Dia 165- 31.08.20

Dia 165!

Poxa,  que tanto. 

Uma segunda de muito trabalho. 

Uma segunda procurando o sol,  incansavelmente. 

Quando ele não aparece,  tudo fica triste e nublado.

Apesar de as vezes ser lunática , sou movida a energia solar. 

Dia 161, 162, 163, 164- 30.08.20

Dentre tantas outras coisas,  adotamos uma cachorra que foi abandonada.  O mundo já pode se acabar. 

Se chama lua.

Minha humanidade ou animalidade é maior que todo ranço que tenho de cachorros e gatos. 

Não podia deixa-la sozinha e revirando lixeiros para comer. 

Ela foi pro pet, ficou linda. 

É sabida e me obedece,  não coloca o pé na garagem bem na varanda e nem no barraco da Lagoa. Impressionante. 

Na garagem vou deixar ela entrar, mas ainda não sabe. 

Ela está feliz aqui. 

Eu começo a gostar dela.  Mas não confesso.  

Eu não tenho sentido inspiração para escrever. 

O COVID está em queda em Santa Catarina. Graças!

 Assistir Mama Mia hoje,  não ajuda em nada! 

Eu ando ... indecifrável e oscilando.

Alguns pensamentos teimosos recorrem aqui.  

Dia 160- 26.08.20

Um dia produtivo!

Sozinha em casa o dia   todo, rendeu. 

Gravei,

Li,

Planejei,

Finalizei dois cursos,

Reunião da comissão para elaborar plano de retorno.

Um chima,  um pouco de música. 

Ah, pera,  esta  parte pula!

Dia 159- 25.08.20

 Não é fácil mas é necessário. 

Desconcentração  total!

Ah, ta!

 

Dia 154-155- 156- 157 - 158 24.08.20

 Teve neve na redondeza!

Quando neva os turistas nem lembram que existe COVID e correm pra Serra. 

Talvez o vírus não resista as temperaturas que estamos vivendo. 

Tomara que não!

E no mais:

Ah, tá!

No mais,  a gente segue hora apoiando, motivando,  incentivando,  dando a real pra algumas pessoas,  até pra aquela que vemos no espelho. 

Seguimos!

Hoje especificamente fui tomada por um sentimento inebriante de fazer bem, sentir-se querida, necessária e principalmente veículo de comunicação de Deus. 

Já sentiram isso?

Quando as palavras saem na medida e proporção  exata para levantar alguém do chão.  Sensação de não ser você que saberia escolhe-las tão bem. 

Ver a fisionomia melhorando,  o rosto ser preenchido com um sorriso e as rugas dissipando-se uma a uma. 

Eu sei que sou instrumento de Deus e quando sinto isso, quando me chega alguém e se materializa a minha energia em palavras  e ações percebo o tamanho da minha missão aqui. 

Nestes dias eu agradeço com tanta intensidade que me emociono. 

Dia 153- 19.08.20

As notícias não são animadoras. 

Não  retornaremos em setembro. 

Os dias são de estudo, de levantar tarde,  de tomar café na cozinha,  de ficar sozinha,  de aprender. 

Dia de fazer almoço,  colher verduras frescas,  contemplar a paisagem, quebrar protocolos. 

Eu sigo procurando ocupação nos dias. 

E saber que eles já foram tão intensos,  tão repletos de trabalho , barulho,  agitação. 

Pode escolher o meio termo?

Nem assim , nem assado?

Se puder,  eu quero. 

Um pouco mais de ação,  por favor!

Ah! O coelho

 — Você me ama? Perguntou Alice.

— Não, não te amo! Respondeu o Coelho Branco.

Alice franziu a testa e juntou as mãos como fazia sempre que se sentia ferida.

—Vês? Retorquiu o Coelho Branco.

Agora vais começar a perguntar-te o que te torna tão imperfeita e o que fizeste de mal para que eu não consiga amar-te pelo menos um pouco.

