08 março 2020

Dia de domingo

Um domingo a noite. Com   uma lua cheia de fazer inveja.  Precedida por um por do sol sobrenatural que fechou uma tarde morna  de início de março. 
Pouca apetite,  almoço a base de peixe,  saboroso.  Fechando uma manhã em que teoricamente aparentava sossego externo, silêncio  e leitura.
A manhã foi na varanda,  onde se observa todos os tons de verde,  se olha pro céu que estava intensamente azul e onde alguns pássaros sobrevoaram  vôos rasantes devido a altitude da construção. 
Uma manhã pacata,  onde o chimarrão bem cevado foi a única companhia.  Cada cuiada era sorvida e misturada aos pensamentos que andam soltos e numa cabeça que já está necessitando de mais ocupação.  Teria um pouco de charme neste ócio criativo, não fosse a dona desta ociosidade uma mulher que precisa de mais função,  movimento e emoção. Parece que tudo resolveu dar pausa no mesmo momento.
...
Pausas escolhidas e outras forçadas.  
O dia amanheceu comemorando a data internacional das mulheres.   Para estas mulheres que muito mais que parabéns,  precisam de respeito,  oportunidade e empoderamento.
Mas pensar isso de uma varanda e com todas as oportunidades que a vida pudesse oferecer,  fica cômodo.  O que não quer dizer que até chegar a esta varanda não houveram inúmeras e grandiosas lutas.  A gente luta,  enquanto vive é por isso, outras tantas vão aparecer.
O que tem lhe tomado o tempo nos domingos de manhã,  são  lutas internas e secretas,  ouso dizer que enfrento a maior de todos os tempos.
Já teve domingos melhores,  ah isso sim.
Amanhã é segunda,  a vida  segue, meio torta meio reta , segue.
Vamos em frente.

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