23 novembro 2015

Temporal


Se desse  pra definir através da meteorologia o dia de hoje:

Trovoadas, raios,rajadas de ventos
e chuva, muita chuva!


P.s Na torcida para que amanhã o sol reapareça 

18 novembro 2015

Sobre fazer o "seu"

Ó DEUS, porque será que as pessoas não escolhem profissões pelas quais tenham pelo menos um pouco de simpatia.
Nem falo de  vocação ou de amor a uma causa,   gratidão ao lugar  e as pessoas que lhe permitem ganhar o pão,  não espero tanto, sei que este é sentimento quase em extinção. Bastava empenhar-se só um pouquinho, ter um mínimo de empatia,saber que muitas vezes o outro depende da gente e depende mesmo! Era basicamente suficiente fazer o que tem que ser feito, sem trabalhar uma hora a mais, apenas dar conta do mínimo  que se espera, de fazer o "seu".
Me parece que tem gente que não suporta estar onde está, que aproveita para dificultar tudo, encontrando um empecilho, um entrave uma forma burocrática de procrastinar e ferrar  com a vida da turma. Também tem os doentes, aqueles que eu não julgo mas me pergunto de onde vem tantas viroses em mês de novembro? Bem verdade que quem trabalha "empurrado" acaba somatizando e até adoecendo.
Eu abomino gente assim, me fazem perder a pose  e a paciência, me fazem  transbordar o saco.
Tem tantas situações decorrentes de gente preguiçosa e hoje eu tive o desprazer de passar por duas. Uma pergunta apenas e teria evitado tudo, mas não, deixa a  coisa desandar. Pra que fazer serviço bem feito se é mais fácil fazer pela metade. 
Quando o trabalho é autônomo e individual cada um produz por si, mas quando a gente precisa de uma equipe e tudo deve rodar como uma engrenagem, MEU DEUS, a coisa é um teste para os nervos, quase  como um parto de ouriço.

Tenho engolido sapos, alguns dias sim outro também, não gosto disto e tenho um medo tremendo de ser vista pela opinião pública na mesma categoria  desta gente.


P.s Ainda bem!


17 novembro 2015

Ao vivo ou virtualmente

E as mídias que   tem  feito pessoas de escravas, que tomam seu tempo em redes sociais, que até assustam pela forma  que adentram na privacidade do mundo, tem feito uma revolução na comunicação. Trazem informação, cabe interpretar e digerir, agilizam negócios, permitem comunicação a longa distância, aproximam, expõem, escancaram... Dão visibilidade a ideias e coragem a  alguns covardes.
Tem prós e contras  como tudo nesta vida.
Eu gosto,  sou suspeita, tanto que  deste tema fiz até especialização.
Mas hoje, antes das sete da manhã, horário que eu não curto interagir  com quase ninguém, o meu whats dá sinais. 

Eu pude saber que tem alguém que explica em alto e bom tom que não vai permitir que ninguém fale  mal de mim perto dela.
Gostar é uma coisa, não falar mal é outra  mas defender e chamar pra voadeira,intimar dizendo que não permitirá manifestação negativa, isso realmente e agrado  de requinte.

Me sinto responsável por conquistar um sentimento desta magnitude. Nada é mais importante do que a  confiança depositada na gente. Dá vontade de não vacilar NUNCA, pra merecer sempre esta deferência.


Hoje o dia  amanheceu me chacoalhando para o compromisso de ser cada vez mais!  
Acredito que DEUS manda gente assim interagir com a gente pra que possamos reafirmar por onde queremos prosseguir e pra nos dar forças e energia em dias TÃO pesados.
Independe se elas vem ao vivo ou virtualmente.

16 novembro 2015

O amor que acende a Lua

Daquilo que podemos fazer pelas pessoas

Pelas pessoas só é possível fazer o que elas permitem, se tem vontade de aprender e se deixam ajudar. Tem algumas que inevitavelmente não mudam, não aprendem dando a impressão que precisarão viver mais vezes para isso. Mas pensando bem... as nossas verdades são as nossas, os nossos  conceitos, as nossas alegrias. Por que seria que o que nos faz bem pode fazer bem aos demais?
Não adianta sofrer, não adianta querer que sejam diferentes, muito menos esperar  que por decreto tudo possa se resolver. O processo de aprendizado é único  e intransferível. Dependemos do  social somos seres que se constroem através das relações, mas o produto final é individual e inalienável.  Conheço pessoas  nos mais diversos estágios de aprendizado,  ainda que não caiba  estabelecer  um ranking entre os mais e menos evoluídos, também é verdadeiro que alguns dominam as palavras e os números e deixam desejar nas emoções ou vice  e versa. Aos que estão distantes ou apenas vemos de passagem fica mais fácil de lidar e quiça compreender, tarefa difícil é quando aqueles dos quais  viemos, aqueles que são nossos desde que nos conhecemos por gente nos dão a impressão que já foram superados em alguns aprendizados e que teimam em bater cabeça sofrendo com o que não precisam.
Como a gente  dá voltas em torno do nosso  próprio umbigo  e não aprende a respeitar as verdades do outro, a forma de viver, o jeito de conviver. Como a gente precisa de humildade e empatia para poder conviver com respeito.
Cada um sabe o que está procurando, o que vai colher depois do plantio, ainda que a gente quisesse escolher as sementes, afofar  a terra escolher o clima e tudo o mais. Não depende de nós. Presumo que a única coisa que verdadeiramente podemos fazer pelas pessoas é ama-las  e respeitá-las em sua individualidade.

P.s. Tarefa nada fácil, exercício diário.










14 novembro 2015

Chegou a proclamação

Falta um dia para o dia 15 de novembro. Uma data que eu já nasci amando, dia de celebrar a vida. Tenho a estranha mania de fazer avaliações em vésperas de aniversário, assim aquelas de fazer cálculos e perceber o quanto já se está melhor do que se era, o quanto ainda falta pra aprender e crescer como pessoa humana.
Mas hoje a ideia que me acomete é bem diferente, deu vontade de fazer uma nota de apresentação, pensar sobre quem realmente sou, o que já aprendi, o que me falta crescer, independente dos clichês que algumas pessoas imaginam que conhecem sobre mim.


