Chegamos a metade de um ano, onde dependendo do prisma que vemos... já vivemos o dobro.
Falo de dormir por exemplo, acordar sem despertador, organizar armários, ler. É destas coisas boas de viver que quero dizer hoje.
De dormir tarde, ah como eu amo, é uma espécie de rebeldia ao sistema, não precisar dormir cedo. Ficar comigo no sofá, lendo, assistindo filmes, séries , documentários. Tomando um chá, um vinho uma água e tendo o prazer de curtir a minha companhia. Ah eu gosto tanto de ficar comigo.
Neste mês de junho eu chego, assustada é verdade, mais com todos os conceitos, valores e princípios passados a ferro. Novinhos em folha, joguei fora alguns paradigmas, reforcei algumas certezas. Sou mais eu, mais autêntica, uma pessoa melhor certamente.
Este junho chega e me encontra me olhando bem dentro dos olhos e sabendo o que quero melhorar, onde precisou crescer.
O tempo livre, o ócio criativo faz isso com a gente.
Eu gosto de observar o movimento que eu faço como gente.
De agora em diante o tempo vai ser sempre atual. Hoje é hoje. Espanto-me ao mesmo tempo desconfiado por tanto me ser dado. E amanhã eu vou ter de novo um hoje. Há algo de dor e pungência em viver o hoje.
(Clarice Lispector em Um Sopro de Vida)
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