Sabes, é por esta razão que não te posso amar. Nem sempre serás amada Alice, haverá dias em que os outros estarão cansados e aborrecidos com a vida, terão a cabeça nas nuvens e irão magoar-te.

Porque as pessoas são assim, de algum modo sempre acabam por ferir os sentimentos uns dos outros, seja por descuido, incompreensão ou conflitos consigo mesmos.

Se tu não te amares, ao menos um pouco, se não crias uma couraça de amor próprio e de felicidade ao redor do teu Coração, os débeis dissabores causados pelos outros tornar-se-ão letais e destruir-te-ão.

A primeira vez que te vi fiz um pacto comigo mesmo: "Evitarei amar-te até aprenderes a amar-te a ti mesma!"

Texto apócrifo

 

https://tinyurl.com/revistapazes

Dia 152- 18.08.20

No fim da tarde faltou energia elétrica, a chuva reavivou os verdes e eu observei os pingos correndo na vidraça.  Parece que apostavam corrida e chegavam com pressa até o chão. 

A chuva lava e limpa quase tudo. 

Tanta chuva e frio,  a meteorologia promete quedas bruscas de temperatura , neve,  geada e afins. 

Poxa, como eu queria gostar ao menos um pouco destas temperaturas.  Não consigo,  já desgosto antes de chegar.  Podíamos ficar com 15 graus e era isso.  Estamos em agosto,  já é hora do frio frouxar. 

O dia foi cheio de estudos.

Eu gosto de estudar. 

Cheio de fome,  ansiedade me da fome!

Cheio de espera, vou parar com elas,  está decretado. 

Cheio de vazios. Repletos de entendimento.  Só não entende quem não quer. 

Eu sou uma mulher inteligente!

Hoje eu preciso de duas taças de vinho tinto e Léo Rojas!

Dia 149, 150, 151 - 17.08.20

Tantos dias... sem trabalho  presencial. Sem vida,  sem barulho, sem risadas de crianças,  sem cantar,  sem contar histórias e ver os olhinhos deles brilhando. 

O trabalho sempre foi energético pra mim.  É nele que eu mergulho de cabeça,  quando as coisas não estão bem certinhas. E nele que eu aterizo   quando está tudo maravilhoso.  

Meu bote de salvação,  meu paraquedas,  meu colete a prova de balas. 

É ele que me faz me sentir viva,  importante pro mundo,  necessária.

 Me faz me sentir  mais Gente.

Foi ele a vida inteira. 

Minha tábua de salvação. 

Meu Rivotril,  minha água de Melissa. 

Eu estou precisando trabalhar,  produzir,  ver crianças,  abraçar minhas crianças. 

Amanhã fazem cinco meses em homeoffice. Isso não esta  certo. 

Isso acaba com a saúde emocional  do peão. 

Preciso, ensinar,  cantar,  acolher. 

Eu preciso povoar meus pensamentos com gente. 

Ir pro mundo,  deslocar,  saltar e partir. 

No noticiário de hoje uma tragédia maior que tudo,  uma afronta à humanidade.  Santo Deus.  Pra onde iremos...tem piedade Deus,  olha pra baixo,  toca o coração da tua gente. 

Dia 148- 14.08.20

Chove no sul do mundo. 

Frio e chuva. 

Um dia daqueles que não deixam saudades,  tudo muito cinza. 

Rodeada de silêncios,  ainda fico craque nisso,  ouvir silêncios. 

No outono não devia poder chover desse jeito, pelo menos não nos dias que a gente não tá lá estas coisas. 

Aliás, devia ter 

 chuva só a noite, ir pra cama  ouvindo  bater no telhado tem lá sua graça, mas saltar de manhã com sol e o delicioso luxo de viver. 

Batem teorias de todos os cantos em dias assim. 

Eu me arrependo tanto  quando imploro atenção...

pra quem sei que não  pode me dar. .. pior ainda!