Sobre ELA podemos afirmar:

É uma pessoa  que consegue acompanhar o seu tempo,ainda que nostálgica relembre com alegria de alguns tempos passados. Se assusta quando vê que mesmo antes de chegar em Paris a violência já chegou lá, mas sabe que a mídia reforça o fato por se tratar de uma cidade emblemática, percebe que tem gente morrendo em todos os cantos do mundo, tem medo que o amor esfrie e luta todo dia para vencer o fenômeno da invisibilidade que algumas pessoas já estão sofrendo.
Escolheu as pessoas  com quem convive,tem uma família que ama e se sente amada, consegue conviver  com todos que passam em sua vida, independente do período de tempo que elas permanecem e também independe os motivos pelos quais chegam e vão embora.
Talvez a melhor de suas qualidades foi desenvolvida ano após ano, ela sabe desgostar de atitudes e não de pessoas, verdadeiramente sabe fazer isso. Não carrega mágoas de pessoa alguma, depois de uns dias, meses, tudo passa e ela segue sem levar rancor.
Ela tem uma dificuldade tremenda de lidar com as percas,sabe que isso é apego mundano e que já deveria ter se livrado, mas ainda não aprendeu. Sabe aquela blusinha que ganhou no aniversário de vinte e poucos anos, permanece ali em respeito a quem lhe deu.
Escolheu a profissão que ama, se dez vidas tivesse gostaria de voltar fazendo a mesma coisa, educar e cuidar de meninos e meninas, homens e mulheres, pessoas que queiram aprender (talvez não escolhesse o serviço público nas outra vidas...). Não que ela seja e empafiosa  a ponto de pensar que possa ensinar, na verdade, nasceu com a força de acreditar na construção do conhecimento, no aprimoramento das pessoas e das relações, ela sabe valorizar cada milímetro de crescimento que tem e que planta em sua volta.
Não sonha com grandes  fortunas ou bens materiais, vive  com pouco e assim é feliz, nunca tem dinheiro no bolso pra comprar a vista aquela rifa da igreja ou da escola, porque dinheiro é material de segunda mão. Vai conversar sempre  com o vendedor da rifa, saber porque estão realizando e o que querem conseguir, terá curiosidade em saber da festa e dedicar seu tempo a ouvir, essa é qualidade que tem se desenvolvido como de quem trata com ração e vê crescer. Graças a Deus ela está aprendendo a ouvir. 
Tem mania de trabalhar demais, isso é fato e pra falar bem a verdade, vai parar de pedir a deus na virada do ano para diminuir o ritmo, ela gosta de ritmo acelerado, ela se realiza quando está puxando o mundo pra frente. (ainda que ele avance bem devagar) 
Tem uma equipe, uma grande equipe, e sem modéstia chega a acreditar que sabe formar equipes. Graças  a eles ela se fortalece e não se dá o direito de fraquejar, sabe que tem gente observando e de uma forma ou de outra precisam da energia positiva pra continuar.
Ela sabe guardar segredos, tem alguns tão velhos que já esqueceu parte dos detalhes, é uma pessoa de  confiança. 
Dizem as más línguas  que é meio mandona,rs Ela reconhece e procura domar um espírito de liderança exagerado que inclusive se sente no direito de organizar as cadeiras na casa dos outros em festa de aniversário, não gosta disto, ta exercitando, mas ainda não aprendeu. 
Vale ressaltar que nunca faz o mal de caso pensado, é um espírito bom que habita a sua índole, o que não quer dizer que suas decisões não sejam mal interpretadas e muitas vezes arruma alguns inimigos anônimos sem nem saber. Tem gente que ama, tem gente que odeia.
É uma mulher de coragem  e enfrenta neste ano os maiores desafios profissionais que já enfrentou na vida, não sabe bem se vai aguentar o repuxo. Ela anda cansada, bem cansada.
Ah, ela  adoro  vinho, gente querida, roda de viola, cantar e dançar até de manhã. Ela é faceira e raramente alguém presencia um ataque de pelanca. Quando é pra chorar escolhe o chuveiro e depois além das olheiras que são exageradas, quando sai do banho quase nada denuncia suas lágrimas. Tem facilidade em chorar de emoção com as coisas que lhe arrepiam, mas raramente chora de brava, quando tem motivo e princípios debate até o fim sem esmorecer. Muda de verdades apenas quando é completamente convencida.
Tem uma caminhada grande já percorrida, presume que dava um livro que talvez um dia seja escrito e quer  caminhar muito ainda,chegar aos noventa e um anos igual sua avó, lúcida e independente e feliz.



13 novembro 2015

Chorar de Alegria

E saber que foi em uma sexta-feira 13, sorte minha que não acredito em crendices , que não tenho nada  contra nem a  favor de gatos pretos e muito menos de passar em baixo de escadas, foi hoje um grande dia. Uma notícia, " A"  notícia  que colocará em ordem muitas coisas na minha vida chegou  bem cedo perto das oito da manhã. Foram tempos, cinco anos mais especificamente, de espera, de lutas, de taxas, de documentos  e autorizações, de procurar por  profissionais da área, todos, muito bem remunerados. Eu me mantive equilibrada ainda que exausta, sempre precisei inspirar os que estão a minha volta, sem demonstrar fraqueza  ou falta de força e quase descrente bem no meu íntimo sabia que no tempo certo a resposta seria afirmativa. Depois de tantas negativas, esta não foi, o documento veio assinado um sim como resposta. No tempo de DEUS, certamente. Ele sempre soube o tamanho da minha fé, ele sempre me mostra que vale  a pena acreditar mais e mais, bem como qual o lugar pra onde seguir
De tão faceira não sei nem quais serão os próximos passos, mas sei que serão mais leves e caminham pra um pouco de tranquilidade bem merecida, diga-se.

