"Não se preocupe em entender... VIVER ultrapassa qualquer entendimento." Clarice Lispector
30 junho 2020
Dia103- 30.06.20
Um ciclone passou por estas terras.
Iniciou as 15h 30 e os ventos foram assustadores, sobravam em direção diferente da torrencial chuva.
Coisa feia de se ver.
Várias casas vizinhas foram destelhadas.
Várias cidades tiveram telhados arrancados, árvores arrancadas marquises voando e veículos amassados.
Teve três mortes em Santa Catarina decorrentes da ventania.
Foi realmente um susto.
Intempéries de todas as naturezas.
Provações!
Hoje ... faltou luz e voltou as 16h, cravadas. Não sei porque isso.
Eu assisti uma live, com o coração apertado, diferente de todas as outras.
O ministro da educação com o currículo adulterado, pediu demissão.
Estamos a ver navios, total qual um trem desgovernado.
Promete- se ventos de 100km por hora na madrugada e na manhã de quarta- feira.
Esta Power!
Vou beber um vinho, agradecer , pedir proteção e inevitavelmente pensar.
29 junho 2020
Dia 102- 29.06.20
Bem verdade que quando o sol não aparece é muito mais frio aqui.
Reclamasse da seca mas três dias de chuva e frio é pra acabar com o peão.
Se o sol acende traz um calor peculiar e não guardo segredo do quando este aquecimento me agrada.
Hoje recebi uma visita, tão carente e tão necessitando de ser ouvida que fiz um café e lhe emprestei meus ouvidos e toda a minha atenção. Ela falou ininterruptamente por horas e não precisava de interlocução, queria apenas dizer e dizer e dizer.
É eu, apenas ouvi, ouvi e ouvi.
Tudo que se passou nos cinco anos que não nos vimos.
Que história de vida. Poxa!
Eu bem sei porque Deus coloca pessoas assim em dias frios e sem sol, perto de mim.
Eu sei!
Eu sou grata por ampliar minha visão e ver a grandiosidade de tudo que me cerca.
Essa minha mania de aprender com cada sinal que me toca ainda vai me levar além.
28 junho 2020
Dia 100, 101-28.06.20
Eu queria ter escrito ontem, no dia que completou cem dias de afastamento das minhas atividades de trabalho. Cem dias de tanta mudança e reinvenção.
Eu tenho sentido tristeza em proporções diferentes e maiores que sempre e este sentimento não me pertence e nem cabe em mim. Tem dias que não gosto do sabor do vinho. Tem dias que a pizza não é boa. Tem dias que só quero ficar na cama e quieta.
Deve ser uma fase, uma tpm, umas dores escondidas do mundo que estão me apertando aqui. Não é bom se sentir assim.
Haverão testes para a vacina no Brasil, quiçá isso tudo se acerte e a vida volte diferente do antigo normal.
Mas que ela volte e volte logo e seja minha de novo.
26 junho 2020
Dia 99- 26.06.20
Sob o ponto de vista intelectual o dia foi muito produtivo.
No mais... o esforço esta sobrenatural.
Ontem divulgaram o novo ministro da educação.
Morrem pessoas, alguns nem máscaras usam.
24 junho 2020
Dia 97- 24.06.20
Sabe, quando a gente salva o texto e lê, relê, lê mais do que uma vez por dia. Todos os dias!
Tudo isso pra cumprir a mensagem, de entender o que se é.
O que se significa.
O que?
Em outro segmento uma sensação tão boa de alívio.
Em outra, desespero !
Seguimos!
23 junho 2020
22 junho 2020
Dia 95 - 22.06.20
Quem dera eu tivesse tido disposição, inspiração e coragem para escrever o que tenho vivido...
Nem aqui que é o meu divã. Meu diário de bordo.
Que é o meu lugar de dizer, onde só recebo estranhos com os quais posso ser quem quero e alguns e raríssimos convidados conhecidos.
