Existe uma dificuldade doente de se desfazer, desprender. Seja de empregos, objetos,sensações, sapatos,relacionamentos. Isso inclui toda e qualquer coisa que ja sentiu possuir, até mesmo aquele velho tapete da sala que está mais do que na hora de trocar. Causa uma sensação incômoda, um pensar sempre e o dia todo,se realmente era hora, era certo, era bom, se devia de verdade ser assim. Não é possível precisar ao certo o por que, em que fase de sua história passou a sentir assim, ou será que foi sempre? Teoricamente não é possesiva, gosta de mudanças,doa roupas, mexe com móveis, não guarda rancor, cuida dos sentimentos e de tantas coisas outras. Pode ser que o que dói não é mover de lugar, não é virar de cabeça pra baixo... Lateja quando sente que se foi, que não terá mais volta, que se desfez.
"Não se preocupe em entender... VIVER ultrapassa qualquer entendimento." Clarice Lispector
08 março 2010
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Total de visualizações de página
100,412
Só o pó!
Onde ficam os rastros...
-
Há outros dias que não têm chegado ainda, que estão fazendo-se como o pão ou as cadeiras ou o produto das farmácias ou das oficinas - há fáb...
-
E se me achar esquisita, respeite também. até eu fui obrigada a me respeitar. Clarice Lispector
2 comentários:
Esse seu post me fez lembrar uma citação da qual gosto muito:
"Guardar algo que pudesse recordar-te seria admitir que eu pudesse esquecer-te." (Shakespeare)
Tudo a ver com essa insistência que temos em nos apegar às coisas e às pessoas... ;-)
Adorei a sua visita a um dos meus blogs! Aproveite pra conhecer meu blog pessoal: http://devaneiosemetamorfoses.blogspot.com/
Bjos!
O nunca mais dói demais mesmo. Por isso, eu tive dificuldade várias vezes de dizer adeus.
Postar um comentário