02 agosto 2015

Em dias de julho que tem calor .

Em  alguns dias  que o sol tá  brilhando, que o calor definitivamente não é de julho, que se para pra dar um respiro e o  desapegar  vira palavra de ordem. 
Mas desapegar de verdade.
Daquele jeito que parece  que nada deve  ficar nas  gavetas e guarda-roupas. Nem a renite atrapalha neste dias. Tudo é remexido e revirado e de  algumas  coisas  a despedida é inevitável.
Lido bem com roupas e sapatos antigos nestes dias, e tudo deve ser entregue rápido pra não dar dor no coração e vontade de guardar novamente... E assim foi!
Mas os papéis, os  bilhetes, as  fotos, os  cadernos... ah, alguns já tem mais de duas décadas  e nunca chega  a hora de reciclar. Eles mais  do que qualquer outra  coisa  refletem um tempo, vivências  e momentos que não voltarão jamais. assim é  com aquele diário de nascimento, o caderno da faculdade, o da pós...As cartas, (sim, eu guardo cartas e  bilhetes) algumas  fotos  fora de lugar. 
Não foi desta vez  que eles  se  foram, resistiram  a milésima faxina  e  continuam ali guardados para que possam ser vistos, tocados relembrados. 
Que  bom que eu desenvolvi o hábito de escrever e que nos meus registros eu consegui descrever o que sentia em cada um dos momentos.
O que mais me surpreende é exatamente a mesmíssima proporção em que mudei e que outras  coisas permanecem sendo "valor" desde  aquelas épocas. presumo que é assim mesmo que eu gosto de ser.
O tempo tem sido rápido e me assusta a velocidade e as marchas  que me impõe. Eu sigo, renovada de  lembranças e de saudades. Agradecida por vivências  que não trocaria por nada nesta  vida, pessoas  que foram e  continuam sendo especiais  e  referências.
Os ácaros  andam lucos pela casa e meus olhos inundados de coisas  boas.




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