Parece que não sou capaz de precisar de alguém e dizer, talvez esta mania de ser ouvinte e quase nunca falar das minhas coisas.
Mania de ser forte o tempo inteiro.
Preciso flexibilizar algumas verdades que já não são tão verdadeiras.
Talvez tenha necessidade de fazer entender o interstício da palavra. Um desejo de que as entrelinhas digam o que se passa aqui dentro. Um desejo de colocar pro mundo e ao mesmo tempo deixar aqui dentro bem quietinho uns sentimentos estranhos... que talvez se ficarem em pausa se dissipem.
O que realmente ando precisando é de escuta, bem mansamente, sem NADA dizer. Apenas perceber porque este intervalo me é indispensável.
A escuta denota amor e pra ser escutado eu preciso da solitude de dois bons ouvidos e da empatia de alguém.
Minha ausência não necessariamente é silêncio, porque de verdade aqui dentro tem muito barulho.
Eu só queria a escuta atenção e o silêncio que se dedica as pessoas importantes, aquelas sem julgamentos.
Confesso, estou precisando ser ouvida sem pressa, sem mais... apenas pra me dar o direito de sentir que precisar ser ouvida não significou e nunca significará fraqueza.
Justo eu? Querendo isso?
17 junho 2020
Dia 90- 17.06.20
Quando eu estava trabalhando e fui informada que ficaríamos trinta dias em casa, não acreditei.
Achei que de verdade nos chamaríam em quinze dias pra retomar as atividades do trabalho.
Tudo foi se aproblemando muito e de forma desesperadora.
Aqui estou eu, noventa dias sem atividade presencial no meu trabalho.
Por Deus, seriam dois anos de férias, não daquelas que tenho tido nos últimos sete... Que nem chegavam a trinta. Mas daqueles 45 que tenho direito pela função que ocupo.
Tanta coisa mais aconteceu.
Tantas mudanças aqui dentro.
Tantas mortes.
Tanta conquista e umas decepções aqui e ali.
Teimei que amanhã é quarta, perdi a noção dos dias...
Nunca estudei tanto é que disto estou amando.
Nunca escolhi o que fazer dos meus dias desta forma.
Nunca tive tanto tempo e tanto ócio criativo.
Noventa dias. É tempo!
Muito tempo.
Hoje mergulhei em uma formação incrível, tenho aprendido e lido e escrito tanto. Disto também eu gosto.
Só não gosto de saber das mortes, das tragédias, dos desmandos e das pessoas que dispensam amor...
Hoje trocou o ministro da educação.
Eu jantei como uma rainha , tomei vinho e viajei nos pensamentos.
Hoje é o dia 90!
16 junho 2020
15 junho 2020
Dia 88- 15.06.20
Quem são os que eu quero perto de mim ?
Precisam ter humanidade.
Não gosto de preconceituosos ou gente que se acha perfeita. Não me caem bem os que têm verdades absolutas. Também me chateia os que se irritam do nada. Não tenho disposição para estes.
Os que escolho, estão longe da perfeição, parecidos comigo, somos cheinhos de defeitos. Foi pra isso que viemos, nos aproximar de gente que nos faz melhor.
Houve um tempo em que não sabia distinguir amizade de coleguismo, no andar dos anos eu descobri que pra receber este título tem que merecer e não é coisa pra muita gente.
Tem um ditado que diz que pra conhecer alguém tem que comer um quilo de sal juntos, pra ser amigo...beber cinco litros de vinho ou umas dez chaleiras de água pro mate.
É a sensibilidade o tempo a convivência as reações diante do sucesso e do fracasso que me fazem promover pessoas normais a amigos. Eles necessariamente precisam me conhecer faceira e triste, segura de mim e medrosa, toda toda e arrasada.
Eu os escolho...fazem parte de um rol seleto, os demais sigo cumprimentando, desejando o bem mas jamais repartindo o meu vinho.
