Ele chegou desesperado, contando fragmentos de vida, tão íntimos e tão dolorosos.
Pedia ajuda, estava visivelmente abalado.
Falou de valores, tão diferentes dos dela, e se não estivesse tão triste, talvez ela pudesse dizer.
Na concepção dela, nada justifica o que lhe aconteceu, mas, ele poderia ter observado as inúmeras pistas que se apresentavam. Ao invés de viver preferiu trabalhar, muito. A tal ponto de não perceber que o que precisava oferecer ia muito além de bens materiais.
Algumas pessoas nem sempre entendem como se processam as emoções e o que é necessário para fazer com tão pouco o outro mais feliz.
Ele, depois de dizer tudo, acalmou-se recebeu ajuda e se foi. Com os sentimentos em pedaços.
Ela... atônita, sem saber porque alguém praticamente desconhecido, lhe procura abre detalhes de vida. Aproveitou a deixa e ficou pensando sobre a sua vida, e observando os "atos" do outro, tenta não cometer os mesmos.