Neste momento é hora de agradecer, eu hoje sou só gratidão, completamente inundada por este sentimento,grata por tudo, inclusive pelos dias de desespero, grata ao que ajudaram de uma forma ou de outra, grata pelos aprendizados todos, grata as pessoas que estão no meu caminho, eu tenho amigos de VERDADE, daqueles  que ficam felizes  com a felicidade da gente.


Em 13.11.2015 eu  chorei de alegria, como a muito não fazia.
 É o melhor choro do mundo!

11 novembro 2015

Gente de palavra

Uma coisa importante na vida é conhecer o motor gerador de  entusiasmo e motivação, saber porque viemos e o que estamos fazendo aqui. Isto dá significado aos dias, as lutas,  a todas as peleias em todos os segmentos da vida. Eu certamente vou descobrir outros ainda, mas  neste agora que estou desbravando o que mais me motiva e a confiança que as pessoas depositam em mim e no meu trabalho. Não espero fortuna, um busto em praça pública, medalhas ou honra ao mérito, sei bem que reconhecimento é coisa difícil de se atingir  e geralmente vem sempre bem depois que é tarde demais.  Na verdade nunca foi meu objetivo, esta  é lição que eu pude aprender bem cedo. Tenho inteligencia emocional para lidar com muitas coisas, sou durona mesmo, trato com tristes e oprimidos, trato com esnobes e reprimidos, trato com gente do bem e com gente impossível de "lida", me mantenho firme, raramente balançam minhas verdades  e quando isto acontece é unicamente para resignificá-las, o que é muito bom.
Mas se tem uma coisa que me arrepia e me emociona, sim emociona de chegar as lágrimas é quando acreditam em mim e tem coragem de externar este sentimento. Muitos anos de gestão me fizeram entender que algumas pessoas não se aproximam por medo de parecer "baba ovos", ainda assim, tem gente que aposta, acredita e olha nos olhos da gente pra dizer que sabem que se está sendo assim é porque não há outra forma neste momento para ser. Eu admiro e me espelho em gente que diz e faz, que promete chegar e chega, que diz que não dá e que não pode  e a gente pode acreditar.

Eu gosto de gente de palavra!

P.s Hoje recebi um elogio verdadeiro e despretensioso  que me emocionou.


10 novembro 2015

E se foi...

Uma mulher que traz a expressão do sofrimento, se expressa bem, sabe exatamente o que quer dizer  e a impressão que quer causar. Já tinha ouvido falar muito dela, mas como tenho exercitado a escutatória, não fiz pré julgamentos, apenas ouvi. Observei e ouvi. Ela sentia muita necessidade de falar, de prender minha atenção. Contou-me tudo, confirmou suas verdades e provou hipoteticamente o quanto tinha razão, o quanto a vida foi ingrata com o seu menino. Ela me contava e seus olhos alternavam hora secos e arregalados em outras rasos de lágrimas. Ela tinha pra me contar uma história verdadeiramente emocionante  e ainda que fosse narrada como se ela tivesse  o papel principal sendo a heroína, criou o menino que não era dela. Fiquei sabendo  de tudo em pouco mais de uma quarto de hora, na casa dela somente são convidados pra entrar gente que ela quer bem os mesmo que ela dá  a mão como cumprimento. Não convidará  a mãe biológica para a comunhão dele e parece que acredita no promotor, aquele do fórum da comarca neste homem ela pensa que dá pra confiar. Seria ela uma mulher sozinha, carente sem ninguém pra conversar? Ou talvez queria me convencer de  como ela  gostaria que a vida tivesse sido... Não sei bem, mas apenas ouvi  e este exercício faz bem pra gente.Desliguei dos afazeres que estão as pilhas dentro da gaveta, dos retornos telefônicos, das medidas impopulares a serem tomadas, de tudo, para simplesmente dar atenção aquela mulher. Eu percebi que ela precisava muito disto, que saiu melhor do que entrou e que apenas não confidenciou mas me convidaria pra entrar na casa dela.
Seu pronunciamento  que me despertou simpatia porque foi me jogando na mesa palavra a palavra os valores  que tem em plena manhã de segunda-feira.
Me deu a mão e se foi.

20 outubro 2015

Gente que ama o que faz e deixa transparecer

Hoje eu recuperei uma bota, preta e com salto agulha pela qual tenho daqueles apegos que me acometem quando gosto de alguma coisa que me acompanhou em momentos bonitos da vida, eu sei que a prática do desapego  me faria muito bem e tenho exercitado, algumas vezes ainda é inevitável. Mas hoje,  foi grandiosamente válido ir atrás daquela  bota, que já me acompanha a  mais de uma década. E foi das mãos de um senhor que tem mais de setenta anos e com o qual eu conversaria uns três dias inteiros sem nunca ter visto na vida. Pessoa agradável de olhar doce e transbordando de simplicidade  e contentamento. Em poucos minutos me  contou todos os procedimentos e olhava para a bota como se   fosse uma obra de arte. Era possível perceber que verdadeiramente estava apaixonado por mais aquele trabalho. O lugar é simples e muito arrumado, todos os pares de calçados em fila arrumados e quando buscou seu caderno de anotações me deixou impressionada, era um caderno pequeno destes brochura com o mês do ano escrito na capa, o número dela era 600, que representava quantos calçados foram consertados neste ano até o mês, tinha o nome e foi ali que ele registrou um ok, no mês de julho. Homem organizado e com registro que tem letra desenhada e sabe exatamente onde buscar informações sobre cada um dos seu rebentos. 
Ser sapateiro é profissão de gente que cuida, que arruma, que recupera, que como este nasceu no século passado, quando preservar era valor.

