28 setembro 2011

e hoje...

Finalmente a  primavera revelou que veio.
Ela chegou em  dia de quarta... embora não sem tempo.
Eu  a percebi logo depois das seis da matina, tinha um brilho e um cheiro bom de sentir.
Foi possível tirar  todos os casacos , que na estação passada  eram muitos.
Veio, se fez presente, num céu azul sem uma nuvem sequer...
Num ventinho morno que se percebia estar auxiliando na polinização, porque as flores, as poucas  que eu vi, estavam sorrindo. As outras devem abrir mais tarde, também sofreram com as chuvas.
Dois beija-flores voavam em todas as direções.
E onde realmente arrepiou notar sua chegada,  foi nos pés descalços da meninada que corriam radiantes e refletiam  sorrisos únicos.



27 setembro 2011

Preciso viver muito mais pra compreender as pessoas

Dois grandes pesos  estão alojadas bem atrás de minhas orelhas,  nas proximidades da nuca, são bem maiores  que pulgas:

1- Tô aqui pensando, sem saber qual o sentimento que escolho para dedicar aquelas pessoas que percebem o mundo através do seu próprio umbigo, que somente seus problemas são grandes e  difíceis de digerir, que sabem que machucam, mas fazem mesmo assim, com gosto até, porque estão chateados, tristes, aborrecidos...Para estas nenhum problema tem maior proporção que o delas, ninguém tem o direito de sequer dizer algo sobre. 

2- Como será que será, que alguém ao se saber  convidado para um cargo de chefia, antes de aceitar, procura o referido local e pessoas ( até aí da de entender, para sentir o clima)  e diz que morre de medo de ser chefe desta e daquela pessoa, porque  "elas"sabem muito e não precisam de chefe, que não se sente preparada, não tem conhecimento na área e nunca passou por uma experiência desta. Depois, sai afoita e faceira dar a resposta positiva. Só por DEUS!


P.s Tá que eu adoro a vida, acho  importante viver bem e  muito,  conviver, observar pessoas, aprender com elas, mas será que  esta experiência em alguns dias, precisam ser de arder o pescoço... Ou será que meu pescoço anda doendo a toa, assim  meio que do nada (?) 
E a  sua nuca arde as vezes?

26 setembro 2011

Globo...

E depois de  domingo  logicamente vem segunda e as últimas todas tem passado voando.
Aliás, a semana parece um globo  que num piscar de olhos termina e recomeça, termina  e recomeça... num ritmo frenético e alucinante.
Eu nem sei se me animo ou me assusto, mas percebo o ritmo da vida me  chamando  com tamanha insistência que me dá vontade de olhar bem pra ele dentro do olho e dizer:

- E aí, quem te implantou?  Seu Teimoso!
Avisa lá, que vez ou outra, as coisas poderia ser um pouco mais tranquilas. 

25 setembro 2011

E em dias de Rock in Rio



Para registro



Primeiros Erros
Capital Inicial


 Meu caminho é cada manhã

Não procure saber onde estou

Meu destino não é de ninguém

E eu não deixo os meus passos no chão

Se você não entende não vê

Se não me vê não entende


Não procure saber onde estou

Se o meu jeito te surpreende

Se o meu corpo virasse sol

Se a minha mente virasse sol

Mas só chove, chove

Chove, chove


http://letras.terra.com.br/capital-inicial/6791/

Para se roubar um coração!

Thiago Lacerda e Marjorie Estiano declamam o texto "Para se roubar um coração", de Luis Fernando Verissimo.  