Eles pode me dizer o que quiserem se utilizarem de delicadeza e respeito para tal.
Tenho péssimo hábito de revidar com desprezo gente tosca.
Não gosto de vácuos!
Detesto quando não respondem minhas perguntas, elas me movem.
Eu gosto quando me dizem o que preciso ouvir, o que me torna mais gente. E não tenho problema algum em ver apontados meus defeitos, já cheguei no estágio de conhece-los e agradecer a quem me relembra dos que eu ainda não consegui transformar.
Em compensação quando me apontam coisas das quais não sofro... ah te digo, me desperta um sentimento tão pequeno e desprezível.
Eles tem sonhos, planos, alguns são idealistas e todos indistintamente lutam pelo que acreditam.
Tenho amigos sensíveis, inteligentes, cabeças dura. Tenho amigos com traumas, dores, marcas. Morro de amores por todos.
Podem contar comigo sempre, pro que der e vier.
Eu corro e pulo na voadeira se assim precisar. Além desta figura de linguagem apenas dizer que não existe métrica para o esforços que faço em ajudar. No exato momento em que percebo que precisam de mim. Não precisa nem chamar, muito menos pedir.
Esta é uma qualidade que tenho, sei ser empatica e largo tudo quando precisam de mim.
Também são eles que correm quando peço colo. Eu raramente peço, mas quando peço é porque realmente preciso.
Não falo de todos os assuntos com todos, sou meio que seletiva e sei qual dos ouvidos são os que cabem em cada assunto.
Não pensa você que esta deferência é dedicada indistintamente.
Tem gente que eu NÃO quero pra amigo.
Os escolhidos são a dedo e com olhar clínico, possesivamente eu os quero pra esta e pras outras vidas perto de mim.
14 junho 2020
Dias 85, 86, 87 - 14.06.20
As datas comercias, onde as vezes alguns se antecipam para não sofrer, passou!
Eu comemorei aniversário de uma amiga.
Pensei tanto!
No sábado teve um jantar incrível, de uma cheff show. Dia de conhecer parentes de amigos. Comida e bebida saborosas, boas risadas e jogatina. Eu admiro muito gente que sabe receber. Acolher!
E hoje... Foi daqueles domingos sem cara de domingo.
Sem gosto.
Sem propósito.
Amanheceu nublado com temperatura baixa e um ventinho sem necessidade.
Manhã sozinha, parte da tarde também. A companhia foi de um livro que por sorte descobri muito cedo que são sempre um bom par.
Um livro espírita, vontade de compreender um pouco algumas teorias.
Eu realmente dei conta de mais de duzentas páginas e quando finalizei estava quase congelada.
Precisou casaco, xale e café pra aquecer.
Tem uns questionamentos morrendo na garganta e eu detesto isso.
As perguntas precisam ser feitas.
Uma coisa que me intriga e quando não acho as respostas.
Das premissas que me rondam aqui:
N.1 fazer perguntas pro mundo e pra mim tem sido a minha especialidade.
N.2 Querer desvendar sentimentos em domingos frios não é uma boa pedida.
Por que será??
Ora, ora ... medo de ser a água que eu disse que não beberia.
11 junho 2020
Dia 84- 11.06.20
Hoje quem me deu a vida está celebrando a sua.
Eu rezo a Deus para que ela tenha saúde e vida longa.
É meu exemplo de retidão, garra e resiliência.
Sou grata a Deus por ela ser minha e eu ser dela.
A família vai aumentar.
Estamos felizes
10 junho 2020
Dia 83- 10.06.20
O vinho foi escolhido a dedo.
Daqueles que merecem ser bebidos em dias de alegria.
A primeira live a gente não esquece.
Falar do que se sente, se acredita e do que se vive é muito tranquilo.
Não é possível falar de educação sem amor.
Hoje recebi carinho em forma de mensagem, os incentivos foram em quantidade suficiente para aquecer meu dia , chuvoso e frio de junho.