Me disse que percebia que era um calçado bem cuidado e que nele eu devia aplicar uma pomada de vez em quando para conservá-lo . A sola ficou novinha e andará  comigo por muitos outros caminhos, eu seguirei lembrando que eles  foram consertados e que as pessoas consertam muitos e muitos sapatos em épocas de se descartar e jogar tudo fora e também vou levar comigo o sorriso das palavras que me disseram: Eu sou aposentado senhora, a quinze anos e continuo aqui trabalhando, cuidando  dos sapatos, porque eu gosto MUITO do que eu faço. 

Ah! Eu admiro tanto e me arrepio  com gente assim!


E a moça do jornal nacional...

O clima anda realmente desconcertado, talvez pra  combinar com o povo  que entra  em pane  quando as  chuvas  começam por aqui. Tudo fica mais frio, sem cor e triste.
Que setembro e outubro são meses  chuvosos faz anos que já sabemos, mas  infelizmente as águas não estão mais escoando como antigamente. Também é fato que não havia tanta mídia  e promoção da desgraça alheia  como hoje em dia. São muitos meteorologistas , com diplomas  e não... tem daqueles  que quando vêem as  formigas  correrem rápido pro formigueiro já tem gosto em anunciar enchentes. Um disse  que vai ter enchente sim, pequena , média ou grande... fica meio fácil de acertar assim. Tem radar meteorológico com tecnologia de outros mundos lá do outro lado do mar, onde a turma demora pra fazer manutenção. Defesa civil milionária que investe bastante, quase  como a cura da seca do nordeste. Enfim, notícias e mais notícias  que tem provocado uma intolerância enorme nas pessoas. Algumas delas  que convivem comigo também se achegam pra fazer suas reclamações. Em partes eu sei que eles tem razão , concordo me desculpo e tudo o que me toca, mas  quando passam do ponto eu chamo meus argumentos  e acabo dizendo o que  precisa ser informado: Senhor, o filho é seu apesar de.
O sol reapareceu, as águas baixaram  mas o "senhor do tempo"  avisa que esta  semana vai chover novamente e que não será pouco e que as águas vão subir novamente. Tem gente que nem saiu dos abrigos ainda. Eu lamento  e fico pensando que a composição de fatores climáticos, poluição, descaso, má gestão do dinheiro público, continuarão todos ali e nós seguimos esperando o fim dos tempos. Enquanto o nosso povo tiver ânimo para limpar, lavar, recomeçar e reconstruir talvez ele ainda não chegue. 

E a moça  do jornal nacional disse  que voltou  a chover no Rio Grande do Sul , quando chove lá amanhã  chove aqui e começa tudo novamente.

15 outubro 2015

Irmãos Karamazov

Dia do Professor

Maíra Cintra


" Se engana quem acha que riqueza e status atraem inveja. As pessoas invejam mesmo é o sorriso fácil, a luz própria, a felicidade sincera, a alegria. O que incomoda as pessoas são as amizades que o outro atrai, a boa energia que transmite, o brilho no olhar, a sinceridade espontânea, o amor verdadeiro, a positividade pela vida, a leveza no andar e a paz interior. Se engana quem acha que um corpo perfeito chama atenção, que beleza atrai, que várias curvas dão tesão. Nada disso tem valor se o que tem por dentro não se alimenta de coisas boas. Aliás, dinheiro nenhum paga o que gera a verdadeira inveja, porque a maior riqueza da vida se esconde na alma. "


Saramago

"Quantos anos tenho?
Tenho a idade em que as coisas são vistas com mais calma, mas com o interesse de seguir crescendo.
Tenho os anos em que os sonhos começam a acariciar com os dedos e as ilusões se convertem em esperança.
Tenho os anos em que o amor, às vezes, é uma chama intensa, ansiosa por consumir-se no fogo de uma paixão desejada. E outras vezes é uma ressaca de paz, como o entardecer em uma praia.
Quantos anos tenho? Não preciso de um número para marcar, pois meus anseios alcançados, as lágrimas que derramei pelo caminho ao ver minhas ilusões despedaçadas, valem muito mais que isso...
O que importa se faço vinte, quarenta ou sessenta?!
O que importa é a idade que sinto. Tenho os anos que necessito para viver livre e sem medos. Para seguir sem temor pela trilha, pois levo comigo a experiência adquirida e a força de meus anseios.
Quantos anos tenho? Isso a quem importa? Tenho os anos necessários para perder o medo e fazer o que quero e o que sinto..."
[José Saramago]


22 setembro 2015

Não fazer o mal...

(…) A gente não fazendo o mal a ninguém, já está fazendo um grande negócio porque hoje em dia as pessoas só fazem mal umas às outras. As pessoas se criticam, as pessoas não perdem tempo escutando as outras, as pessoas pré-julgam, as pessoas não tem paciência de reorganizar diariamente o seu arquivo pessoas de informações a respeito de todo mundo, o respeito da vida. Então pra simplificar, rotulam.
— Elis Regina 

24 agosto 2015

Ah, o tempo!

Comer pé de galinha e arrotar pé de galinha

Vivemos tempos  difíceis, de desencantamento e situações inexplicáveis, hoje  até o papai noel da Lapônia  informa  falência no jornal nacional.  Tanta barbaridade, preconceito, inveja, exibição, gente que quer  demonstrar  o que nem é. 
A gente anda assim procurando inspiração entre uma fala  e outra, se agarrando em leituras, imagens, filmes,situações e  pessoas.
Sorte  é que ainda tem gente de cara lavada  que  faz depoimento verdadeiro e mostra a vida  como ela  é. Sem máscaras, sem maquiagem, sem mais.Eu vi  e gostei,fez um contraponto  com a manhã de segunda-feira que sinceramente me fez pensar que o fim dos tempos está chegando...Me  emocionei é óbvio, como tudo que me toca a alma, como tudo que é bonito, que é leve que é expressão de gratidão. Nada, absolutamente nada  me encanta mais do que pessoas  que são o que são, que não perdem tempo com clichês, com representações. Pessoas de verdade me fazem acreditar que ainda é possível!


