28 outubro 2011

vou ali...

...volto em "seguidita", e pra mim será descanso deverasmente merecido!


OS DOMINGOS PRECISAM DE FERIADOS


Toda sexta-feira à noite começa o Shabat para a tradição judaica.
Shabat é o conceito que propõe descanso ao final do ciclo semanal de produção, inspirado no descanso divino no sétimo dia da Criação.
Muito além de uma proposta trabalhista, entendemos a pausa como fundamental para a saúde de tudo o que é vivo.
A noite é pausa, o inverno é pausa, mesmo a morte é pausa. Onde não há pausa, a vida lentamente se extingue.
Para um mundo no qual funcionar 24 horas por dia parece não ser suficiente, onde o meio ambiente e a terra imploram por uma folga, onde nós mesmos não suportamos mais a falta de tempo, descansar se torna uma necessidade do planeta.
Hoje, o tempo de "pausa" é preenchido por diversão e alienação.
Lazer não é feito de descanso, mas de ocupações para não nos ocuparmos. A própria palavra entretenimento indica o desejo de não parar. E a incapacidade de parar é uma forma de depressão. O mundo está deprimido e a indústria do entretenimento cresce nessas condições.
Nossas cidades se parecem cada vez mais com a Disneylândia. Longas filas para aproveitar experiências pouco interativas. Fim de dia com gosto de vazio. Um divertido que não é nem bom nem ruim. Dia pronto para ser esquecido, não fossem as fotos e a memória de uma expectativa frustrada que ninguém revela para não dar o gostinho ao próximo...
Entramos no milênio num mundo que é um grande shopping. A internet e a televisão não dormem. Não há mais insônia solitária; solitário é quem dorme. As bolsas do Ocidente e do Oriente se revezam fazendo do ganhar e perder, das informações e dos rumores, atividade incessante. A CNN inventou um tempo linear que só pode parar no fim.
Mas as paradas estão por toda a caminhada e por todo o processo. Sem acostamento, a vida parece fluir mais rápida e eficiente, mas ao custo fóbico de uma paisagem que passa. O futuro é tão rápido que se confunde com o presente.
As montanhas estão com olheiras, os rios precisam de um bom banho, as cidades de uma cochilada, o mar de umas férias, o domingo de um feriado...
Nossos namorados querem "ficar", trocando o "ser" pelo "estar".
Saímos da escravidão do século XIX para o leasing do século XXI - um dia seremos nossos?
Quem tem tempo não é sério, quem não tem tempo é importante.
Nunca fizemos tanto e realizamos tão pouco. Nunca tantos fizeram tanto por tão poucos...
Parar não é interromper. Muitas vezes continuar é que é uma interrupção. O dia de não trabalhar não é o dia de se distrair literalmente, ficar desatento. É um dia de atenção, de ser atencioso consigo e com sua vida.
A pergunta que as pessoas se fazem no descanso é: o que vamos fazer hoje? Já marcada pela ansiedade. E sonhamos com uma longevidade de 120 anos, quando não sabemos o que fazer numa tarde de domingo.
Quem ganha tempo, por definição, perde. Quem mata tempo, fere-se mortalmente. É este o grande "radical livre" que envelhece nossa alegria - o sonho de fazer do tempo uma mercadoria.
Em tempos de novo milênio, vamos resgatar coisas que são milenares. A pausa é que traz a surpresa e não o que vem depois. A pausa é que dá sentido à caminhada. A prática espiritual deste milênio será viver as pausas. Não haverá maior sábio do que aquele que souber quando algo terminou e quando algo vai começar.
Afinal, por que o Criador descansou? Talvez porque, mais difícil do que iniciar um processo do nada, seja dá-lo como concluído.
Autor: Rabino Nilton Bonder


O que você acha sobre?

27 outubro 2011

27 de outubro

Hoje fazem 65 anos que ele nasceu.
Eu estive com ele, não foi bem uma comemoração, ou melhor, não foi como as outras trintas e tantas que bem  me lembro.
Mas eu lhe amo e lhe desejo saúde  e paz.


P.s Eu senti saudades da minha vó Narcisa, por muitas vezes ela esteve conosco.

Merece ser guardado pra sempre!