Se tem uma coisa que mexe muito comigo é saber que as pessoas acreditam em mim. Sinto uma vontade enorme de merecer a deferência.
Eu amo tanto e acredito tanto no que faço.
Eu sou uma pessoa que teve muitas oportunidades na vida, sou grata e procurei aproveitar e compartilhar o máximo cada uma delas.
Tem um barulho de chuva lá fora, ainda tem vinho na taça.
Eu vou rezar e agradecer.
09 junho 2020
Dia 82- 09.06.20
Tem dias que todos os sentidos estão ouriçados. Um destes dias esta prestes a terminar.
Sabe quando tudo colabora ou encaminha pra pensar... pensar e pensar.
As vezes parece que pensar demais não é nem bom.
São detalhes, elementos, situações...
Bom senso... valores...
Desconectar e parar com isso.
Uma noite no meio e tudo tende a apaziguar.
Ou, quase tudo.
08 junho 2020
Dia 81- 08.06.20
As fotografias eternizam os momentos e as que publicamos, além disto, mostram ao mundo o que queremos mostrar.
Só não vê, quem não quer.
07 junho 2020
Dia 80- 07.06.20
Tem uma lua descomunal no céu.
Morreu a primeira pessoa de COVID na cidade que eu trabalho.
No país está uma loucura!
Hoje eu precisava de um colo.
06 junho 2020
Dia 79- 06.06.20
Negócio incrível na vida da pessoa é a memória.
Mais incrível talvez, quais os pensamentos acessamos, diante de cada situação.
Me dedico a analisar quanta informação, lembranças e memórias afetivas ou não, somos capazes de armazenar ao longo da vida. Não cabe nas medidas convencionais.
A ciência ainda não precisou fielmente quanta informação cabe neste hd.
Mas uma coisa é fato, memórias doces são mais leves e ocupam muito menos espaço. O que me parece excelente.
Também são elas, as quais me reporto numa noite de insônia não habitual, numa tarde de chuva, numa manhã de frio, no chimarrão do pôr do sol.
Eu gosto, de pensar em coisas altruístas e positivas, gosto das vivências que me fizeram crescer, que me fizeram mais humana, mais forte, mais mulher.
E clichê ou não, eu jamais esqueço quem é o que me faz bem. O contrário é igualmente verdadeiro.
Quando tenho tempo de analisar e se tem uma coisa que tem me sobrado é tempo, procuro repassar o que fica nos arquivos daqui, e é tão evidente, sempre foi, não tem rancor, mágoa , azedume... raríssimas são as lembranças ruins que merecem arquivo. Que bom, que eu realmente não gasto espaço com isso.
São memórias sensíveis, excitantes, gratas, as que alimentam meus pensamentos.
Quanta coisa linda eu já vivi. Sou mulher de sorte e oportunidades.
Agarrei todas que tive coragem.
Acho que o medo me paralisou uma única vez... talvez ele quisesse me dizer que era melhor daquele jeito naquele momento.
Eu sou corajosa e ousada. Tenho um sexto sentido apurado no que diz respeito ao momento certo realizar vivências.
Uma vez me disseram que somos o que pensamos e que caminhamos para o que acreditamos, nesta premissa TUDO que tenho desejado e buscado vai gradativamente acontecendo na minha vida.
Tem muita coisa por vir e VIRÁ.
Dia 77, 78 04 e 05.06.20
Quinta- feira teve comemoração do aniversário da minha comadre.
Saudades de me arrumar, colocar um salto, umas roupa bonita e comer pizza com vinho.
Com gente querida, matando a vontade de conversar e gargalhar alto.
É foi assim que foi!
Na sexta... um convite inusitado.
Para fazer uma live sobre literatura infantil. Detalhe, convite partiu de uma contadora de histórias que eu simplesmente amo.
