Eu sou irreverente, sei.
Sou daquelas mulheres que sempre diz o que pensa e sente. Já aprendi o momento exato, o tom de voz, a expressão facial e os trejeitos do corpo. As vezes, não digo na hora exata que gostaria, mas em breve e em momento propício tudo é dito, bem detalhadamente.
Se é do meu temperamento, do lugar onde vivo, da forma que fui criada ou das relações que estabeleci ao longo dos tempos, de fato não sei.
Só sei que guardar na garganta coisas que precisam circular, que necessitam ser ditas, espalhadas no mundo, não me pertence.
E eu gosto de ser assim, faz parte da leveza com que atravesso os dias.
Tem gente que entende e até aprecia, tem outras gentes que precisam aprender que pra conviver comigo o pressuposto básico é saber, que derrepente, do nada no meio do dia... minhas palavras vão chegar.
Eu concordo, discordo, mudo de ideia quando bons argumentos me convencem, mas a palavra é uma das minhas bússolas.
Eu me represento pela palavra, escrita, falada, gritada, gemida.
Eu gosto!
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