Para se roubar um coração, é preciso que seja com muita habilidade, tem que ser vagarosamente, disfarçadamente, não se chega com ímpeto,
não se alcança o coração de alguém com pressa.
Tem que se aproximar com meias palavras, suavemente, apoderar-se dele aos poucos, com cuidado.
Não se pode deixar que percebam que ele será roubado, na verdade, teremos que furtá-lo, docemente.
Conquistar um coração de verdade dá trabalho,
requer paciência, é como se fosse tecer uma colcha de retalhos, aplicar uma renda em um vestido, tratar de um jardim, cuidar de uma criança.
É necessário que seja com destreza, com vontade, com encanto, carinho e sinceridade.
Para se conquistar um coração definitivamente
tem que ter garra e esperteza, mas não falo dessa esperteza que todos conhecem, falo da esperteza de sentimentos, daquela que existe guardada na alma em todos os momentos.
Quando se deseja realmente conquistar um coração, é preciso que antes já tenhamos conseguido conquistar o nosso, é preciso que ele já tenha sido explorado nos mínimos detalhes,
que já se tenha conseguido conhecer cada cantinho, entender cada espaço preenchido e aceitar cada espaço vago.
...e então, quando finalmente esse coração for conquistado, quando tivermos nos apoderado dele,
vai existir uma parte de alguém que seguirá conosco.
Uma metade de alguém que será guiada por nós
e o nosso coração passará a bater por conta desse outro coração.
Eles sofrerão altos e baixos sim, mas com certeza haverá instantes, milhares de instantes de alegria.
Baterá descompassado muitas vezes e sabe por que?
Faltará a metade dele que ainda não está junto de nós.
Até que um dia, cansado de estar dividido ao meio, esse coração chamará a sua outra parte e alguém por vontade própria, sem que precisemos roubá-la ou furtá-la nos entregará a metade que faltava.
... e é assim que se rouba um coração, fácil não?
Pois é, nós só precisaremos roubar uma metade,
a outra virá na nossa mão e ficará detectado um roubo então!
E é só por isso que encontramos tantas pessoas pela vida a fora que dizem que nunca mais conseguiram amar alguém... é simples...
é porque elas não possuem mais coração, eles foram roubados, arrancados do seu peito, e somente com um grande amor ela terá um novo coração, afinal de contas, corações são para serem divididos, e com certeza esse grande amor repartirá o dele com você.
Luís Fernando Veríssimo
P.s Gostei e resolvi guardar aqui!

Que tal?

22 setembro 2011

Falta de sono!

Ela sabe  ou talvez nem tanto, o quanto assusta quando descamba  a fazer perguntas,  também porque elas  vem sempre acompanhadas de outras três...
Por vezes  quer apenas entender...Esta perguntando para si mesma e pra mais ninguém...
Em outras realmente quer  saber  o que pensa o  "interlocutor"... O que sente... o que quer... Em que urgência vive...
Mas na grande maioria  dos dias em que isso acontece, o que Ela  quer e precisa é  apenas dormir, falta de sono lhe deixa muito questionadora, com vontade de adivinhar futuro, saber o que será que será... e saber de  tantas coisas, que depois de uma noite  bem dormida e um dia de céu completamente azul, se dissipam ou se escondem pra vir a tona em outros dias, ou não!

21 setembro 2011

Morte

...a morte por si só, é uma piada pronta.
A morte é ridículo.
Você combinou de jantar com a namorada, está em pleno tratamento dentário.
Tem planos para semana que vem, precisa autenticar um documento em cartório...
Colocar gasolina no carro e no meio da tarde...
MORRE.
Como assim? 
Veja
(Pedro Bial)




P.s O mais triste destas minhas topadas  com a morte, é que me  fazem  sangrar feridas verdes e também as antigas.  Hoje, me   colocou frente a frente com as  últimas duas  grandes saudades  que estou sentindo. E mesmo sabendo não  haver necessidade, eu choro! (será que realmente não há? )
Porque as  vezes  a gente  precisa chorar,assim mesmo, pela dor de um amigo, pela distância, pela saudade grande, pela sensação de impotência, ou simplesmente para lavar a alma...


19 setembro 2011

De nós duas!

                                

Tem coisas  que são só minhas...
Tem outras, que são só dEla...





Mas ser bardosa é coisa de EU e Ela.

18 setembro 2011

Garimpando...

Encontrei este  texto que  denota um festival de sentimentos em uma pessoa só, achei o máximo:



"Minha cabeça tá numa revolução.
Está em guerra civil todos os meus sentimentos, conceitos morais e éticos.
Por outro lado, existe os hormônios que estão em festa. 
Você tem sido isto tudo.
 Um gota sua em mim, é suficiente para provocar rebelião moral, ética e uma debandada nos sentimentos.
O prazer te adora.
A culpa te condena. 
A euforia te ama. 
O entusiasmo tá construindo um altar para você. 
O grupo espiritualista esta fazendo um retiro espiritual para entender, compreender, e estabelecer seus limites. 
O corpo te ama. 
E a mente não compreende a lógica que você impõe.

Eu como um todo aceito! Ainda que em conflito."
 ( A.D)


P.s   Fiquei imaginando que feliz seria uma pessoa que merecesse receber um texto assim... Com exceção  da "culpa" pelo que compreendi, o restante todo está em festa.   
Mas não seria ela, a maior dentre todos?  E neste caso... a revolução estaria provocando maior dor  do que alegria? É possível aceitar?
Me faz pensar e eu só sei que  de tão lindo  resolvi guardar aqui!