"Eu passaria dias e dias conversando com você. Em especial, por que além de saber que estou ouvindo você, sei que você está me ouvindo."
                                             

26 outubro 2011

Ouvir de verdade

Se fosse objeto de uma pesquisa,independente do contexto em que se relaciona, certamente  um dos adjetivos, se não o mais forte, o segundo mais evidente quem sabe, seria sua característica de falar. 
Ela é falante, consegue discorrer  sobre vários temas  e os que não domina, faz tantas indagações e buscas  que acaba falando sobre, em dois tempos.
É  provável que algumas pessoas admirem esta peculiaridade, outras nem tanto e ainda as demais talvez até detestem... Isso também lhe afeta em graus diferentes, dada  a importância que dedica  a cada um dos interlocutores.
E olha que tem  muita gente querida  que a rodeia,com as quais poderia abrir-se, porém no máximo escapam  algumas migalhas.( quando escapam)
As vezes sente uma falta doentia de ser ouvida, de ficar a vontade para dizer, simplesmente o que sente. 
Mas o fato, que nem é confessado sem tortura, é que pouquíssimas pessoas  despertam seu desejo de falar de si,sobre suas  coisinhas, aquelas que ficam ali nos cantos, espiando de lado. Conversa e  divaga sobre mil assuntos, menos os DELA. Parece que isso a tornará muito igual, muito humana, muito cheia de defeitos e problemas e nem é assim que as pessoas são acostumadas a vê-la.
Existem as especiais é óbvio,menos que poucas é a quantificação, a estas  Ela permite lhe  ouvir de verdade,  de tudo, estas  a  encantam tendo a empatia suficiente para  lhe motivar a falar. Exatamente as mesmas  que lhe aprimoram a qualidade de OUVIR, muito além das palavras. Assim como Ela sente necessidade  e gosta de ser ouvida.  (apesar de não ser boa nisso)



23 outubro 2011

Martha Medeiros



...
Pior do que a voz que cala,
é um silêncio que fala.
Simples, rapido e quanto forca!
Silêncios que falam sobre desinteresse,
esquecimento, recusas
(...)
Cordas vocais em funcionamento
articulam argumentos,
expõem suas queixas, jogam limpo.
Já o silêncio arquiteta planos
que não são compartilhados.
Quando nada é dito, nada fica combinado.
É o silêncio de um, mandando más notícias
para o desespero do outro.

Comer Rezar e amar

Entre um livro e um filme , decididamente a escolha é o livro.

Mas este me chegou antes, com trilha sonora  e belas paisagens.
Independente de entendimento de cinema  ou de qualquer outro na área, eu
assisti pela segunda vez, e junto com minha Cacau! Coisa  que raramente fazemos  e  GOSTEI  ainda mais! 
Ontem me chamou atenção em especial a cena do jantar de ação de Graças na despedida da Itália. Isso porque as escolhas  dependem do momento histórico e emocional que se está vivendo, dos olhos que estão vendo, da forma  que se está sentindo.
Fiquei  aqui divagando, o que mais  realmente se  precisa de fato, além de Comer, rezar e amar? 
Cada  qual com seus minuciosos significados.

P.s Também pode ser que  todos os significados acima descritos , sejam influenciados pela  TPM , que eu sempre afirmei não ter  sintomas. E por decorrência a vontade de ver e sentir  umas  coisinhas temperadas  com gosto de água e açúcar. Vai saber...

22 outubro 2011

vento!

Faz dias  que  nem Eu nem  Ela vem aqui, sabe aquele período em que a inspiração anda nos cantos esperando motivos para chegar. ( nem para uma nem para outra)
O Fato é que depois de registradas  algumas coisas se eternizam e quando se  quer muito que  fossem diferente se fica   aguardando.
O que vem intrigando  (Eu e Ela) e nem é pouco é   fruto  de constatações. 
Antes, não sei bem porque  mas tinha uma atitude diferente em relação as  ditas.
Agora, é assim!



