24 março 2022

Faxina

Quinta é dia de fazer faxina. Colocar uma música bem alta e aproveitar a tarde para deixar tudo impecável. 

Aproximadamente quatro horas de peleia e tudo fica limpo,  cheiroso e organizado.  Um luxo,  que resolvi puxar pra mim.  Dispensei minha ajudante e tenho seguido em carreira solo no último ano quando passei a ter duas tardes de folga. 


Eu gosto de organizar as minhas coisas  e ve-las cada uma no seu devido lugar 

Os amigos íntimos sabem  que além de TBT a quinta é  dia de não  receber visitas. Tudooo está tão organizado que não merece ser alterado. 


Hoje,  as dezenove,  chegaram visitas que nos conhecem a vida inteira e desconhecem esta informação tão real. 

Então... hoje eu reprogramei aqui e curti a visita,  o vinho a janta. De que adianta tudo impecável se não for pra compartilhar,  dar umas risadonas.


É que um sorriso as vezes faz bem.

Eles vieram eu esqueci dos meus  pensamentos e  os  recebi animadamente como sempre.

Minha casa está sempre completa com muita gente que gosta de estar aqui. 


Conversamos,  rimos e saboreando dois argentinos. 

Que bom que a gente se permite.







23 março 2022

Os líquidos

Um café quente me observa aqui de perto, eu que sempre fui dos prazeres líquidos, me delicio neste fim de tarde. Diferente da modernidade de Bauman, que define tempos líquidos. Os meus, digo de antemão que são por todos os tipos de líquidos de fato, sem as metáforas e as analogias que tão bem são ilustradas por ele através da sociologia.

Na realidade, eu preservo os sólidos, relacionamentos, empregos, amizades, apegos, amores... Já me perguntei inúmeras vezes a que ponto tudo isso é bom.

Mas minha queda é pelos líquidos, além dos bebíveis (todos) também esta garoa fina que vai banhando a paisagem me apetece.

E o banho? É deste líquido que preciso agora! Hoje o dia nasceu pra mim, antes do despertador tocar. Acordei descansada mas com uma sensação de euforia que estava antevendo a peleia que seria. Mas já foi e tem uma noite no meio.



22 março 2022

Cheguei!

 



Cheguei, com as águas de março fechando o verão, com a a  rinite típica deste pedaço do ano, a substituição do terere pelo chimarrão,  com a  retomada do vinho  que traz um sabor inconfundível as  noites. 

Cheguei, mais descansada do que nunca, com tempo livre pra ler, escrever, amar os pequenos e grandes detalhes,  descobrindo gigantes miudezas, valorizando cada  alegria que surge.

Cheguei, sem necessidade de gabaritar, de mostrar conhecimento ou poder pra ninguém, sem melindres,  sem exibicionismo.

Cheguei aprendendo a dizer só o que é necessário, o que edifica, o que possa  fazer bem, sem muitas delongas, sem dizer das impressões  e certezas pra gente que ainda não consegue  compreende-las.

Cheguei mais madura, mais segura de mim, mais empoderada, mais certeira do que realmente necessito.

Cheguei sabendo que eu vou muito mais longe  e que posso evoluir um tantão ainda.


Não foi sem dor, nem sem luta, muito menos sem cicatrizes, mas  está valendo muito a pena, reconhecer esta mulher nova que está aqui no espelho. Ela reflete o que vem de  dentro sem a mínima preocupação com rótulos, perfeições  ou opiniões.

Seguimos!

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Só o pó!