15 agosto 2015

É assim que acontece a bondade”

Rubem Alves

“Se te perguntarem quem era essa que às areias e aos gelos quis ensinar a primavera…”: é assim que Cecília Meireles inicia um de seus poemas. Ensinar primavera às areias e aos gelos é coisa difícil. Gelos e areias nada sabem sobre primaveras.., Pois eu desejaria saber ensinar a solidariedade a quem nada sabe sobre ela. O mundo seria melhor. Mas como ensiná-la?
Seria possível ensinar a beleza de uma sonata de Mozart a um surdo? Como, se ele não ouve? E poderei ensinar a beleza das telas de Monet a um cego? De que pedagogia irei me valer para comunicar cores e formas a quem não vê? Há coisas que não podem ser ensinadas. Há coisas que estão além das palavras. Os cientistas, os filósofos e os professores são aqueles que se dedicam a ensinar as coisas que podem ser ensinadas. Coisas que são ensinadas são aquelas que podem ser ditas. Sobre a solidariedade muitas coisas podem ser ditas. Por exemplo: eu acho possível desenvolver uma psicologia da solidariedade. Acho também possível desenvolver uma sociologia da solidariedade. E, filosoficamente, uma ética da solidariedade… Mas o saberes científicos e filosóficos da solidariedade não ensinam a solidariedade, da mesma forma como a crítica da música e da pintura não ensina às pessoas a beleza da música e da pintura. A solidariedade, como a beleza, é inefável – está além das palavras.
Palavras que ensinam são gaiolas para pássaros engaioláveis. Os saberes, todos eles, são pássaros engaiolados. Mas a solidariedade é um pássaro que não pode ser engaiolado. Ela não pode ser dita. A solidariedade pertence a uma classe de pássaros que só existem em voo. Engaiolados, esses pássaros morrem.
A beleza é um desses pássaros. A beleza está além das palavras. Walt Whitman tinha a consciência disso quando disse: “Sermões e lógicas jamais convencem. O peso da noite cala bem mais fundo a alma…”. Ele conhecia os limites das suas próprias palavras. E Fernando Pessoa sabia que aquilo que o poeta quer comunicar não se encontra nas palavras que ele diz; antes, aparece nos espaços vazios que se abrem entre elas, as palavras. Nesse espaço vazio se ouve uma música. Mas essa música – de onde vem se ela se não foi o poeta que a tocou?
Não é possível fazer uma prova sobre a beleza porque ela não é um conhecimento. Tampouco é possível comandar a emoção diante da beleza. Somente atos podem ser comandados. “Ordinário! Marche!”, o sargento ordena. Os recrutas obedecem. Marcham. À ordem segue-se o ato. Mas sentimos que não podem ser comandados. Não poso ordenar que alguém sinta a beleza que estou sentindo.
O que pode ser ensinado são as coisas que moram no mundo de fora: astronomia, física, química, gramática, anatomia, números, letras, palavras.
Mas há coisas que não estão do lado de fora. Coisas que moram dentro do corpo. Estão enterradas na carne, como se fossem sementes à espera…
Sim, sim! Imagine isso: o corpo como um grande canteiro! Nele se encontram, adormecidas, em estado de latência, as mais variadas sementes – lembre-se da história da Bela Adormecida! Elas poderão acordar, brotar. Mas poderão também não brotar. Tudo depende… As sementes não brotarão se sobre elas houver uma pedra. E também pode acontecer que, depois de brotar, elas sejam arrancadas… De fato, muitas plantas precisam ser arrancadas, antes que cresçam. Nos jardins há pragas: tiriricas, picões…
Uma dessas sementes é a “solidariedade”. A solidariedade não é uma entidade do mundo de fora, ao lado de estrelas, pedras, mercadorias, dinheiro, contratos. Se ela fosse uma entidade do mundo de fora, poderia ser ensinada e produzida. A solidariedade é uma entidade do mundo interior. Solidariedade nem se ensina, nem se ordena, nem se produz. A solidariedade tem de brotar e crescer como uma semente…
Veja o ipê florido! Nasceu de uma semente. Depois de crescer não será necessária nenhuma técnica, nenhum estímulo, nenhum truque para que ele floresça. Angelus Silesius, místico antigo, tem um verso que diz: “A rosa não tem porquês. Ela floresce porque floresce”. O ipê floresce porque floresce. Seu florescer é um simples transbordar natural da sua verdade.
A solidariedade é como um ipê: nasce e floresce. Mas não em decorrência de mandamentos éticos ou religiosos. Não se pode ordenar: “Seja solidário!”. A solidariedade acontece como um simples transbordamento: as fontes transbordam… Da mesma forma como o poema é um transbordamento da alma do poeta e a canção, um transbordamento da alma do compositor…
Já disse que solidariedade é um sentimento. É esse o sentimento que nos torna mais humanos. É um sentimento estranho, que perturba nossos próprios sentimentos. A solidariedade me faz sentir sentimentos que não são meus, que são de um outro. Acontece assim: eu vejo uma criança vendendo balas num semáforo. Ela me pede que eu compre um pacotinho de suas balas. Eu e a criança – dois corpos separados e distintos. Mas, ao olhar para ela, estremeço: algo em mim me faz imaginar aquilo que ela está sentindo. E então, por uma magia inexplicável esse sentimento imaginado se aloja junto aos meus próprios sentimentos. Na verdade, desaloja meus sentimentos, pois eu vinha, no meu carro, com sentimentos leves e alegres, e agora esse novo sentimento se coloca no lugar deles. O que sinto não são meus sentimentos. Foram-se a leveza e a alegria que me faziam cantar. Agora, são os sentimentos daquele menino que estão dentro de mim. Meu corpo sofre uma transformação: ele não é mais limitado pela pele que o cobre. Expande-se. Ele está agora ligado a um outro corpo que passa a ser parte dele mesmo. Isso não acontece nem por decisão racional, nem por convicção religiosa, nem por mandamento ético. É o jeito natural de ser do meu próprio corpo, movido pela solidariedade. Acho que esse é o sentido do dito de Jesus de que temos de amar o próximo como amamos a nós mesmos. A solidariedade é uma forma visível do amor. Pela magia do sentimento de solidariedade, meu corpo passa a ser morada de outro. É assim que acontece a bondade.
Mas fica pendente a pergunta inicial: como ensinar primavera a gelos e areias? Para isso as palavras do conhecimento são inúteis. Seria necessário fazer nascer ipês no meio dos gelos e das areias! E eu só conheço uma palavra que tem esse poder: a palavra dos poetas. Ensinar solidariedade? Que se façam ouvir as palavras dos poetas nas igrejas, nas escolas, nas empresas, nas casas, na televisão, nos bares, nas reuniões políticas, e, principalmente, na solidão…
“O menino me olhou com olhos suplicantes.
E, de repente, eu era um menino que olhava com olhos suplicantes…”.
Rubem Alves, no livro “As melhores crônicas de Rubem Alves” 

