Porque maio é mês de tanta coisa, inclusive de outono. Em meses desta estação já é marcado aqui que as peças sejam tecidas.Um prazer antigo que somente os muito próximos conhecem e que teoricamente nem combina com a agitação da dona. Faz parte de um ritual, visitar a única loja da cidade que ainda vende lã, (será que ninguém mais gosta de tecer?) Pois, depois da escolha minuciosa, o desejo é de ver como ficam tramados através de agulhas grandes, que rendem o trabalho, até porque se demoram muito acabam ficando sem forma. Eles, os que ja estão prontos, são organizados sempre por estas épocas, bem verdade que alguns não perdem seu posto nunca , pelo valor emocional que possuem, digo daquele verde limão que lhe foi presenteado em um dia daqueles que não queremos deixar para trás, quando em uso e com o perfume de mãos amigas lhe foi entregue. Também é o caso daquele bordô , que teima em não combinar com quase nada, mas foi presente de uma madrinha. E assim.. teriam mais um ou dois , que permanecem com lugar cativo, ainda que só no coração. Outros novinhos, com as tendências de cores e texturas ganham espaço no pescoço e no guarda-roupa.
Afinal, tem ainda umas coisitas a serem feitas antes que o maio se vá!
Há outros dias que não têm chegado ainda, que estão fazendo-se como o pão ou as cadeiras ou o produto das farmácias ou das oficinas - há fáb...
E se me achar esquisita, respeite também. até eu fui obrigada a me respeitar. Clarice Lispector
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