17 setembro 2011

O Elefante e a Estaca



Quando eu era menino, adorava os circos, e o que mais gostava neles eram os animais. Para mim, e também para outros, como fiquei sabendo depois, era o elefante que chamava atenção. Durante o espetáculo, aquele animal enorme fazia uma demonstração de peso, tamanho e força descomunais... mas depois de sua apresentação e até pouco antes de voltar ao picadeiro, o elefante ficava amarrado por uma das patas com uma corrente presa numa pequena estaca cravada no chão.
A estaca era um minúsculo pedaço de madeira enterrado uns poucos centímetros no solo. E, embora a corrente fosse grossa e resistente, eu achava que era óbvio esse animal, capaz de arrancar uma árvore pela raiz com sua força, poder fugir facilmente, puxando a estaca do chão.
O mistério é evidente:
O que faz com que ele fique, então?
                                                  Por que não foge?
Quando tinha cinco ou seis anos, ainda confiava na sabedoria dos adultos. Perguntei, então, a algum professor, algum pai ou algum tio sobre o mistério do elefante. Um deles me explicou porque o elefante era amestrado.
Então, fiz uma pergunta óbvia:
- Se é amestrado, por que o acorrentam?
Não me lembro de nenhuma resposta coerente.
Com o tempo, esqueci o mistério do elefante e da estaca... e só me lembrava quando me encontrava com outros que também tinham a mesma dúvida.
Há alguns anos conheci, felizmente, alguém que tinha sido sábio o bastante para encontrar uma resposta: O elefante do circo não foge porque sempre esteve preso a uma estaca parecida a essa desde que era muito, muito pequeno.
Fechei os olhos e imaginei o recém-nascido à estaca.
Tenho certeza de que naquele momento o elefantinho empurrou, puxou e suou, procurando soltar-se. E, apesar de tanto esforço, não conseguiu.
A estaca certamente era muito forte para ele.
Poderia jurar que ele dormiu, cansado, e que no dia seguinte tentou de novo, e também no dia seguinte, e no seguinte...
Até que um dia, um terrível dia para a sua história, o animal aceitou sua impotência e resignou-se ao seu destino.
Esse enorme e poderoso elefante que vemos no circo não escapa porque acha – coitado – que NÃO PODE.
Ele tem o registro e a lembrança da sua impotência, daquela impotência que sentiu logo depois de nascer.
E o pior de tudo é que nunca mais voltou a questionar seriamente esse registro.
Jamais... jamais... tentou pôr sua força outra vez à prova.

- É isso aí, Demián. Todos somos um pouco como esse elefantinho do circo: vamos pelo mundo amarrados a muitas estacas que nos tiram a liberdade. Vivemos acreditando que “não podemos” um montão de coisas, simplesmente porque alguma vez, quando éramos criancinhas, provamos e não pudemos. Fizemos, então, o que o elefante fez: gravamos em nossa memória: NÃO POSSO... NÃO POSSO E NUNCA PODEREI.
- Crescemos carregando essa mensagem que nos impusemos e nunca mais voltamos a tentar. No máximo, de vez em quando, sentimos os grilhões, fazemos soar as correntes ou olhamos para a estaca pelo canto do olho e confirmamos o estigma: NÃO POSSO E NUNCA PODEREI!!!
Jorge fez uma longa pausa; depois se aproximou, sentou-se no chão na minha frente e continuou:
- Isto é o que acontece com você, Demi. Você vive condicionado pela lembrança de outro Demián, que já não existe, não conseguiu. A única maneira de saber se você agora pode é tentar novamente, pondo todo o seu coração...
TODO O SEU CORAÇÃO ...

Extraído de:
“Deixa eu te contar uma história ... contos que me ensinaram a viver”
      Jorge Bucay – Editora Planeta


indicado por alguém muito especial
Fonte http://www.vivercomalma.com.br/Textos/elefante.htm

15 setembro 2011

Cuidado!

Nas atuais circunstâncias, (                 )  cuidar de filha está mil de mais  fácil  do que cuidar dos Pais.
Minha nossa senhora, me espia aqui e me ilumina.

14 setembro 2011

Mário Quintana

(...) é preciso partir
é preciso chegar
é preciso partir, é preciso chegar... 
Ah, como essa vida é urgente!


12 setembro 2011

Força e Fé!

