Ela sabia que a festa tinha terminado - a gente sempre sabe. Agora só havia migalhas, e isso não era nem de perto o que ela se lembrava de ter experimentado anteriormente.
Por Fabíola Simões
"Não se preocupe em entender... VIVER ultrapassa qualquer entendimento." Clarice Lispector
Ela sabia que a festa tinha terminado - a gente sempre sabe. Agora só havia migalhas, e isso não era nem de perto o que ela se lembrava de ter experimentado anteriormente.
Por Fabíola Simões
Foram exatas 14h de trabalho, interrompidos por um banho.
Eu acredito que o meu trabalho pode melhorar a vida de algumas pessoas e isso melhora o mundo. Ainda que em doses homeopáticas... melhora.
Hoje, o que estava mesmo precisando de melhorar é o meu mundo...
Estes pensamentos teimosos e recorrentes que não saem daqui.
Hoje uma pergunta, logo cedo me fez responder sem titubear.
-Você prefere trabalhar com gente grande ou gente pequena?
Eu amo gente pequena, ali tem autenticidade, verdade, amor.
Eles correm pra gente quando gostam.
Dizem o que sentem e são tão verdadeiros em expressar o que não gostam.
Eles representam a possibilidade de um vir a ser, mais feliz.
Eles acreditam em fadas, encantos porções mágicas... eles acreditam que podemos mudar o mundo.
Eles fazem a gente acreditar também.
Não precisa acionar as funções da rede social. (Isso é tosco)
Quando eu não quero, eu sei não ver.
As vezes a gente precisa dizer e ser ouvida, falar do que sente e esperar respostas minimamente sutis.
Terminou minha taça de vinho e hoje eu vou pra cama porque não estou pra filosofia de botequim.
Eu preciso escrever sobre a massagem que recebi hoje.
Só pra constar e não esquecer!
Eu reativei o uso de um relógio que estava a quase uma década guardado, sem pilhas. Eu sempre gostei de pontualidade britânica e na verdade sou até reconhecida como pontual. Eventos que inclusive iniciaram sem a autoridade máxima, em respeito aos convidados.
Tenho feito analogias sobre o tempo e tenho selecionado detalhadamente a sua utilização.
Escolhido a quem e à o que dedica-lo.
Presumo que precisamos de tempo para fazer estas escolhas.
Na semana passada arranquei a folhinha do calendário que marcava o setembro e no meu trabalho é num piscar de olhos chegará o Natal. E mais um ano se completará, este tão intenso quanto o último, porém com um pouquinho mais de liberdade assistida.
E nesta manhã, sem querer pensar nos problemas do mundo, com a devida alienação que os domingos nos permitem eu fico aqui, da minha varanda olhando a paisagem que tanto amo e pensando:
A vida é boa demais, eu sou privilegiada pelas inúmeras oportunidades que recebi e agarrei quase todas, com toda força. Elas me trouxeram até aqui, com esta sensação de leveza e alegria. Com esta versão minha que gosto bem grande!
Ah, verdade!
Não agarrei tudo, mas ainda vou agarrar!
Eitaaa é pouco, nos dias que a gente queria mais.
Mas, sabe-se que extrapola a vontade.
São muitas forças...
Ventos...
jogos...
Sorte que tem sempre uma noite no meio.
Um olhar atencioso, uma conversa desprovida de nexo, algumas pitadas de carinho, minutos de tempo dedicados.
Quando se baixa a guarda e simplesmente se desfruta da delícia de conviver, sem pretensão de entender ou de fazer sentido.
Sorte é ter gente assim fazendo parte do nossos dias. Gente que se doa sem reservas, sem fronteiras.
Que alegram os fins de tarde, tipo pôr do sol, com um brilho que precede a noite.
Desta gente não queremos nos perder nunca, porque elas garantem um novo dia, feliz.
Tem gente que não faz ideia do bem que faz na vida da gente.
As vezes ela vem quando menos se espera.
Já parou pra pensar, o que realmente você precisa?
Eu, preciso! De gente, de trabalho, de vinho.
Não sei viver sem desafio, sem magia, sem encantamento.
Eu preciso de pôr do sol, de banho quente de chimarrão.
Ah, como eu PRECISO de brilho no olho de desejo por dias melhores.
De aconchego, de carinho, de colo de arrepio.
Eu me contento com bem menos do que eu PRECISO.
Eu também preciso.
E ponto.
“São tempos difíceis para os sonhadores.”
– Amélie.
Sabe quando você não controla o que diz?
E quando não se arrepende?
E quando sente vontade de dizer mais um monte de palavras, (?) por sorte, silencia!
Enfim!
Dias em que as palavras não cabem na boca e insistem em sair.
Chove lá fora, como todo bom setembro que se preze.
Um dia altamente emotivo.
A oftalmo deu esperanças que a catarata pode ser removida e talvez o olho volte a brilhar.
Nós voltamos na hora do rusch, eu vim interagindo pra ver se a glicemia não estava baixando e cheguei aqui, novamente pensando. Com as emoções a flor da pele.