Sorte que não costumo repetir as coisas que me arrependo. Não costumava! Não acostumarei !

Fico tão injuriada quando eu preciso colo e não recebo.  

Poxa,  nem tpm eu tenho... e essa coisa de estar sempre faceira e animando a galera,  me coloca numa condição de desvantagem. 

Isso é tão raro e da sempre errado. 

Vou beber vinho, vê se estas ideias somem daqui. 

Do mapa

Do mundo

Dia 146 e 147 13.08.20

Live realizada com sucesso!

Nem tanto,  mas... Foi realizada. 

Pra hoje,  pra ontem...

Dia 145- 11.08.20

Santa Catarina com casos de COVID  em alta,  a maior do país!

Que devastação,  que vírus maldito. 

Uma taça tamanho família de vinho branco está comigo agora no sofá. 

Quero ver se ele harmoniza com essa sensação de  silêncio.  Indecifrável da noite. 

Dia 144- 10.08.20

Hoje esta inquietação acordou comigo. Tem dias que é assim. Desde o amanhecer e olha que o sol nem tinha nascido, ao abrir os olhos já estavam aqui na espreita, mexendo com as minhas  trincheiras. 

Parece que algumas coisas aqui,  só aliviam quando pulam pro papel. 

Escrever é libertador e permite noites de sono tranquilo. 

Hoje com mais intensidade do que em outros dias acordei pensando sobre a força que os pensamentos tem. 

As distâncias que percorrem e a intensidade que nos ouriçam.

Somos o que pensamos e paradoxalmente o que pensamos nos faz quem somos!

No quanto são importantes os pensamentos da gente.  No quanto eles têm poder sobre nós. No quanto precisamos  exercitar a escolha dos melhores. Todo santo dia. 

Isso se aprende. 

O tempo tem me feito especialista em seleciona-los e também me ensinado com maestria quais as pessoas que merecem a deferência  da minha atenção ao que pensam. Quais as pessoas e situações que merecem morar comigo.

Faz muito tempo que a opinião dos outros é apenas a opinião dos outros e que eu não  preciso provar pra mais ninguém quem sou.  Isso,  verdadeiramente é libertador. 

Em tudo que fizemos somos observados,  analisados,  julgados até... é nos  pensamentos que ninguém nos avalia ou  define e podemos ser cruamente quem somos. Deliciosamente,  humanamente.

São eles,  o que temos de mais íntimo e nosso. 

Os meus eu procuro nutrir com poesia,  beleza, prazer, amor e encantamento.  

Se somos o que  pensamos eu quero me voltar pra luz .

SEMPRE!

Dia 142 e 143- 09.08.20

Canta Marília Mendonça,  canta  muito é deixa tua voz adentrar meus pensamentos. 

Canta e espalha alegria,  leva pra longe tudo que  trava o riso.

É ela foi até as duas da manhã e até finalizar os trabalhos o sono chegou depois das três. 

Eu nasci festeira,  meu espírito é alegre, leve e ainda bebe um pouco.

Receitas de drinks,  risadas e gargalhada.  Ah,  isso é bom demais!

Dia dos pais,  eu congratulei os meus. Não porque acho que precisa uma data específica,  mas porque realmente sou cercada por pais que merecem destaque.  São baitas!

O Flamengo perdeu hoje,  com direito a gol contra.  Não.  Ninguém merece!

Três estados tem as mortes e casos de COVID  em alta e Santa Catarina está ali. Santo Deus!

Eu mateei no pôr  do sol e li  desde ali até a noite escura. 

Mia Couto me contou   que "felicidade é questão de mira" 

Ler esta entre as três primeiras coisas que eu escolho na vida.

Eu miro pra alegria,  pro gozo e pra satisfação. 

Canta?

 Canta Merlin pra mim?

