29 novembro 2007

Para Presente...



Ela tem nascido nos últimos dias , bem antes que o sol.
E não pense que isto a agrada, seus hábitos são definitivamente noturnos .
Cumpre diariamente um ritual sagrado.
Depois disto é possível partir.
Por vezes, quando o serviço é burocrático e na base, Ela vai de terninho básico e camisete verde que aliada ao batom rosa, clareia a tonalidade dos seus olhos, ainda que esta impressão seja só dela.
Em dias de ir a campo o escolhido é um jeans, com a forma do corpo e uma blusa colorida ou não.
Independente das escolhas.... sempre as acompanha os colares... pulseiras... brincos e tamancos, como fiéis escudeiros. Faça chuva ou sol.
Hoje o rito foi o mesmo.
O agito também.
Mas uma interpelação cômica e baseada numa linguagem amável e coloquial, precisa ser referenciada:

- Bom dia, e onde vai hoje, embrulhada pra presente?

É claro que Ela devolveu o bom dia , com uma enorme gargalhada e seguiu.
Entre os seus botões ficou pensando, por que o mundo é matéria do que pensar.
Agora possui mais uma forma de vestir-se.
Em que dias será que as pessoas a vêem vestida assim?
E o mais importante:
certamente entender que estar vestida pra presente ,tem um significado que transcende a beleza apenas da caixa.

27 novembro 2007

Pra guardar ...

Se eu pudesse guardar numa caixinha só um pouco da sutileza que consegui ter hoje.
A inspiração veio, de uma leitura labial, proferida por alguém que tem a autoridade de merecer o meu respeito:
- Calma por favor! ( pausadamente e com o coração.)

não é que as vezes eu consigo?
Apesar da vontade de ir as vias de fato, que me fez cócegas, ardentes.
Foi possível ser C A L M A , sem deixar de ser autêntica e verdadeira .

Será a "serenidade que os anos trazem" como diz o pé de meia?
Ou foi apenas um surto leve e passageiro?

Olhando pro espelho e pro umbigo , eu voto na segunda opção.



Entendeu agora porque eu quero guardar um pouco na caixinha ?
Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma....

26 novembro 2007




De gente idiota que avalia o todo olhando só para uma parte.
E nem mede o que diz e nem sabe o que escreve.
E será que vão entender quando esta tal de democracia????????
Tô sem paciência pra esse "tipo" hoje. .

25 novembro 2007

AMIGOS ESPECIAIS

No século passado nos comunicávamos também por cartas.


Claro que não sou bem da época que se escrevia: com pena , peguei na pena.Mas...que escrevi muita carta, ah , isso sim.


Cultivei muitas amizades de longa data por correspondência.


Em domingo de chuva sempre fico nostálgica....


É uma relação meio, céu cinzento e coração mole.

Nem é mais possível reler, como aliás eu fazia sempre, foram descartadas por conta do mofo que me provocava uma renite alérgica insuportável.

As lembranças, estas estarão para sempre aqui

Alguns amigos, chegaram agora a pouco , outros , caminham , perto ou longe ,físico e emocionalmente , a muito tempo.

Ja modernizamos as formas de comunicação , evidente, porém o mais bacana é como me conhecem, como sabem das coisas que me agradam ou não, como me auxiliam a ser melhor e mais gente. Como sabem extamente a hora de entrar e sair de cena.
O tempo está se indo e nós continuamos cada vez mais amigos.

22 novembro 2007

E pra quem ousar querer saber...

simplesmente me agarro nesta:
'' ... Sou como você me vê ...
Posso ser leve como uma brisa
ou forte como uma ventania,
Depende de quando e como você me vê passar ... "
Fotógrafo/artista: LWA/Sharie Kennedy

21 novembro 2007

Alguns dias

Tem calor de verão, sol iluminando tudo desde muito cedo.
Cheiro de outono, sorrisos que enfeitam os rostos e deixam um aroma de erva doce no ar.
Matizes de primavera, brilho e flores.
E será possível que pessoas conseguem ficar alheias a toda este espetáculo e manter-se mais frias do que o inverno.
Em dias de quatro estações , é preciso estar atenta.
Em todos os dias é preciso estar muito atenta.
A transformação de um no outro, acontece justamente, quando se mistura uma pitada de sensibilidade!




Fotógrafo/artista: Skye Chalmers

20 novembro 2007

Quando as pessoas dormem...