Sorte que existe o vinho!
Não sou de sofrer por muito tempo, é pra frente que se anda.
Vou espalhar conversa, acolhimento, amor e bom humor até onde der.
Pelo tempo que tiver que ser.
Estas viagens ao médico tem assumido um tom de passeio, de envolvimento de convivência.
Sentiremos saudades.
Seguimos, adiante e pensando nas últimas conversas sobre o assunto.
Minha irmã, que talvez nunca leia isso é dona da minha grande admiração no mundo.
Estamos juntas honrando pai e mãe.
Não é sempre, mas as vezes a gente quer filosofar.
A gente PRECISA.
Chimarrão de fim de tarde chuvosa faz a gente sentir esta necessidade
Falar... minimamente ... dizer com alguns poucos detalhes o que vem sentindo a tempo. Uns apertos umas angústias, uns ranços. (!)
Dado ao fato de acontecer raramente é uma vez ou outra, numa terça básica, era bem merecido ter alguém sensível o suficiente simplesmente para ouvir. Não carecia nem interagir, só ouvir!
Alguém que quisesse um pouco a mesma filosofia que a gente!
Tem gente que perde a chance.
Tá, não sou carente! Mas hoje estou e me "ganharia" quem tivesse a sensibilidade de saber que hoje eu PRECISAVA!
O contrário também é verdadeiro.
E só!
Espero.
Espero sempre,
nem Espero.
Espero sempre,
nem sei o quê.
Por algo que aconteça.
Talvez dentro de mim.
Ana de Melo
Tem gente discreta, alguns abusando da exposição. Outros ainda... fazendo um esforço grande pra ostentar alegria, disposição, virilidade e outras coisitas mais...
Vejo sorrisos só com a boca.
É tipo uma coisa puxa outra, tem gente querendo viver de ilusão, mostrar uma vida que nem é e também buscando a forma física perfeita como se pudessem viver com aquele filtro impecável que deixa tudo lindo e brilhante. E talvez até possam é talvez até lhes faça bem.
De forma bem clichê, as redes sociais trouxeram a possibilidade de aproximar gente distante e afastar os próximos. Eu gosto muito de "navegar" faço escolhas do que mostrar e do que deixar subliminar. Não faço o tipo lamentação porque isso nunca combinou comigo, não gosto de propagar mazelas, abandonei às militância políticas porque não acredito em praticamente mais ninguém... gosto mesmo é de lembranças, tu crê? Gosto de ver o que já fiz a dois, cinco, dez anos atrás e fico imaginando e fazendo projeções impulsionando pensamentos neste tempo pra frente.
Eu sempre fui uma apaixonada por fotos elas congelam momentos que certamente a memória ficará feliz em relembrar. E eu as posto loucamente. (Pra mim).
Mas o que quero dizer agora talvez seja até um tanto pejorativo,
..Será que realmente as pessoas são tão felizes como nos comerciais de margarina...
Eu tenho lá minhas dúvidas.
Mas se realmente forem, este é um baita sinal.
O que me provoca, que mexe comigo é que eu tenho uma estranha mania de querer ver, saber, distinguir. Não o que realmente é, porque isso é muito relativo, o que eu realmente gostaria de saber é o que às pessoas querem mostrar.
Por quê?
Quarta com um tom de segunda e véspera de quinta.
Acabei aquela série horrorosa que estava assistindo, não recomendo nem a série e nem torrar amendoim ao mesmo tempo.
Cheguei cedo e talvez a primeira vez do ano, me joguei no sofá sem pensar em mais nada, sem ler, sem finalizar trabalho iniciado, sem mais.
Este é um tipo de liberdade meio que inédito pra mim.
Choveu!
Ela necessitava muito falar.
Contar, dizer, fazer um reprise da vida interinha.
Não era bem o que eu desejava fazer numa terça de feriado da independência. Em dia de manifestação pelo Brasil a fora...ou a dentro...
Eu preferi ouvir, não me manifestar e fiquei meio imóvel sem compreender.
Talvez seja tristeza, depressão ou uma solidão além da medida, o fato é que ela precisa muito ser ouvida.
Presumo que todos precisamos.
E aquela minha velha teoria que ninguém se aproxima da gente sem um motivo, talvez tenha -lhe feito bem. E isso é bonito. Não foi tão cansativo assim. Mas como alguém conta uma vida interinha s uma v desconhecida?
Sem julgamentos me fez constatar uma dúzia de escolhas que eu não faria.
Mas... quem realmente poderá entender as consequências o que vem lá na frente diante das escolhas que fazemos. Das coisas que com muita intensidade desejamos e ainda assim deixamos escapar por entre os dedos.
O que a gente faria novamente e o que se conseguisse jamais iniciaria?
Rondam dias de felicitações, para os quais a gente quer escolher as melhores palavras, as de domingo, aquelas que ninguém nunca utilizou para expressar os sentimentos. E é porque a gente quer se fazer entender, sem falar muito e sem estar muito próximo fisicamente.
