03 novembro 2013

Eu vi!

Num lugar onde  os cantos dos pássaros se  confundem,  próximo de árvores  um deles  que juram não conseguir viver na natureza, resolveu voar. Achou um espaço aberto na gaiola e partiu, deixando seus três irmãos.
Passou o dia aprendendo a arte do voo, reconhecendo folhas  e  árvores. Experienciando sensações que viver dentro de uma gaiola jamais lhe permitiriam. No final do dia com fome e  talvez saudade dos seus, começou o caminho de volta. 
Como que num passe de mágica por fome  e instinto, voltou! 
Tinha o céu e preferiu voltar.
Eu não acreditei quando vi.
Queria poder entender   o que ele  sentiu conhecendo os ares?
Como foi a copa de um pinheiro brasileiro se não sabia voar? Talvez  o que é da gente está assim tão forte que se manifeste quando é necessário. 
Ficou feliz em voltar? Vai  viver aqui tendo sempre na  memória a sensação das alturas. E se  nunca mais  conseguir fugir? E se não tivesse  voltado teria realmente morrido?

Bem da verdade todo mundo sente segurança em suas  gaiolas e as nossas amarras ainda que invisíveis nos prendem aqui, ali, acolá.

3 comentários:

Luciana Andrade disse...

Voar, sempre!
Saudade daqui.

Luma Rosa disse...

A liberdade desejada, nem sempre é a liberdade real. Quando um passarinho acostumado na gaiola sente-se livre, não sabe o que fazer com essa liberdade. Talvez o medo tenho feito que voltasse e agora por causa do medo, também não mais se arriscará a sair da gaiola.
Boas festas e feliz 2014!!

ALUISIO CAVALCANTE JR disse...

Querida amiga.

Meu desejo para os que habitam
o meu coração,
é um mergulho no tempo,
onde cada dia,
é um dia de ano novo,
e cada sonho,
uma senha a ser descoberta,
nesta caminhada rumo a alegria.

Muito obrigado por sua amizade.
Que sejamos e façamos felizes a cada dia.

ALUÍSIO CAVALCANTE JR.

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Só o pó!