Papapaparapapapa
Ôôuôô
Ôôuôô

Ah se eu acordasse todo dia
Com o seu bom dia
De tanto café na cama
Faltariam xicaras
Me atrasaria
Só pra ficar de preguiça

Se toda arte
Se inspirasse em seus traços
Então qualquer esboço
Viraria um quadro
Monaliza

Com você tudo fica tão leve
Que até te levo
Na garupa da bicicleta
O preto e branco tem cor
A vida tem mais humor
E pouco a pouco o vazio
Se completa

O errado se acerta
O quebrado conserta
E assim, tudo muda
Mesmo sem mudar
A paz se multiplicou
Que bom que você chegou
Pra somar

Ouvi dizer
Que existe paraiso na terra
E coisas que eu nunca entendi
Coisas que eu nunca entendi

Só ouvi dizer
Que quando arrepia já era
Coisas que eu só entendi
Quando eu te conheci

Papapaparapapapa
Ôôuôô
Ôôuôô

Com você tudo fica tão leve
Que até te levo
Na garupa…

Dia 141- 07.08.20

Se for pra dizer do que eu gosto de ver,  ah... um pôr  do sol me arrepia,  muito verde , mar calmo, a lua   (essa é outra história). Injustiças turvam  a minha visão.

Procuro sempre ver  os dois lados em toda é qualquer situação.  Isso aprendi com a gestão. 

Gosto de sentir sabores antigos e novos.  Alguns provados a tempo, quando me   agradaram, eu lembro do gosto até hoje. 

Escolho os líquidos,  vinho,  chimarrão,  chocolate quente,  café,vodka e por aí vai... Sempre se sobrepõem ao sólidos. Se bem que a depender da limpeza das panelas e de não precisar cozinhar,  não há o que eu não deguste. 

Salgado me agrada mais do que doce. 

E de doce eu gosto mesmo é de gente. De tudo que é bem temperado. 

A pele... sente frio,calor ,  com a mesma intensidade, prefiro calor mil vezes.      Mas sente carinho,  um cheiro um agrado um arrepio. A pele está no corpo inteirinho e conforme  é tocada responde imediatamente. 

 

O olfato é sensível e não  aceita todos os cheiros. 

Quem me governa é a  rinite, tem dias que nada posso  cheirar em outros me  perfumo inteira e saio perfumanando o mundo. Ainda assim sou apaixonada pela primavera com seus cheiros e cores. 

A audição é perspicaz e muito sensível também, música é o máximo dos máximos,  uma conversa ao  pé do ouvido muda tudo. Amo  conversa,  canto de passarinho e tudo mais que da de ouvir. Gosto de quem escolhe o tom de voz ideal pra cada conversa. É  decisivo. 

O meu sistema sensorial é eficiente, foi aprimorado com bom gosto, possibilidades,  cheiros  carinhos .... eu sou uma mulher que SENTE  O mundo. 

Ah. e  tenho inclusive um sexto sentido que raramente falha. 

Diferente de muita gente que é só visual ou apenas auditivo,  eu sinto com todos os sentidos intensamente.  

Presto atenção  em tudo que se apresenta e escolho sempre a parte boa de sentir. 

Quando da pra escolher!

Acredito que a gente tem livre arbítrio pra escolher quais as sensações que deseja ter.  

Hoje, ah, hoje a audição foi minha fiel escudeira e seus ecos ainda estão aqui,  e presumo que sempre estarão. 

Dia 140 - 06.08.20

Quinta-feira de celebração da vida!

Dia da minha maior gratidão,  nascimento da minha filha!  

Ser mãe é o maior título do meu currículo e da minha vida inteirinha.

Não existe uma métrica que realmente nos garanta  se a gente cumpre com assertividade esta missão.

Eu dividi a  vida entre o trabalho e a família e bem sei que não foi de forma proporcional. Uma saudade é da infância dela que passou voando.

Eu sempre estive ali, valorizando cada minuto que foi possível... 

Também não sou de lamentos e acredito que me ver na luta diária contribuiu para fazer dela uma baita mulher, forte, sensível e batalhadora.

