Da minha admiração com as pessoas...

A bola da vez  nestas terras, é um pó, que faz uma mistura perfeita de  cálcio e magnésio, na fala da  palestrante,  que por acaso  fui meio que obrigada pela  circustância  a ouvir, fazem a  composição perfeita  para  a  cura de  todos  os males. Eu  que sempre  fico cabreira  com estes,  que podem ser  tomados, massageados, embebecidos  e vão resolvendo  desde aftas, espinhas, intestinos presos, dores nas pernas   e tal. Estávamos em  um grupo próximo de  12  pessoas, todas ouviram atentamente a  explanação  e antes  que a fala  findasse ja  tinham encomendas para não correr  o risco de ficar sem o produto milagroso. Tal não  foi minha admiração quando uma das pessoas  pediu logo três  frascos, ainda  que   a vendedora  afirmasse  que um deles  utilizado na dosagem certa  todos os dias,  duraria três meses. Achei um pouco de graça,ou melhor um muito, principalmente porque  o tal medicamento natural, deve ser   associado a exercícios  físicos, muita  água, cinco tipos de  frutas  diárias, sono regular   e equilíbrio emocional  ou fé , como queiram, dizia  ela.  Por  Deus, foi inevitável lembrar de  uma  amiga  que  brinca assim: "Deste  jeito é possível  ficar para semente".

É impressionante como algumas pessoas digerem as  suas  carências  e necessitam  se agarrar em algum amuleto, crença ou medicamento para aguentar as pocas e boas desta vida.

E antes que o maio acabe...

Porque  maio  é mês de  tanta  coisa, inclusive de  outono. Em meses  desta estação   já é marcado aqui  que as  peças  sejam tecidas.Um prazer antigo  que  somente os muito próximos  conhecem e que  teoricamente  nem combina  com a agitação da  dona. Faz  parte de  um ritual, visitar a única loja da cidade  que ainda vende  lã, (será  que ninguém mais  gosta de  tecer?) Pois, depois da escolha minuciosa, o desejo é de  ver  como  ficam tramados através de  agulhas  grandes,  que rendem o trabalho, até porque se  demoram muito acabam  ficando sem forma. Eles, os  que ja estão  prontos, são organizados  sempre  por estas  épocas,  bem verdade  que alguns  não perdem seu posto nunca , pelo valor  emocional  que possuem, digo daquele  verde limão   que lhe  foi presenteado em um dia  daqueles que não queremos deixar para trás, quando em uso e  com o perfume de mãos amigas lhe  foi entregue. Também é o caso  daquele bordô , que teima em não  combinar  com quase  nada, mas  foi presente de uma madrinha. E assim.. teriam  mais  um ou dois , que permanecem  com lugar cativo, ainda  que  só no coração. Outros novinhos, com as tendências  de  cores  e texturas  ganham espaço  no pescoço e no guarda-roupa.

Afinal, tem ainda umas  coisitas  a serem feitas  antes  que o maio se  vá!

Um leque

Por tratar-se de   sexta... é necessário escolher  a dedo o tema. Hoje merece  um,  de  véspera de  sábado e não de  segunda  chuvosa.Pois, então falemos de  comprometimento, que no final da semana , as  vezes   nos arde aquela região próxima da nuca. Esse, meus  amigos,  é pra  quem tem não é para  quem quer. E saliente ao leque de  defeitos  que  todos  carregamos fica  pra mim como  um diferencial de qualidade!

Aceita um pouco de chá...

O sabor  é  levemente adocicado servido em caneca  de  louça preta e faz  parte de um ritual  que tem adentrado aos  dias  daqui. Não  é  apenas o chá, o início de  inverno, a mudança de  alguns  hábitos...
Com ele vem também uma  descoberta interessante, de  momentos  sagrados, onde  sendo sorvido aos  pouquinhos,  dá um tempo de  apenas  pensar, sem interlocução, sem nenhum tipo  de interpelação.
São nestes  momentos  também , que  é  permitido pensar, analisar, recordar.
Dos  temas  diversos, seleciono agora , esta sensação ímpar que  aconteceu  faz pouco, de cultivar uma grande  amizade!

" O dedo aponta a lua. ..


O sábio olha a lua.



O tolo olha o dedo. "


ditado zen

P.s -  Passei  para tirar um pouco deste  cheiro de  mofo, sabe, a  antiga renite ataca.
Olha, falta registro, que um dia sempre  vem, mas  a vida...  bomba  por aqui.

O fogo libertador.

E ainda  que a  necessidade  de ler seja  enorme , sobre determinado  tema  em questão, aquele, para terminar monografia, e  cadê  de arranjar vontade. Se inspira um pouquinho até pega  alguns livros na mão, outros  na  net, mas  a  coisa  vai de  devagar para quase parando.

Diante  do referido  quadro, tudo que se  apresenta é sempre mais interessante, chega  apensar  até  que pelo fato de  faltar dois meses  para a  entrega  da dita, precisa  esperar  a pressão  final que é sempre  eficiente  e  lhe  faz  produzir  a  toques  de  caixa.(esta  é  bardinha da qual não se livra)

Pois, adivinha  só  que aqui se   descobre  que o mesmo autor  famoso  na cibercultura( tema da leitura  obrigatória)  também é filósofo e  otimista (dito por ele mesmo).

Começa o   encanto  exatamente neste  ponto:

..." você  não tem a  chave, ninguém tem a chave. Ninguém nunca  a teve . Não precisamos de  chave. A porta  está aberta. Entre  em sua casa..."Pierre Levy, O FOGO LIBERTADOR

E fica  aqui  devorando as  linhas  uma  a uma, mas  com calma necessária  de  digerir  cada informação, todas as  palavras   que   tocam profundamente.

De que importa  tantas  coisas, se  simplesmente  ainda estamos  do lado de  fora.

Se é  que  vocês  me entendem!