08 outubro 2011

Divã

Deka Pimenta


Oi! Há quanto tempo não nos vemos, heim? Senta aqui, por favor. Puxa as almofadas pra lá, que aí dá até pra deitar.
Tá servido de suco? Tem água também. Eu não tenho café, não tomo. Vou ficar devendo.
Eu tô tentando escrever um pouco, pra ver se organizo as ideias do que tem acontecido ultimamente, mas tá foda. Minha cabeça tá meio zoada. Tive duas crises de enxaqueca só na última semana.
O que você tem feito? Tem aproveitado o dia, o sol, a família? Pois é… São coisas que a gente não costuma se dar conta, a não ser que não as tenha mais ao alcance. A gente só sente falta do dia depois que anoitece e do sol, quando tá aquela chuvinha sacana que gela até o pensamento. De família o buraco é mais embaixo
Família é mais do que as pessoas que têm o seu sangue. Tem o lance da sinceridade, do conforto, da segurança. É onde você tá e pensa “putz, aqui eu tô em casa” e quando tá longe, não vê a hora de acabar o que tem de fazer pra voltar e descansar. Você só se liga na necessidade disso, quando tá fora e não tem vontade de voltar. Sei lá, dá uma sensação desgraçada de que tudo é provisório.
Às vezes acho até que fico assim porque penso demais em coisas pequenas, sabe? Porra, uma coisinha que era pra ser corriqueira, tipo entender que todo mundo é humano e sujeito aos mesmos erros, todo mundo sabe disso. Só que eu tento botar em prática e só me ferro! É engraçado a forma como não dá pra fazer nada nesse mundo esperando que façam o mesmo contigo. Pra falar a verdade, não dá nem pra contar com a consideração das pessoas.
Aí quando você toma uma porrada da vida e sai meio cambaleando, a primeira coisa que aparece é geral te apontando o dedo, vomitando verdades prontas, que não foi nem ele que fez. Na boa, se for pra arrotar clichê dos outros por aí, eu também faço. Quero ver é quem é macho o suficiente pra VIVER o que diz.
A vida tem uns jeitos engraçados de ensinar as pessoas. Ela é meio brusca e não te dá muitas chances, não. Mas também não dá pra se proteger de tudo, né? Que raio de ser humano vai ser aquele que cresce numa bolha, com medo do mundo, da violência, de se decepcionar, de mudar, de tentar… Quer dizer… Não cresce, né?
Das coisas que a gente tem certeza da vida, é a morte, a dor e o sofrimento. Uma hora isso vai acontecer e a gente vai ter que enfrentar, ué. Fugir não é viver.
Tá, é certo que tem coisas que se você perder uma vez não tem mais volta. Confiança, por exemplo. As chances da confiança voltar são mínimas e se acontecer, nunca mais vai ser a mesma coisa. Não dá pra querer conquistar confiança, nem respeito no grito. Você só consegue dando o exemplo e tenha em conta que é apenas uma vez. Perdeu, meu querido, já era.
Até perdão você consegue fácil. Agora tenta perder o respeito de alguém, pra ver.
Mas, se tem coisa que dói mesmo, é quando o teu herói sangra. Não tô falando de um porre de vez em quando, ou desrespeitar a vaga de idoso porque precisava ir rápido até o banco. O que não dá pra admitir é ver tudo o que você sempre admirou nessa pessoa se perder aos poucos. O seu super poder se enfraquecer, sem kriptonita. Você se espelhava nele e daí, quando você olha pro reflexo, vê alguém que você não quer ser. Você até tenta se orgulhar de novo, mas se descobre querendo ter a chance de ser diferente.
Aí, meu amigo, o seu mundo cai. A gente consegue perdoar tudo. Até traição. Mas a morte de um ídolo te mata um pouco também. E aí você precisa de um tempo pra se acostumar com o seu novo eu, sem ter um exemplo pra seguir.
Mas, eu divago. Pode me dizer que horas são?
Oras, mas então já se acabou a sua sessão! Peço mil perdões, você é a paciente aqui e eu é quem devia estar te ouvindo. Acho melhor você passar na recepção e marcar outra consulta.
Marcia, mande entrar o próximo, por favor?


P.s eu gostei muito de pensar nisto tudo.

03 outubro 2011

Meu dia?





- Dou graças que acabou.
-Tenho plena certeza que muitos hoje tiveram um dia muito pior do que o meu.
- Adoro som de gaita e violão.

P.s Sim, estes pés  podem representar meu umbigo!

02 outubro 2011

Alegria!


"É melhor ser alegre
que ser triste
Alegria é a melhor
coisa que existe."
Vinícius de Moraes

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