Dia 44, 45 46 - 03.04.20

A sexta... foi normal. (como assim?)
O problema é quando a normalidade de uma pandemia nos ataca.

Refazendo a frase, eu gostei de viver esta sexta, em casa sem nenhuma notícia da pandemia. Apenas vivendo uma sexta em casa.

No sábado assistimos uma live do CABARÉ e curtimos como se estivéssemos em um show ao vivo.

Nós gostamos de conviver.

Graças a DEUS!

O domingo hoje, passamos a marca de um dia  a mais de todas as férias da minha vida. Minha profissão me garantia 45 dias, nos últimos sete anos tive menos de 30 e agora estou trabalhando e muito em casa. Mas ainda assim estou aqui pelo maior tempo de todos.

 Vamos ao domingo, ah o domingo foi repleto de sono e cama, uma saída básica para almoçar na casa de amigos ( tá, eu sei que não devia...Tomamos os devidos cuidados.)  E a tarde mais cama,cama e cama.

Acordei no pôr do sol, ainda consegui assisti-lo  e agora, fumega uma xícara de chá aqui, na mesa do lugar que se transformou no melhor lugar da casa. A temperatura despencou repentinamente e sem chover,o que é raro. Aliás esta tudo muito seco. O frio, que eu odeio, diga-se, ainda não chegou,hoje acordamos com 10 graus é apenas uma palhinha do inverno quenos espera. Mas diz a lenda que sempre é possível aproveitar o verãozinho de maio.

Quando construí este pequeno escritório,nunca imaginei que seria tão necessário e também tão acalentador. Nos anos todos que estamos aqui, tinha se transformado apenas em um local para guardar livros ,materiais, papéis. Meu toc agradecia porque adoro cada coisa no seu compartimento. Mas desfrutar o espaço, sentir o prazer de estar sentada aqui na paz, foi neste isolamento que consegui.  Aqui eu leio, escrevo, sonho, produzo,me comunico com o mundo  e tomo chá,chimarrão, vinho, café. Comidas estão proibidas no recinto, visto que a cozinha é logo ali.  

E hoje a vontade, também pela falta de sono, é seguir noite a dentro, neste silêncio incrível, onde me encontro comigo de uma forma ímpar.