29 setembro 2007

Tempos de Ação.

Fotógrafo/artista: laurie & charles

É relevante fazer uma análise sobre a realidade educacional deste país. Quem de nós ja não ouviu calorosos discursos políticos afirmando que o foco dos investimentos será em Educação. Quem de nós ja não ouviu as máximas, de que só a Educação pode mudar este país, que várias potências em tempos de crise , se reconstituiram pelo viés educacional.


São gestores e gestores , planos e planos, metas e metas. Agora inclusive a mídia tem sido aliada do atual Ministério, e nem considero isto ruim. Observo o contexto e percebo o turbilhão de mudanças e a necessidade premente de um repensar os caminhos. Há de se perceber que em muito menos de duas décadas o conceito de conhecimento foi profundamente alterado. Universitários com seus diplomas estavam prontos até a aposentadoria, alguns deles ainda estão em salas. Insisto em pensar que o número frenético de informações tem deixado nossos profissionais perplexos sem saber extamente o que construir. Não seriam estes tempos de estarmos sim na era de aprender a aprender, de filtrar de perceber o que nos torna mais gente. Dominar as quatro operações matemáticas e produzir um bom texto já não tem mais o mesmo valor que tinha na época do antigo primário, e acabou que na busca da totalidade pode se estar perdendo o detalhe.


Que existem propostas de formação continuada, projetos, programas, vontade de transformar, é inevitável dizer , que sim. nem tudo está largado. Tem gente buscando, puxando, fazendo e não entendendo porque os resultados não estão sendo atingidos. Tambem sei que quando imaginamos ja ter feito tudo, ainda existe uns 30 a 40 % de possibiilidades que não foram experimentadas.


Mas quem seria então, o grande vilão do processo, será que existe apenas um? O que está acontecendo. São 25 % dos recusros públicos investidos por força de lei, onde tem fiscalização pelo menos, teoricamente uma fatia reservada para. Será a forma como os adolescentes e crianças , estes seres que muitos não compreendem, que vem vindo sem limites, sem muitos valores, pode até não ser via de regra,mas não estão valorizando o que os professores oferecem? Não , eu prefiro acreditar que é compromisso da geração adulta , encaminhar e interceder em favor destes meninos ,seja ela sociedade, professores, família.


E ainda que seja apredejada em praça pública vou arriscar em dizer que vejo diante dos olhos as famílias por "n" motivos se desresponsabilizando de sua função, a escola, tentando fazer o que a família não o fez, deixando também a sua missão comprometida. E o PROFESSOR, na minha concepção principal ator do processo, também reclamando de toda a problemática e não buscando subsídios e parcerias para fazer a diferença.


Não sei bem, se adiantam , programas, projetos, recursos, acesso, se os profissionais da área, alguns pelo menos , por DEUS existem abençoadas excessões, ja perderam o tesão, ja cumprem horário e não função. A dita " vocação" que caiu de moda , e tem pessoas se apropriando da mais nobre profissão do mundo, simplesmente como um bico. É o salário? Sim talvez, tem muitos profissionais que ganham pouco, mas com certeza alguns recebem demais pelo que fazem.


Não gostaria de colocar a culpa do mundo nos ombros destes profissionais, mas , simplesmente todas as profissões que dependem de formação acadêmica perpassam por "Nós". E isso é seríssimo!


Está passado o tempo de unir forças, de encontrar resultados reais , de tornar o mundo melhor, através da constução de pessoas com maiores oportunidades,mais completas e mais felizes. Que saibam aprender, viver e conviver.

7 comentários:

Sérgio Luiz Rocha disse...

"Ela" não é mesmo o seu nome, é? (mas deixa assim que é mais encantado..)
vim retribuir-lhe a visita e me deparo com um texto muito responsável sobre a educação; preocupações, de fato, cabíveis e providenciais...teríamos muito a falar sobre, mas não vou monopolizar por aqui...sou educador (o que não significa muita coisa) e se achares conveniente a gente pode conversar muito a respeito...
Ah...volto sempre...
Bjs!!
Sérgio Luyz Rocha
http://www.tramabacana.zip.net

. fina flor . disse...

Querida, depois que li Os 7 saberes essenciais para a educação do futuro, de um filósofo frances chamado Edgar Morin, acho que estamos cada mais longe de poder usar a palavra Educação.

beijos e bom domingo,

MM.

C. disse...

esse merece: comentário, interpretação e aplauso. beijos, e todo meu amor à minha gestora, educadora, professora, PREDILETA.

Carol Timm disse...

Cátia,

Além desse texto levantar um tema fundamental para se debater, pelo comentário acima, suspeito que você seja professora, é verdade?

Bom, acho que vai encontrar outra boa fonte para ampliar essa discussão no post “Pra não faltar carne no pastel” do amigo Sydnei: http://sydnei.zip.net/index.html

A verdade é que toda essa reflexão é necessária para se buscar saídas para a grave crise em que se encontra a Educação no Brasil.

Beijos e boa semana para nós!
Carol

Vânia Sousa disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Vânia Sousa disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Vânia Sousa disse...

Para mim falta responsabilidade e comprometimento. Falta o antigo 'peso na consciência'. Num mundo que oferece tantos recursos para o aprimoramento pessoal, ainda nos deparamos com inúmeros entraves como esse: 'discutir a função da educação'. Pois, esse tema não deveria ser tema de discussão, mas sim a solução para tantos desequilíbrios presentes em nossa sociedade.
Mas, assim como o turbilhão de informações que somos obrigados a filtrar para que possamos nos ater somente ao bom e ao essencial à nossa necessidade humana, somam-se também os problemas, acumulam-se os empecilhos, multiplicam-se as dificuldades e, por essa e por outras, qualquer profissão relacionada ao tema educação beira o caos, pois quando temos contato com esse mundo temos noção do tanto que temos que fazer para melhorar, não só a nós mesmos, mas também ao próximo.
Mas, diante de tamanho desafio, sou totalmente otimista, afinal de contas existem muitas recompensas ao superar pequenas dificuldades do nosso dia-a-dia, então imagine quanto não será gratificante termos a chance de mudar uma pequena parcela do que é hoje o nosso futuro de amanhã?

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