14 agosto 2015

Aqui é o meu lugar

Eu nasci aqui, no tempo em que aqui vinham pessoas  de toda  a região pra nascer. Por ser o hospital mais próximo de toda  a comarca. Eu cresci na cidade  vizinha " a  minha" , lugar onde amo ir, chegar, ver o sol nascer e se por. Depois de muito tempo , duas décadas exatamente eu vim morar aqui. E o lugar onde minha filha nasceu  e passou quase  toda  a sua infância. Eu vivo aqui, amo este lugar, agradeço o pão de cada dia que tenho graças ao trabalho que presto aqui, para as pessoas. Eu trabalho no serviço público e tal qual o café que servimos, e que  brinco que nem parece de prefeitura, assim também é o trabalho e o repeito que tenho pelo que faço e pelas pessoas  com as quais convivo. Talvez por que minha composição seja esta que me chateei grandemente quando vi aquela manchete. Me deu vontade de brigar, sair  do campo das ideias  e chamar pra briga mesmo. Evidente que isto seria tão ridículo quanto a falta de  propósito que vi ali em letras garrafais. E quando me sinto assim... eu preciso escrever, uma forma mais eficiente de promulgar o que sinto.

Nossa Cidade para quem não conhece se localiza no sul do país, foi colonizada por italianos e alemães, pessoas de fibra e que enfrentaram muitas intempéries  para construir casas, igrejas,escolas e vendas. Foi luta braçal mesmo de gente aguerrida  que trabalhou até muito depois do sol se por  e começou antes de sua chegada. Nossa  cidade tem 57 anos, este é o tempo que  faz  que  foi emancipada política e administrativamente. Somos de pequeno porte, os habitantes não chegam a dez mil e pra mim isso realmente é muito bom. Temos ainda  as benesses dos pequenos lugares, o povo se  conhece, sabe onde mora, identifica as várias  gerações que aqui  vão crescendo. Temos muito verde ao nosso  redor, comida farta nas mesas, emprego para quem gosta de trabalhar. Tá meu olhar é otimista diante da vida. Eu sei que o estrada da entrada da cidade precisa de nova pavimentação, que os mineradores merecem melhor condição de vida,sei bem da crise  que assola o país, de receitas  caindo,de dificuldades de fazer gestão com as pessoas e recurso que temos, sei nossa equipe sabe de muitos projetos que poderiam ser executados e que nos falta dinheiro, gostaríamos de mais obras e reformas também na educação, gostaríamos de ter mais cultura e lazer para nossas  crianças. Crianças e adolescentes estes  que aliás  são o grande motivo pelo qual trabalho todo dia, em período integral  e contrariando as  leis  trabalhistas eu trabalho a noite também, com os pais e professores  deles. Eu desejo que  eles tenham um lugar cada vez melhor para viver, eu sou idealista mas  também  sou realista não tapo o sol com a peneira  e consigo perceber  que vale a a pena lutar por dias  melhores. Minha indignação é toda para com aquelas pessoas  que não conseguem perceber a grandiosidade de viver aqui, a bondade que as pessoas  ainda possuem, a segurança que mesmo  com os dois policiais apenas é mantida, porque aqui ainda dá pra  dormir de janelas abertas. O meu lugar é feliz a grande maioria das pessoas  é gente de bem,os valores  que eu construí aqui encontram referência. Eu sei que faço a minha parte, durmo  tranquila em detrimento de algumas pessoas  que apontam, escrevem, publicam a hipocrisia de tudo  que é "lamentável" por aqui. E talvez seja  pelo fato de fazer a minha parte  que me sinto ultrajada  quando generalizam tudo e colocam  na vala  comum, como se nada fosse certo, se ninguém estivesse na luta. As pessoas  deveriam ter mais cuidado em fazer generalizações. As pessoas que receberam o aval de outras pessoas deveriam ter cuidado elevado ao cubo ao dizer algumas  coisas  e apontar outras. É necessário separar o joio  do trigo, é necessário ser mais digno para  fazer críticas desta natureza, isso não foi uma afronta a esta ou aquela pessoa, a este  ou aquele partido... esta foi uma ofensa  as pessoas  de bem que vivem neste lugar , que felizmente é a sua grande maioria.Pra mim, aqui está longe de ser o pior lugar do mundo pra viver. Eu sinto assim, eu respiro assim, eu vivo assim, eu faço a minha parte. Abomino a hipocrisia de quem só sabe criticar, apontar defeitos e falhas e pior, que nem pode se sentar (como  dizia minha avó, quem tem rabo não se senta), mas prefere com o dedo em riste julgar tudo e todos. Talvez eu devesse ser um espírito mais evoluído e nem levar em consideração as palavras, por terem  vindo de quem vieram e também sem verdade nas  suas entrelinhas, mas  confesso  fiquei injuriada.
A prece de hoje é simples: Senhor, livrai-me de gente azeda, ingrata  e incoerente! Amém.

