Diariamente algumas pessoas adentram a sala para reclamar seus "dereitos".
São tantos fatos, que se registrados ja seria possível escrever um livro, meio tragi-cômico, com certeza.Infelizmente algumas pessoas conquistam ou precisam conquistar os seus direitos no grito.
Nesta tarde de chuva, quando é propicia a visita , foi se chegando uma senhora que precisava saber, onde se faziam as reclamações sobre a área da saúde. Entrou com uma moça a tiracolo, que mais tarde ficou claro que era sua nora. Bem nervosa e agitada iniciou a fala. Pedi para sentar-se , ficar mais calma e contar o que aconteceu. O fato relatado em bom tom e repetido três vezes , sucedeu-se na farmácia básica e tinha indícios fortes de mal atendimento. O assunto específico? A distribuição de contraceptivos, camisinhas por sinal, que até a presente data foram entregues para o mês todo e nesta infeliz sexta-feira, apenas doze, entendam, apenas doze , para o mês e isto era sim, um grande absurdo na sua concepção ou na contracepção. A indignação maior foi receber apenas mais "doze" para sua nora, e depois disto a enfermeira teve a coragem de debochar dela com uma risadinha boba. Tomei as devidas providências , liguei ao departamento , entendi e expliquei a situação de licitação, deixei claro que dentro em breve mais 18 lhe seriam entregues, e seria conversado com a funcionária. Ela acalmou-se , sentiu-se vingada e muito agradecida, depois de me expor sua vida sexual e também do filho, despediu-se e partiu.
Detalhes de uma tarde chuvosa de verão.