O que sei é que é interminável o tamanho da minha alegria em ver a o ser humano  que eu ajudei a educar para o mundo, só perde pro tamanho do meu amor.

Dia 139- 05.08.20

Devíamos  ter o poder de levar alento a quem precisa.

E eu falante que sou, as vezes  falo muito. Demais!

Mas é  na tentativa de expressar: compreendo,  sei o que você está sentindo, conte comigo,  estou aqui

Meu jeito de ver a vida parece papo de auto ajuda,  uiaaa mas eu realmente vejo assim. 

Tem algumas peleias na vida que dependem de posicionamento, de como encaramos .  De como fomos nos construindo e também do quando já sofremos calados,  até. 

Se fosse fácil,  todo mundo era faceiro.

Cada um tem uma história e é quem pode mudar o rumo dela,  quando não caminha nos trilhos. 

Mas também é verdade que o que nos faz mal é sabemos que faz temos a condição de virar a mesa.

Mudar. 

Viemos pra aprender.

Só pode tirar nossa paz e nosso sono a consciência pesada,  só! Mal de caso pensado. 

Tão simples pra uns,  tão difíceis pra outros.  

 

Ah, eu não posso ver quem eu gosto triste.  

Me acaba. 

Eu e meus ouvidos e empatia estaremos sempre aqui. 

Dia 138- 04.08.20

Hoje eu já escrevi tanto,  matei saudade da época que prestava assessoria na elaboração de projetos. Saiu um do forno bem quentinho e modéstia a parte,  ficou muito bom, mesmo!

Estava sem muita inspiração pra escrever aqui, porém recebi uma devolutiva tão simpática e tão detalhada, com olhar amoroso e atencioso  sobre uma crônica que escrevi  e gravei. Pense que inclusive relatou o canto de um pássaro ao fundo da gravação.  Tem gente que se dedica as coisas da gente.  Tem gente que ouve até o que a gente não diz. 

E eu posso  com estas delicadezas,  me senti inspirada a dizer. 

Eu tenho destas coisas,  reacender do nada. 

Cada vez me convenço mais que sou mais de mil por cento  movida por emoção.

Ainda que escorpiana  e com o corpo a flor florida da pele. 

Li,  reli e digo mais,  eu escrevo, não é pra ser lida.

Não mesmo!

É muito mais como uma forma sutil de desafogar sentimentos. 

Os bons, os ruins,  os assustadores, os arrepiantes. Todos!

Eu escrevo por hábito mas muito mais por emoção. 

Escrevo pra dormir bem. 

Escrevo quando não  posso dizer,  as vezes é bem mais sensato!

A sensação que um texto me proporciona é de liberdade,  alívio.

Eu preciso canalizar e externalizar o que talvez ninguém entenderia. 

No papel sou mais eu do que sempre. 

A escrita me fortalece,  me acalma,  me equilibra. 

Quando  eu encontro alguém que realmente me lê e ainda por cima me conta... NOSSA é bom demais. 

Que a minha escrita leve as minhas verdades a todos os cantos do mundo e sobretudo faça BEM as pessoas,  não lhe cause medo  preocupação ou vontade de fugir. 

As vezes é só questão de entender ou não ler.  

Hoje o Francisco, recebeu sua primeira carta, de uma tia que já é apaixonada por ele,  antes que ele tenha nascido. 

Minha carta chegou a um clique do outro lado do mar. 

Viva, mil vivas pra escrita e pra quem consegue me ler sem sofrer!!

"Por te falar eu te assustarei e te perderei? 

Mas se eu não falar eu me perderei, e por me perder eu te perderia.

"A Paixão Segundo G.H."

     Clarice Lispector ⚘

 

  

Dia 137 - 03.08.20

...

Já podemos fugir pras colinas?

