"Quando nasci um anjo esbelto,
desses que tocam trombeta, anunciou:
Cargo muito pesado pra mulher,
esta espécie ainda envergonhada.
Aceito os subterfúgios que me cabem,
sem precisar mentir.
Não sou tão feia que não POSSA casar,
acho o Rio de Janeiro uma beleza e
ora sim, ora não, creio em parto sem dor.
Mas o que sinto escrevo. Cumpro uma sina.
Inauguro linhagens, fundo reinos
- Dor não é amargura.
Minha tristeza não tem pedigree,
Já a minha vontade de alegria,
sua raiz vai ao meu mil avô.
Vai ser coxo na vida é maldição pra homem.
Mulher é desdobrável. Eu sou. "
Simplesmente a-d-o-r-o!
5 comentários:
Eu também adoro Adélia!
Um excelente poema para lembrar a MULHER e suas múltiplas possibilidades!
Bjs.
Rose
Venho ouvindo essa poesia na tv esses dias.
Sim, é belíssima.
Aprecio muito seu ritmo, como uma valsa sensual.
Mulheres são mesmo incríveis e absolutamente complexas.
Aprecio também a complexidade, coisas simples me entediam...
Beijos meus.
Catia,
Que bom vir aqui e ler Adélia.
Eu não conhecia este poema e adorei.
"Mulher é desdobrável. Eu sou"
bjs
Marilac
Agradeço sua companhia, eu ainda estou decidindo se continuo ou não com meu blog.
Se eu tivesse escolha, nas próximas vidas gostaria de nascer uma ave que voe; mas, se tivesse que escolher entre ser mulher ou homem, escolheria ser mulher em todas as vidas. As mulheres geram vida, isso é muito bonito. Tomara que um dia todas as mulheres possam viver com dignidade.
ela é ótima, mesmo!
tem um livro dela chamado Bagagem que gosto muitão.
beijos, flor e bom fim de semana
MM.
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