Eu a vi no dia da homenagem cívica, quando olhei para o palco ela lia uma poesia com pontos, vírgulas e toda a entonação, superando os demais de sua faixa etária. Fazia algum tempo que não nos víamos apesar de ser praticamente vizinha do meu trabalho e de termos passado dois  anos juntas. Tenho uma mania indomável de sentir orgulho o resto da vida por aqueles  que foram "meus" e ainda mais, de achar que tem parte de mim no que eles manifestam pro mundo. 
Grata visita me chegou hoje, certamente  quando me viu também sentiu saudades e resolveu chegar. Veio acompanhada de sua mãe, e esta é uma das mulheres mais guerreiras e admiráveis que eu  conheci nesta vida. Camila é filha de Gilmara que luta  contra um câncer a quase quatro anos, com a maior determinação,coragem e cabeça firme e erguida que eu já vi. Novamente ela me emocionou hoje, quando lhe perguntei da guerra e ela me descreveu as últimas batalhas, que tem sido cada vez mais difíceis. Me confidenciou em voz de segredo que diante da luta e de cada novo nódulo um fato novo lhe tem abalado: Imaginar  que não poderá ver sua filhota crescida e  não ter tempo de ensinar pra ela  tantos valores que ela precisa ter certeza que serão aprendidos. Ela afirma, sorri com a alma e  simples assim,diz que lutará incansavelmente para isso.  
Eu me esforço e nunca choro na frente dela, mas  quando sai é inevitável, parece que algo me chacoalha com  força e me faz estremecer. Tamanha  a luta, tamanha a necessidade de tempo, tamanho o amor pela vida.  


Eu rezarei com toda a fé, hoje eu pedirei a DEUS, raramente eu peço e ELE por saber disso geralmente me atende. Minha Reza será para que dê tempo de que Camila aprenda a ser uma mulher tal qual é sua mãe e que guarde dela as lembranças mais lindas que uma filha possa ter. Minha reza também será por outras tantas pessoas que de fato eu nem conheço mas que passam por batalhas semelhantes.


Faz tempo que eu rezo, hoje eu quero pedir!

11 setembro 2011

Olha ali...


Tenho fases, como a lua
Fases de andar escondida,
fases de vir para a rua...
Perdição da minha vida!
Perdição da vida minha!
Tenho fases de ser tua,
tenho outras de ser sozinha.
                                                 Cecília Meireles

09 setembro 2011

Silêncio total.

Em noite de sexta, de pós rebuliço, de semana bem pra lá de agitada, neste momento o silêncio invade a sala, a  lua está no céu e a noite parece que nem sabe de nada, das poucas e não boas que aconteceram por aqui, está ali, representada  numa escuridão de cor prata.

Nesta semana as águas novamente provaram que vem e vão embora no exato ritmo que desejam, se culpa do homem, das edificações, dos tempos, dos colonizadores,talvez...  o fato é que as mesmas que são vitais, em demasia trazem pavor e desolação.
Que passará, certamente passará, elas já sairam do curso outras tantas vezes, largaram o leito e adentraram casas, lojas, escolas, plantações e retomaram e retomamos e sempre retomamos.
 Mas é claro que o sol, vai voltar amanhã! A propósito ele ja olhou pra mim hoje bem no final da tarde.

O desejo aqui não é descrever  a  vastidão das águas, nem suas devastações que já foram amplamente discutidas quase a exaustão, ele  o desejo, consiste em respirar  fundo, em sorver o silêncio deste momento, ainda que  diante do inusitado que me é, possuí-lo. Em situações assim, aqui nem se sabe  exatamente o que fazer.

Será que aproveita-se pra pensar na "promessa", ou de repente no ciclo que finaliza, poderia quem sabe fazer planos para recondução ao prumo,daquele que foi herói,mas  sabendo-se de antemão que  não quer  mais aprumar daquela forma.

Silêncio raro assim, poderia ser  para planejar, pensar nas estratégias daquele velho sonho que sentadinho ali, fica fitando bem dentro do olho, esperando ações,parece que ele sabe que eu não resisto a um olhar firme sem ação,  ou  quem sabe  ficar na observação das paredes que estão alvas  como nunca, no veículo que ainda nem está pronto e já anuncia ter que  bulir nas  inexistentes economias.Quem sabe, o shampoo milionário que promete manter a cor que foi tão bem vinda.

Agora seria momento ideal para planejar, escrever,ler, trabalhar naquela ou na outra palestra que ainda está por vir, reestruturar texto que nasceu por acaso e agora grita por tomar forma...

Opa, stop,nem seriedades, nem futilidades, toda e qualquer  possibilidade destas ou das outras não descritas e nem por isso menos latejantes, todas trazem barulho a sala, é hora de parar imediatamente, bem quietinha. 
Porque hoje, hoje o  gosto precisa ser tão e unicamente o de sorver uma taça de vinho no mais completo silêncio.

Assim será.

08 setembro 2011

Sensação de impotência

E o que a gente faz  com esta sensação de impotência diante do  que está posto.
Uma vontade grande de agir, fazer e acontecer.
Se só se soubesse  como, já seria de bom tamanho.


"Há pensamentos que são orações. Há momentos nos quais, seja qual for a posição do corpo, a alma está de joelhos."
Victor Hugo

07 setembro 2011

VIDA!

...Quando a vida me assusta...
Eu redescubro com maior efervecência que sou absolutamente tarada por ela!

Total de visualizações de página

Só o pó!