Daqueles dias...

...em que  tudo nos toca, e geralmente inicia  bem cedo.

Pois. hoje não sei bem em que frequência estou operando, mas sei que estou sensível,até demais.

Em dias  assim, me  emociona um menino soluçando de  saudades da  vó, repetindo a cada instante que queria estar com ela.

Da tranquilidade daquelas  pessoas, que ja chegam chegando, diga-se  em lugar totalmente estranho, sem conhecer quase  ninguém e seguem  o ritmo natural da vida,como se  entendesse  que assim tem que ser,  para que seja sem dor. Uma naturalidade nas  ações de  causar espanto e despertar interesse  para uma tese.

E no mesmo espaço territorial, aquela  bocó, que fala mal pelos cotovelos  do lugar onde  ganha o pão, deixa  claríssimo como  a luz o quanto não se  enquadra com aquela funçào , com aquela gente  e não faz efetivamente nada pra melhorar.

Das lágrimas  que teimam em inundar meus olhos quando ouço o depoimento de alguém que não lê, não escreve, não decodifica  letras e sabe  que na melhor das hipóteses, se  começar está semana, sexta é o dia, terá lá seus prováveis 10, 15 anos de cidadão letrado. E ouvir  que na vida não aprendeu, não  por falta de  vontade  ou por ser "ruim das idéias", "foi oportunidade dona, isso eu não tive". E  fragmentos da sua história de  vida, que realmente comprovam os fatos. Precisei de  controle, quando descreveu a  humilhação que sentiu quando uma dona, formada, lhe tratou mal, muito mal em seu ambiente de trabalho. "Sabe, eu não sei ler não, mas  não faço as  pessoas se sentirem assim".

Daqueles  dias, em que pouco ja passa da medida.

Deve ser  sensibilidade apurada, imcompreensão dos valores  do mundo,ou uma outra coisa  qualquer, está coisa  que me sufoca  agora.

Ou realmente as coisas  estão de ponta cabeça. Sei lá!

Só sei  que hoje tá na hora de  ir ao berço e  ponto.