Tantos dias... sem trabalho presencial. Sem vida, sem barulho, sem risadas de crianças, sem cantar, sem contar histórias e ver os olhinhos deles brilhando.
O trabalho sempre foi energético pra mim. É nele que eu mergulho de cabeça, quando as coisas não estão bem certinhas. E nele que eu aterizo quando está tudo maravilhoso.
Meu bote de salvação, meu paraquedas, meu colete a prova de balas.
É ele que me faz me sentir viva, importante pro mundo, necessária.
Me faz me sentir mais Gente.
Foi ele a vida inteira.
Minha tábua de salvação.
Meu Rivotril, minha água de Melissa.
Eu estou precisando trabalhar, produzir, ver crianças, abraçar minhas crianças.
Amanhã fazem cinco meses em homeoffice. Isso não esta certo.
Isso acaba com a saúde emocional do peão.
Preciso, ensinar, cantar, acolher.
Eu preciso povoar meus pensamentos com gente.
Ir pro mundo, deslocar, saltar e partir.
No noticiário de hoje uma tragédia maior que tudo, uma afronta à humanidade. Santo Deus. Pra onde iremos...tem piedade Deus, olha pra baixo, toca o coração da tua gente.
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