...

https://youtu.be/kc_1Jsr03MY

Dia 136- 02.08.20

É calor de mês de agosto é meado de estação,  o inverno está se apresentando mansamente,  pelo menos ele,  já que tudo está tão alterado e excêntrico neste 2020.

A minha suculenta em botão recebe visitas todo dia mas ainda não abriu.  Estou curiosa pra ver as matizes de suas flores. 

A pandemia me revelou um amor muito grande por elas e pelos cactos também. 

Plantar,  acompanhar,  vislumbrar  cada detalhe entre a folha  e a planta. 

As rosas estão brotando antecipadamente por conta do calor,  nunca faz 15 graus em agosto, o clima destemperou.

Hoje eu  coloquei um tênis, fui andar na trilha,  rezei aos pés do Cristo. Terminei de ler um livro incrível, no sol. 

A sombreiro da parte inferior da casa já colocou uma folha nova, ele se prepara pra primavera. Fica lindo em todas as estações. 

Os patos descobriram a horta e comeram as couves, verdinhas e tenras. Patos não compreendem seu espaço e quando chego perto pra que saiam dali,  voam com muita desenvoltura. 

Será impossível permitir que vivam soltos,  vão  comer  as folhinhas do pomar que está brotando. E por  conta  disto descobri que basta aparar um pouquinho as pernas de uma das asas e eles não conseguem mais voar e permanecerão  no novo galinheiro que é imenso e tem uma Lagoa de águas límpida.  Parece um mini zoológico. Foi cercado nesta semana. 

Mas, poxaaa! Fiquei refletindo sobre o que significa perder a condição de vôo por falta de equilíbrio e  viver ali,  no chão. 

Que triste!

O livro que terminou hoje,  vai ser relido muitas vezes,  ele é  quase um manual de  sobrevivência, fala de resgate do amor e da sensibilidade. 

Fazia muito tempo que eu não me conectava assim com a natureza,  não percebia pequenos detalhes do paraíso onde vivo. 

Aqui é inspirador, eu sou uma mulher de sorte e sou grata, muito grata por ter sensibilidade de admirar o que meus olhos podem ver. 

A noite foi coroada com uma lua cheia desumana... eita que a lua influencia minhas  entranhas.

Hoje,  eu procurei estar comigo e com a natureza que me cerca e energiza. 

A felicidade vibra nesta frequência. 

Hoje eu fiz força e consegui.  

Mas de tudo,  tudo,  tudo, foram as letras garrafais que povoaram os meus pensamentos e que estão aqui,  agora. 

Poxa! 

 

Dia 134 e 135- 01.08.20

Um sábado de sol. 

Temperatura mais elevada. Bem como eu gosto.  Menos roupas,  menos xales,  menos amarras.

Além de organizar tudo aqui por fora,  recebi amigos. 

No meu canto preferido. 

Estou com muita saudade de uma festa,  de gente junta de dançar de cantar até de manhã. Cantar desafinadamente as minhas preferidas.  De servir a minha caipirinha que  é a melhor do Sul do mundo.  De rir e conversar muito,  falar de amenidades e dos detalhes corriqueiros,  sem muitas teorias,   sem muito protocolo.

Jogar conversa fora e gargalhar bem alto com gente querida. 

Em dias como este tudo opera com mais  intensidade, excedendo o tamanho do habitual. Acho que é o sol rondando,  eu me transformo em girassol. 

O calor toma conta das minhas bochechas e elas avermelham. 

O que pulsa em mim,  pede todo o sistema em ação,  respirar fundo,  fazer o sangue circular mais rápido,  oxigenar a alma.

O silêncio invade a casa e eu estou só e com tempo,  isso nunca termina mal.  (Adoro!, preciso)

Eu,  comigo. 

Leituras em dia,  pensamentos recorrentes, hoje,  li que " o problema é que a gente pensa demais no que não  deveria    nem pensar"

Eu gosto do autor, escreve pouco mas geralmente é certeiro.  Daqueles que prendem a gente pra sempre.  

É fato, ou devia?