Palavras curativas que façam esquecer o que foi e abram possibilidades para o que está por vir. Palavras verdadeiras que bem longe ficam de um "brincadeira" mas expressam sentimento. Dos mais exóticos e autênticos já vistos.
Então o desejo é leve, como aquele vestido de tecido esvoaçante que se usa no alto verão, simples como as sextas feiras a noite são, intensos como vinho tinto seco no outono... O DESEJO é grande e é de FELICIDADES com toda a sutileza de seus detalhes.
Estando de aniversário ou não, curta e aproveite muito cada alegria da vida, elas somadas formam os dias felizes.
Desejo que você vá muito longe e que sem ansiedade,
acredite que ali na frente a vida pode ser mais e mais bonita.
Eu estou alterando meu conceito sobre a velhice.
Meus avós viveram até o momento de eu achar a velhice incrível.
Não sei, se era eu ou eles que eram diferentes.
Ver os pais envelhecerem e irem perdendo suas capacidades de visão, locomoção e pior de sanidade mental é tão difícil.
Voltei tão triste hoje.
Amanhã passa!
Por coragem estou em casa, de férias como não estava previsto para ser. Meu últimos julhos, com exceção de 2020 foram todos de trabalho dobrado.
Me assusta um tanto, o outro me permite ler, escrever, assistir, tomar chimarrão, pensar nas mazelas. Deste ponto onde estou olhando hoje, eu gosto.
Preciso aprender a largar, a deixar ir , a recomeçar sem por alguns momentos imaginar que me desvio da minha missão. Eu vou executá-la de onde quer que eu esteja.
Esta última tentativa foi "deverasmente" melhor sucedida.
Sigo ocupando a cabeça, militando em três frentes e entendendo um pouco mais que o mundo gira, com ou sem a minha presença. na realidade tenho um prazer inestimável de ser a pessoa que aciona a chave de partida.
Mas vou crescer!
Hoje é dia de saltar cedo e ir rumo ao conhecido.
Tantos eventos, já sei filtrar os que merecem minha atuação presencial.
Este mão necessitaria, mas ponderei que a mais de um ano não me encontro presencialmente com colegas de profissão, que esta atuação política faz parte das minhas atribuições, que meu chefe considerou importante este meu estar presente. Que eu represento minha equipe e uma cidade.
Vou ali respirar os ares do litoral, conhecer alguns, rever outros, falar de educação.
A gente SEMPRE aprende. Com Quem contar e quem largar.
Inclusive reconhecer os caminhos e perceber se trilhamos pra frente.
Tenho tanto pra dizer e realmente acho mais fácil fazer por escrito.
Este desejo de escrita é impressionante, só alivia depois de espalhar as letras na tela ou no papel.
Se o mundo vai ler , não se sabe... Mas minha escrita independe de plateia ela abre alas e tem vontade de se espalhar.
Escrever é uma forma de sossegar, de ter certeza que ficará registrado, que vai sair daqui de dentro.
Escrever é alívio.
Atenção letras, voltei!
O percentual que eu dedico aos meus pensamentos secretos, tem aumentado e tomado todos os momentos vagos, entre uma peleia e outra.
Hora penso com a razão, hora enlouquecidamente!
Um mês de intenso verão, de tanto aprendizado, de adentrar rumo ao desconhecido.
As vezes me pergunto, onde nasce esta coragem?
Quem em sã consciência vai fazer gestão não conhecendo praticamente nada do que vai gestionar... profissionais, prédios rotas ?
Absolutamente tudo é novo!
Tem um lado positivo , os meus olhos observam tudo com o encantamento de quem acredita nas potencialidades.
Os dias terminam, as pautas não chegam nem a metade...
Eu gosto de desafios!
Gosto de gente!
Eu gosto desta adrenalina, meu propósito principal é desempenhar minha liderança em prol da educação.
Meus propósitos secretos são meus e ponto.
Hoje finalizam as férias, bem no dia que o Flamengo perdeu de 2 a zero pro Ceará e foram tantos acontecimentos nestes trinta dias sem escrita.
A escrita me liberta, me alivia, me faz mais leve. Através dela eu consigo externalizar muitas emoções e sentimentos que não sairiam daqui de outra forma.
Na última sexta eu recebi um convite para a função de assessorar vinte e oito municípios da minha região. Bah, estou perplexa até agora. Quase não consigo acreditar.
Eu me preparei muito neste 2020, nesta perspectiva e sem querer parecer desumana ou sei lá, este ano foi um presente. O tempo foi muito bem aproveitado, vivido, desfrutado, degustado. Dominar o tempo e conferir a ele qualidade foi o meu maior aprendizado.
O 2021 que chegou bem com três importantes frentes de trabalho e todas elas me conduzem para o meu destino.
Vou agarrar com unhas e dentes e trabalhar muito pra me melhorar como gente e pra contribuir com um mundo melhor.
Terminou o ano letivo e eu passei dois dias em um hospital acompanhando uma amiga.
Ditam 272 dias sem trabalho presencial.
Cheguei aí com de 2020 com saúde física e mental e com uma oportunidade de emprego desafiadora e incrível!!!
Só o pó!