela fazia muito eram cremes, esse amo de paixão até hoje: Creme de Ervilha com bacon e pães torradinhos em cubos na hora, Sopa de Feijão Branco, são todas uma delícia!

Hoje, aprendi a degustar muitas sopas, até de pacote, nos dias frios, sempre apetece. É esquentar a água e degustar na hora!

Um beijo bem gostoso para você!
Carol

. fina flor . disse...

já eu não bebo leite porque [entre outras coisas] me lembro da merenda da escola que estudei, um horroooooooor de ruim, rs*.

beijos e boa semana, linda

MM.

ps: adoro sopa!

ps2: obrigada pelo presentinho, linda!!!! e parabéns por ter recebido :o)............ tava precisando, mesmo, de um carinho......

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Só o pó!