Ao abrir os olhos ainda ecoava a propaganda do carro de som que passou ontem a noite em todas as ruas conclamando as pessoas para irem para suas casas.
Afastamento social, toque de recolher.
Assustador!
Hoje, preciso inverter a ordem.
O dia iniciou com um banho morno.
Longo e revigorante.
Pensamentos bem longe, muito longe de toda esta problemática.
Cabelos escovados, batom na boca, brincos, me vesti e decidi não ligar a TV. E foi assim que foi, sem notícias no período da manhã.
Um café, dois, cinco.
Três olhadas no celular até o almoço.
Finalizei a leitura de um livro e a tarde de mais um.
O final do primeiro totalmente inusitado, errei o nome da assassina e não teve nenhum romance.
No outro, recheado de detalhes, me apaixonei pelo final.
Simmm, eu estava lendo dois de forma concomitante.
Eu gosto de ficar comigo, eu penso nas minhas coisas, eu tenho bastante no que pensar.
Confesso que sem a pressão do noticiário fica mais tranquilo, já temos as nossas próprias urgências e mais esta do mundo.
De noite, atualizando número de casos e mortes e constatação de que já temos ali, na cidade vizinha casos confirmados.
A Itália se mantém como foco da pandemia no planeta, as mortes só aumentam.
Na China nenhum caso de transmissão local nos últimos três dias.
Meu Deus!
Psicólogas já colocam seus serviços on line a disposição, já falam em
Epidemia de pânico...
E eu que tenho sempre a casa cheia de gente e por vezes até acho excesso de visitas confesso que saber que não podem vir, amplia minha sensação de solidão e de falta.
Gosto da minha casa, de ficar dentro dela, mas tem efeito diferente saber que não é opcional estar só aqui.
Eu gosto de gente!
Eu sinto falta de algumas pessoas, MUITA falta.
Eu vou beber vinho na maior taça hoje.
P.s Minha tosse parou
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