P.s Ajude para que mudem de cidade, ou de planeta!





02 agosto 2015

Em dias de julho que tem calor .

Em  alguns dias  que o sol tá  brilhando, que o calor definitivamente não é de julho, que se para pra dar um respiro e o  desapegar  vira palavra de ordem. 
Mas desapegar de verdade.
Daquele jeito que parece  que nada deve  ficar nas  gavetas e guarda-roupas. Nem a renite atrapalha neste dias. Tudo é remexido e revirado e de  algumas  coisas  a despedida é inevitável.
Lido bem com roupas e sapatos antigos nestes dias, e tudo deve ser entregue rápido pra não dar dor no coração e vontade de guardar novamente... E assim foi!
Mas os papéis, os  bilhetes, as  fotos, os  cadernos... ah, alguns já tem mais de duas décadas  e nunca chega  a hora de reciclar. Eles mais  do que qualquer outra  coisa  refletem um tempo, vivências  e momentos que não voltarão jamais. assim é  com aquele diário de nascimento, o caderno da faculdade, o da pós...As cartas, (sim, eu guardo cartas e  bilhetes) algumas  fotos  fora de lugar. 
Não foi desta vez  que eles  se  foram, resistiram  a milésima faxina  e  continuam ali guardados para que possam ser vistos, tocados relembrados. 
Que  bom que eu desenvolvi o hábito de escrever e que nos meus registros eu consegui descrever o que sentia em cada um dos momentos.
O que mais me surpreende é exatamente a mesmíssima proporção em que mudei e que outras  coisas permanecem sendo "valor" desde  aquelas épocas. presumo que é assim mesmo que eu gosto de ser.
O tempo tem sido rápido e me assusta a velocidade e as marchas  que me impõe. Eu sigo, renovada de  lembranças e de saudades. Agradecida por vivências  que não trocaria por nada nesta  vida, pessoas  que foram e  continuam sendo especiais  e  referências.
Os ácaros  andam lucos pela casa e meus olhos inundados de coisas  boas.




27 julho 2015

vida barulhenta

A vida é barulhenta. Dentro ou fora de nós, nada se aquieta. Queremos nos comunicar, exigimos respostas na velocidade de super-hiper-mega bytes, contabilizamos "notificações", desejamos ser cutucados de volta. Sem perceber, desaprendemos a silenciar. Desaprendemos a suportar a voz que cala e sofremos com a falta de respostas. Desaprendemos a ser ausência.

De vez em quando é necessário ser silêncio. Habituar-se à própria presença, inteirar-se de sua solidão.
Comunicar tudo sem dizer nada.
Fabíola Simões

As vezes esquecemos...

10 julho 2015

Marca -o

"Gentil é aquele que passa pela vida do outro,

toca-o com leveza e marca-o onde ninguém 

mais pode ver."

29 junho 2015

Hoje, todos aprendemos tanto!

Eu voto  que a gente devia ter mais tempo pra  conversar, observar e ouvir as pessoas.
Quando observamos a vida detalhadamente é possível aprender.
Eu que gosto de aprender e me utilizo de todo e qualquer detalhe para  isso, hoje  tive assuntos para elaborar  uma tese.
A família que esteve  comigo em reunião tem uma estrutura diferenciada, o pai que já não vive mais  com a mãe decidiu assumir pra  cuidar de um dos filhos a mãe  ficou  com os outros dois. Um deles  o caçula e  motivo de nosso  encontro tem um rancor que parece de um homem  velho  e amargurado, com seus onze anos de idade já tem comportamento e mágoa que de tão grande não cabe nele e transborda em palavrões, gritos, empurrões  e afins.
Mas eles  se amam, a sua  forma isso  ficou explícito, ele o pai acredita que em menos de um mês daremos  conta de cumprir os  combinados e o menino ficará bem, "comportado". Contou em detalhes as estratégias de  como  educou o  outro e jura que funcionou. A mãe sofreu tanto, até apanhou e é dela  que o menino aprendeu um pouco de  preconceito e baixa auto estima, se sente o último dos meninos e também confessou que não lhe obedece  e manda nela. 
Eu precisei dizer que os pais  precisam voltar a mandar nos filhos, lhes dar amor e limites.
Ele o pai me  contou porque nunca mais  foi a uma reunião de pais, eu fiquei perplexa ao ouvir de que forma as palavras regem nas  pessoas.
A professora revelou no tom de voz que estava percebendo alguns porquês naquela  conversa, ela nunca havia visto o pai do menino e os dois são absolutamente iguais.
Conversamos muito, baixamos a guarda, fiz  questão de afirmar que queremos o bem do garoto, que estamos no mesmo barco, que a felicidade dele é o que importa. Precisamos seguir cada um desempenhando o seu papel nesta história.
E naquela conversa de menos de duas horas pude  perceber  que o pai austero e temido na cidade, ex marginal, que já  cumpriu pena por homicídio  tem sentimentos, princípios e quer o melhor pro seu filho, inclusive me  confidenciou que metade de tudo que fez de errado na vida não teve ninguém pra dizer pra ele que poderia fazer diferente.
Aproveitei pra dizer  que ele é o ídolo do filho e que este o admira muito.
Nos unimos  com o objetivo de  ajudar esse  garoto, fazer sua vida mais leve  e melhor. Elencamos algumas ações, vamos nos dar as mãos, cada um dos atores  do processo deram a palavra e  firmaram  compromisso. 
Eu voltei reflexiva percebendo que podemos nos dar as mãos, que aliás este deve ser o único caminho possível a seguir.
Eu vou investir muito pra que nossos  combinados deem frutos, para que a gente possa acreditar e seguir fazendo a diferença. Não existe outro objetivo do que o de fazer a vida das pessoas  melhor.
Hoje, todos aprendemos tanto!

