04 março 2014

Falecimento anunciado!

Meu not  dá  ares de  que vai falecer.
Tem seus  seis anos de lida  diária, ele realmente é muito  utilizado. E se morresse hoje já teria cumprido sua missão.
Desapegos e substituições  tecnológicas, eu  sofro dos  dois problemas. Mania  de considerar  que  o que é meu precisa durar  pra sempre, isso inclui amizades,trabalhos, livros, bolsas, sapatos, lugares, cheiros  e tanto o mais... Também me preocupa absurdamente  a rapidez  com que as pessoas  trocam tudo, substituem, jogam no lixo, vejo as tecnologias em perfeito estado se   tornando obsoletas pelo simples fato de  substituírem no mercado  por outra  com mais velocidade, ou seria  o consumismo? Ou o desejo de ter o que é melhor e mais potente? É, acho que faço parte de uma geração que  gosta  do cuidado, dos  consertos, dos reparos, que estabelece uma relação de apego e de  valor as coisas  que tem e suou pra conquistar. Será isso  bom? Será fruto de uma geração? Será  por ter nascido aqui  e na família no contexto histórico em que me constituí? Vai  saber... O que tenho certeza é  que sofro com despedidas, me dói abrir mão das minhas  coisas, me machuca perder pessoas  que amo. Sorte não ser assim com ideias, por sorte consigo quebrar paradigmas  com mais facilidade  do que dou fim em minhas meias  velhas.
Prevendo  o falecimento  anunciado estou tratando de salvar tudo que posso. Função de dias e dias. Dentro de um notebook  tem parte da vida acadêmica, tem frases,imagens, músicas poesias, textos  e afins. Mas, o que primeiro eu resolvi salvar, acometida pela  síndrome de que "amanhã ele pode não ligar mais" foram as minhas  fotografias. Que são milhares, milhares mesmo de verdade, tem centenas de cada evento, de cada encontro, de cada  viagem , de cada almoço de família. E carregando todas  no "oneDrive" criei um ritual de observá-las carregando e concomitantemente ir apagando em sua pasta de origem, para poder observar bem, ver todos os detalhes, detectar  minúcias outrora não vistas. Elas me parecem tão mais bonitas, puxa,(!) quantos lugares maravilhosos os meus olhos já viram...Quantas pessoas fantásticas eu já tive o prazer de retratar.  E neste exercício tenho lembrado de tantas passagens, tenho despertado tantas impressões e sensações que me fazem  me amar mais e amar  mais a fotografia. Elas eternizam momentos, elas acordam emoções! 

E eu, sigo com o firme  propósito de fazer aquele curso e sair pelo mundo livre e solta clicando aqui, ali e acolá, para ter pra sempre o que lembrar e salvar e reobservar.

03 março 2014

Ai, que bom estar aqui!

Diferente do que sou, ando  meio  quieta...
Meio  triste, e bem cansada.
Não tenho tirado tempo pra mim, nem  para o básico.
Nas últimas  manhãs  todas,  tenho nascido antes do sol, e desligando o celular depois de já estar  a  tempo no trabalho.
TRABALHO! E mais trabalho, como é difícil emplacar ritmo a uma equipe.
Chego  a me perguntar  se realmente  um dia  emplacaremos.
É tempo de  pisar no freio. De  refletir  sobre a direção, de analisar o combustível... E de uma forma  que antes  nunca  foi.
Presumo que  uma das coisas  que me falta é  a escrita. Dentre tantas  outras  que me sobram.
Estou tanto  tempo longe de mim.
Assim sem muita reflexão, vivendo na correria, trabalhando mais  do que nunca.
Colocando por terra  todas as promessas  de  final de ano.
Quando eu escrevo, ainda que seja sem público, plateia ou leitores, eu me reavalio, eu repenso as minhas  coisas, eu me encontro, consigo escolher o trilho em que quero deslizar.

E não  que a vida  esteja ruim, muito menos  que eu não seja absolutamente  grata  por tudo que tem me acontecido.
Sensação boa de sentir os dedos deslizando no teclado e trazendo a tona algumas  coisas  que ninguém mais entenderia.
Promessa  reafirmada de  voltar aqui, todo santo dia.




"Eu só peço que este carinho que eu recebo diariamente aumente mais a minha responsabilidade  do que a minha vaidade."
Marcos Caruso

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Só o pó!