Elas parecem tão frágeis, tão indefesas,tão desprovidas de maldade.
Sempre que vejo alguém dormindo, sou acometida , mesmo não entendendo porque, por uma ternura, um sentimento de comoção.
De querer abraçar bem apertado, pegar no colo e "cuidar" .

Fotógrafo/artista: H Armstrong Roberts

17 novembro 2007

E agora as sopas , da minha vida...


Fotógrafo/artista: Heidi Coppock-Beard

Tenho desde os tempos mais remotos uma intrinsica relação com as sopas, de amor e ódio, mesmo.
Elas estiveram presentes em muito momentos da minha vida.
Dos primeiros dotes culinários, forçados e advindos de ter quase um berçário para alimentar. Exagero básico, três garotas agitadinhas apenas. Sopas, sagradas de todo dia, dos mais diversos sabores e cores. Derramadas pela mesa, pelo chão e pelos vestidos.

Nas épocas do jardim de infância quando eu ja era professora normalista , desencadeei um pavor tão grande pelas sopas, que eram servidas em mesas super lotadas, sem muito tempero , sem nada de amor, meio tecnicista e em série. Pra degustar muito rápido, lavar as mãos , escovar os dentes e necessariamente ter que dormir, fazer dormir ...quase um batalhão. Naqueles tempos eu nem podia mais sentir o cheiro, me causava repulsa a situação.

Passaram-se as épocas , maior preparo, melhores condições teóricas e práticas, e o gosto pela sopinha da "Marlene", outra, abençoada "tia" que fazia lanchinho em outras terras, onde se despertava o prazer pela alimentação, Ah! Essa sim, me devolveu o paladar , o apetite e o desejo de saborear.

Atualmente , se estivermos por casa, é quase um rito sagrado, domingos a noite rola sempre um caldo, delicioso pelo prazer de ser preparado em equipe e sorvido num grupo seleto e esfomeado.

Na última viagem, um episódio hilário, onde sentadinha , sem a discrição que me veio faltando de fábrica, não consegui disfarçar , e inclusive pronunciei balbúcios, fazendo rir o garçom, observando calmamente o cardápio, que tinha a coragem de ter registrado , ao lado de um prato do referido alimento , um valor exorbidante. De súbito, cheguei a pensar em alguns instantes, se deputado gostar de sopa, tá ferrado. E os meros mortais então... coitados.

E pra eleger a melhor, ja experimentada até hoje, sempre vem a lembrança aquela preparada pela minha nona, depois de eu correr e pular muito , andar de carro de mola, ou a cavalo, parar um pouquinho e saborear , sopa de frango e macarrão caseiro, com cebolinha e orégano colhido no quintal, muitos legumes e sem caldos industrializados , preparadas pelas mãos mais habilidosas que eu ja conheci.

Não sei bem porque... mas esse clima me reporta ao entorno das sopas , de quase todas... que já vivi.

Grata surpresa , misturada a sopinha quente.

Então, o tema ja estava escolhido, pra combinar com este friozinho que faz novembro parecer junho.
Mas é inevitável dar uma paradinha e dizer:

Obrigado, querida Carol.
Você é uma pessoa encantadora.
Quanto a discutir o merecimento , bem vou me fazer de louca e apenas dizer que adorei.

Faço questão de compartilhar:
http://www.pedemeias.blogspot.com/
http://www.finaflormonicamontone.blogspot.com/
http://pequenaservilhasenesperas.blogspot.com/
http://rogeriofelicio.blogspot.com/
http://femininocomarte.blogspot.com/

Entendi que só pódiam ser cinco, por isso Hay e Marilac, como ja estão contemplados por Carol , apenas incluí-los, nas almas boas que me inspiram diariamente, daquelas leituras que depois que a gente conhece , não consegue nunca mais abandonar!

14 novembro 2007

Pra mim...

Pra alguns... amanhã é simplesmente feriado.
Pra outros feriadão....
Pra quem não é brasileiro, pode até ser só um dia normal.
Muitos festejam a Proclamação da República... (Proclamação de quê mesmo?)
Mas...Pra mim... não é apenas um misto de tudo isto, é dia também de agradecer!


Fotógrafo/artista: Burazin

Qual seria a sua idade se você não soubesse quantos anos você tem?

Já parou pra pensar?

13 novembro 2007

Queridos ouvintes...

