Eu reativei o uso de um relógio que estava a quase uma década guardado, sem pilhas. Eu sempre gostei de pontualidade britânica e na verdade sou até reconhecida como pontual. Eventos que inclusive iniciaram sem a autoridade máxima, em respeito aos convidados.
Tenho feito analogias sobre o tempo e tenho selecionado detalhadamente a sua utilização.
Escolhido a quem e à o que dedica-lo.
Presumo que precisamos de tempo para fazer estas escolhas.
Na semana passada arranquei a folhinha do calendário que marcava o setembro e no meu trabalho é num piscar de olhos chegará o Natal. E mais um ano se completará, este tão intenso quanto o último, porém com um pouquinho mais de liberdade assistida.
E nesta manhã, sem querer pensar nos problemas do mundo, com a devida alienação que os domingos nos permitem eu fico aqui, da minha varanda olhando a paisagem que tanto amo e pensando:
A vida é boa demais, eu sou privilegiada pelas inúmeras oportunidades que recebi e agarrei quase todas, com toda força. Elas me trouxeram até aqui, com esta sensação de leveza e alegria. Com esta versão minha que gosto bem grande!
Ah, verdade!
Não agarrei tudo, mas ainda vou agarrar!
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