Um nobre vendedor de harpas adentrou hoje um dos meus locais de trabalho. Muito mais do que música doce ele me trouxe reflexões, me fez pensar na vida.
Num sotaque nordestino e com sorriso e tom de voz descansado e profundo ele afirmou que está de passagem no sul, visitando parentes no litoral, mas que vende melhor suas harpas em sua terra, onde as pessoas gostam mais de música e alegria. Comentou ainda que passamos a juventude trabalhando e a velhice comprando remédios para ter saúde. Sem compreender porque e também sem mudar o estilo de vida, os princípios dela. Ele aprendeu que a abundância vem de DEUS e é ELE que nos concede. Me disse que já havia almoçado, ele, seus filhos, sua mulher e que era muito grato por isso e por tudo.
E mesmo sem vender, agradeceu e se foi.
Eu queria tanto conversar mais com ele, argumentar, justificar, concordar, contradizer e também DIZER da vida que eu amo e escolhi, que nem foi para ter abundância ou riqueza material. Que a "dita" está realmente tão apertada e tão corrida que não me permite conversar,ver, visitar, fazer ou atender uma ligação para matar saudade. Mas resolvi não dizer mais, me despedi apenas,para conseguir terminar todo o trabalho que me olhava torto naquele canto da mesa.
P.s Tem gente que relembra o que a gente já sabe, mas fala com o coração e isso nos chacoalha.
Um comentário:
Oi Cátia,
Há um velho amigo que, por vezes, nos fala: "na mocidade perde-se a saúde correndo atrás do dinheiro e na velhice perde-se o dinheiro correndo atrás da saúde".
Um abraço do amigo,
Benja
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