Ou melhor , leitores, convém salientar que a programação ja voltou com toda a atividade. A falha teve motivo simples,problemas com frequências diferentes. Agradecendo aos contatos , o carinho, a preocupação. Apetece dizer, que nestas terras , emaranhado de emoções que acabam desencadeando desconfortos, são desenroladas em tempo hábil e nem tem muito tempo de duração.


"Porque há o direito ao grito.

então eu grito."




Sabe Clarice, se não dá pra gritar na hora, aí eu choro, mas depois que eu choro...

Eu lavo o rosto, passo batom e grito tudinho! Ah! Se eu grito.

12 novembro 2007

Interrompemos ...

a nossa programação normal , para informar apenas, que hoje teve revolta de todas os sentimentos, eles vieram , com direito a passeata, cartazes e faixas.
Misturou:
contentamento
alegria
indignação
raiva
arrependimento.

Todos absolutamente num dia só e é claro algumas lágrimas teimaram em aparecer.
Sorte que elas fazem isso muito em particular.
Mas não da nada não, isso só acontece quando todas as emoções resolvem ter motivos específicos pra aflorar no mesmo dia, e o tal do rojão , toma força e não quer se deixar segurar.

Fotógrafo/artista: Elyse Lewin

10 novembro 2007

Enumerando descobertas

O fato de ir e vir sempre proporciona , as pessoas que se permitem aprender, uma enorme possibilidade.

A bagagem voltou muito mais encorpada do que foi, seja pelos livros todos , que voltaram junto e muito mais pela grande gama de informação e responsabilidade. Temática nova e apaixonante. Pessoas encantadas e acreditando no seus ideais, provocaram vários arrepios na alma.

O exercício contínuo de observação e registro tem me proporcionado um olhar mais apurado sobre as situações cotidianas. E acredite , nesta viagem, foi necessário enumerar temáticas, anotando-as no "caderno da madre" para se transformarem através de doses homeopáticas em posts para este espaço.

O que fica como mais importante e portanto o número um:

Não existe nada que transforma , responsabiliza e encanta mais , um ser humano como eu, do que saber que as pessoas acreditam em mim , a ponto de dividir seus projetos ,apostando de antemão nos resultados e na seriedade da missão que se aproxima.
Palavras da semana: Contentamento, euforia, aprendizado.


Fotógrafo/artista: John S Dykes

Tem fotos novas ali, vai lá!

03 novembro 2007

Qualquer sinal


Fotógrafo/artista: Christa Renee
As vezes a gente precisa urgente de notícias...
Qualquer notícia.
Veiculada de qualquer forma.
Ainda que seja um simples sinal sonoro , letras aleatóriamente espalhadas , ou nuvens de fumaça, sem muito entendimento.
Alguma coisa, boa ou ruim , que sirva para orientar os pensamentos, quando se encontram completamente bagunçados.

"Falar é completamente fácil,
quando se têm palavras em mente
que expressem sua opinião.
Difícil é expressar por gestos e atitudes
o que realmente queremos dizer,
o quanto queremos dizer,
antes que a pessoa se vá".

02 novembro 2007

Profundidade a meu modo

Hoje acordei "profunda", não sei bem , se pelas reflexões que algumas taças de vinho inevitávelmente me trazem. Talvez pelo barulho de chuva na calçada , ou o silêncio que impera por aqui.

Tem uns assuntos meus ,que me tomam as vezes, geralmente em momentos assim.

Decidido é que tenho um fio condutor muito presente , quase que se pode chamar de leme, que compondo com muitas outras atitudes,consiste em dizer as pessoas o que penso delas . Seja agora ou depois mais. Como tudo nesta vida, esta postura oferece riscos. Ser entendida ou não, agradar ou não, esta é a questão. O pior? É que isto não me incomoda.

Trocando em miúdos, ( e talvez fosse desnecessário fazê-lo) não deixo de dizer o que penso, seja positivo ou não o assunto a ser tratado ,entende?

Mas a dúvida está posta, será que é realmente interessante "dizer"?
E quando a gente é interrompido bruscamente , e nem disse tudo?
É mais ou menos nisso que consiste a profundidade do que eu queria decifrar.

Enquanto o sol não brilha e a chuva está incorpando, eu não chego a ponto algum , me basta parafrasear Clarice :

"Eu escrevo sem esperança de que o que eu escrevo altere qualquer coisa. Não altera em nada... Porque no fundo a gente não está querendo alterar as coisas. A gente está querendo desabrochar de um modo ou de outro..."

Fotógrafo: Wilfried Krecichwost

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Só o pó!