27 abril 2008

A noite do terceiro dia...


E comigo a solidão da maior cidade de Santa Catarina.
Sensação que nunca é sentida na terra natal.
Solidão de nem conhecer ninguém.
De ver muitos rostos e nenhum deles com a exata expressão que procuro.
De andar , por um espaço provinciano, com ruas estreitas e muitas árvores.
Solitária em meio a quase meio milhão de pessoas.

Vitrines, opções de lazer, escada rolante(rs) , cultura, arte, conhecimento.
O mais engraçado, é que tudo isto , tem sim o seu valor, mas o que me inspira mesmo
são os pés de ipês, que nesta época nem estão floridos, mas são observados nas caminhadas de fim de tarde. Aliados ao pôr - do- sol, ao clima que tende para o inverno e ao sorriso de muita gente querida que vai passando a pé , de carro, de bicicleta.
Aí que vontade de ser cumprimentada na rua, e abanar para os conhecidos.
Aqui tem um fenômeno estranho de invisibilidade.

Tem, e só no lugar da gente, um cheiro e um gosto diferente dos demais lugares do mundo.
Sou sempre feliz na hora da saída, mas saber que amanhã é dia de voltar, me faz vibrar de contentamento.

4 comentários:

Luciana Andrade disse...

sem problemas querida.. pode usar...
obrigada pela visita no meu espaço.
bjk

Irmão Sol, Irmã Lua disse...

“Estou de volta pro meu aconchego
Trazendo na mala bastante saudade.
Querendo
Um sorriso sincero, um abraço,
Para aliviar meu cansaço
E toda essa minha vontade.”
(Nando Cordel)

Cátia,
Realmente, “só o lugar da gente tem um gosto e um cheiro diferente.”
É muito bom viajar, se distrair, conhecer novos lugares e pessoas, mas como nosso cantinho não há.
Vivenciei isso por anos, praticamente semanalmente, fazia faculdade fora, viajava de madrugada, e o momento da partida era sempre triste e doido, estar sozinho, longe de todos os amados... Sabia que era necessário e no coração ficava contando os dias para o regresso, a alegria era grande no retorno. Apesar das dores, hoje, tenho certa saudade desse período, por várias razões, e sei que me ajudou muito no crescimento não só intelectual, mas, principalmente, interior como ser humano.
FELIZ regresso!
Beijo,
Benja.

mfc disse...

Sinto-me desenraizado nas cidades.

Marilac disse...

Cátia ,
Entendo bem o que vc falou , essa sensaçao de invisibilidade!
Há muito tempo atrás fui passar uns 10 dias no interior do Ceará numa cidade pequena, e era estranho no inicio quando eu caminhava pelas ruas sem ver uma cara conhecida.Comecei a sentir saudade de tudo..rss

Aliás eu abandonei uma vez um emprego no interior do Maranhão por achar que não ia me adaptar tão londe de todos que eu amava.

Bjs

Marilac

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