Fiquei feliz, apesar de considerar que muitas outras pessoas teriam mais condição de falar sobre o tema.
Mas... convite feito, convite aceito.
Vamos fazer o melhor possível.
03 junho 2020
Dia 76- 03.06.20
Meu chuveiro quase queimou. Estava derretendo os fios.
Ainda nem zeramos a temperatura. Chegou a 4 graus apenas, mas eu gosto de banho quente e demorado. Não há chuveiro que resista.
O banho é pra mim é eu já escrevi sobre ele... uma espécie de ritual de encontro. Onde me vejo numa entrega única. Num momento sagrado de paz e individualidade. Os pensamentos se sentem livres, leves e soltos.
No banheiro posso me encontrar comigo e com as partes de mim que completam o todo.
A água que corre lava e leva toda e qualquer energia ruim que, inevitavelmente escorre pelo ralo.
E vai trazendo força, vigor, esperança.
Sim! É assim que me sinto.
02 junho 2020
Dia 75- 02.06.20
Produzir vídeos, áudios, lives e tudo mais que este home office me provocou a fazer , aparece como uma oportunidade de aprendizado.
Eu gosto de ver o lado bom das coisas , isso é experiência que me acompanha desde SEMPRE e realmente sei que atravesso esta é chego do lado de lá mais sensível. Mais predisposta a ouvir, a dividir a compartilhar.
Quando se grava vídeos é necessário saltar da cama inspirada, ter cabelo escovado, um batom na boca e vestir-se adequadamente. Tá que eu não gosto de passar o dia de pijamas do batom estar sempre por aqui... mas o negócio é de estado de espírito. Se levantar com astral mais elevado.
Hoje, que o cabelo estava sujo, e uma nostalgia louca me abateu eu gravei uma poesia, tão linda. Utilizei imagens e um timbre de voz dos dias que a saudade aperta com força.
Que bom que a voz está sempre pronta, exceção bem cedo que ela é um pouco rouca. Mas bem cedo eu não tenho acordado a muitos dias.
A sonoridade da voz que embarga de saudades quando algumas lágrimas teimosas aparecem e engasgam na garganta da gente.
Eu sou emotiva, manhosa até, mas hoje, ah hoje eu lembrei das minhas avós. E pra elas eu dedico a minha maior deferência, mulheres guerreiras e fortes.
Elas me inspiram daqui até a eternidade.
P.s Palavras de carinho. Poxa! De quem nunca se expressa assim. Poxa ao quadrado.
01 junho 2020
Dia 74- 01.06.20
Entramos no sexto mês do ano.
Chegamos a metade de um ano, onde dependendo do prisma que vemos... já vivemos o dobro.
Falo de dormir por exemplo, acordar sem despertador, organizar armários, ler. É destas coisas boas de viver que quero dizer hoje.
De dormir tarde, ah como eu amo, é uma espécie de rebeldia ao sistema, não precisar dormir cedo. Ficar comigo no sofá, lendo, assistindo filmes, séries , documentários. Tomando um chá, um vinho uma água e tendo o prazer de curtir a minha companhia. Ah eu gosto tanto de ficar comigo.
Neste mês de junho eu chego, assustada é verdade, mais com todos os conceitos, valores e princípios passados a ferro. Novinhos em folha, joguei fora alguns paradigmas, reforcei algumas certezas. Sou mais eu, mais autêntica, uma pessoa melhor certamente.
Este junho chega e me encontra me olhando bem dentro dos olhos e sabendo o que quero melhorar, onde precisou crescer.
O tempo livre, o ócio criativo faz isso com a gente.
Eu gosto de observar o movimento que eu faço como gente.
De agora em diante o tempo vai ser sempre atual. Hoje é hoje. Espanto-me ao mesmo tempo desconfiado por tanto me ser dado. E amanhã eu vou ter de novo um hoje. Há algo de dor e pungência em viver o hoje.
(Clarice Lispector em Um Sopro de Vida)
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