P.s Não julgar, pra mim, foi o maior aprendizado

06 maio 2015

Lamento

Hoje, e até aqui, só por hoje,  eu lamento, lamento muito, lamento grande... por ter sido sempre forte, alegre, motivada. Eu acabei criando uma imagem de imbatível demais, de corajosa  de muita coisa demais... 
Esta imagem acaba dando  a condição a algumas pessoas  tripudiarem nos dias  tristes, nos dias  difíceis, nos dias de derrotas e dizerem exatamente tudo o que querem, inclusive quando a gente está totalmente desarmada  e abrindo o coração.
Tem gente que definitivamente utiliza as   suas azias e jogam o azedume do mundo em cima dos nossos  ombros quando temos a sensação que eles não suportam mais nada.

Amanhã é outro dia  e tenho certeza que as minhas  forças estarão restabelecidas. 
Abençoada "noite no meio".

03 maio 2015

Nasceu uma princesa

Eu que tive um parto  exótico  e "super"  demorado, acordei da anestesia com calos , rosto inchado e aparência de quem tinha vindo da guerra, é evidente que também  fiquei super admirada  com a aparência da duquesa de Cambridge. Tudo bem que fazem mais de vinte anos, que ela faz parte  da família real, que precisava sorrir e abanar para os súditos... Mas, não foi só eu que achei:
veja só

Kate Middleton e o príncipe William apresentam a filha recém-nascida na saída da maternidade, em Londres, no sábado (2) (Foto: AP Photo/Matt Dunham)

Dos dias

Existem dias de GLÓRIA...
Dias de LUTAS  e dias  assim, como os que tenho passado....
De um sabor que nem se sabe definir se tem nome.
Talvez pudesse  dizer que se assemelha ao  gosto de decepção.

23 abril 2015

O valor do amor

 por Ita Portugal

Espio pela janela e vejo casais enamorados. Vejo pássaros trocando afeto com suas companheiras. Vejo a moça de cabelo amarelado abraçando fortemente o moço de terno marrom. Vejo o cravo no rompante do vento curvar-se para a rosa vermelha.
Espio pela janela e vejo condições vantajosas do amor. Essa atmosfera que traz benefícios e é capaz de saciar qualquer gulodice sentimental, vale todas as sentenças da vida.
O amor vale o veredito da saudade. O velho cotidiano de robe amassado. O trajeto Amazonas- Porto Alegre. A safra de indecisões e atrapalhadas. O sorriso amanhecido nas areias da praia de Guarujá. Os três meses de salário atrasado. Qualquer carnaval com Chiclete com Banana. Os pecados confessados imprudentemente numa noite romântica.

O amor vale todos os minutos perdidos. O sol sumindo na montanha. Os pedidos de perdão. Amor vale a reza, a promessa, o esforço para que não falte.

Vale a ferida ainda aberta, esperando o afeto para ser curada. Vale os vendavais que desarrumam a veste bonita para a missa de domingo.

O amor vale até o que não está no contrato. Vale o esforço do braço para dar um abraço sem merecimento. A lágrima de contentamento, os deslizes de pura alegria. As bochechas vermelhas, envergonhadas. O suspiro do coração florescido. O formigamento nas mãos. O versinho vulgar, inventado para agradar.  A PISCADINHA discreta no jantar de família.

O amor vale as canções sertanejas. As dancinhas sensuais. Vale pelos porres no final da noite.
O amor vale qualquer segunda-feira nebulosa, terça desastrosa, quarta sem prosa, quinta sem rosas, sexta pavorosa e no sábado a gente acaba se encontrando no barzinho da esquina para tomar umas e outras e colocar o papo em dia sobre todas as outras ladainhas que valem o amor.

O amor vale pelos tombos, as enxurradas, as invernadas solitárias, à carta cheia de saudades. A espera no portão. A produção para o jantar íntimo.

O amor vale a exclusividade. A paciência de Jó, que geralmente não temos.

Pelo amor vale ser bobo. Errar e desculpar. Dar um jeito na vida. Arrumar um lugar nas gavetas para outros pares de roupas. Vale tocar, apertar, ouvir música juntos, aquecer os pés, fazer uma gentileza, repetir um carinho.

Vale pela taquicardia. Pela pronta-entrega. Pelas vontades saborosas. Vale pelas esperas. Pelo poema de uma linha.

Vale a doação, o carinho. O amor vale a ausência de qualquer teoria. Por si só o amor vale. Vale o passaporte para a vida. E vale porque amar é bonito.

21 abril 2015

Gabriel G. Márquez

com coisa nenhuma...

Aprendizados

Antigamente eu me ocupava em parecer forte. O tempo varreu da minha alma essa necessidade de ostentar força. Hoje, quero ser apenas o que sou. Sem máscaras, sem angústia, sem culpas e sem ânsias.

As pessoas a quem amo, eu digo que amo. Talvez não com palavras, mas digo. Há cem mil modos de se dizer "eu te amo" e a maioria costuma ser mais verdadeiro que as próprias palavras.
Deixo claro que admiro a quem eu admiro. Aprendi que honrar a quem honra merecer é honrar a mim mesma, no reconhecimento de um paradigma, a saber que, espelhando-me no outro, posso melhorar-me.

Nunca escondo um bom sentimento, por mais insignificante ou transbordante que ele seja.

O que acinzenta a aura do mundo é a nossa mania de esconder o belo, de regrar o encantamento, de economizar o afeto e renegar a empatia.

Nara Rúbia Ribeiro

Campos de trigo

O que eu queria mesmo...

O que eu queria mesmo
É que as pessoas
Fossem mais burras

Burras como a generosidade
Que dá sem esperar
Nada em troca

Burras como o amor
Que não calcula o risco
E se joga

Burras como a esperança
Que sabe que vai perder
E nem se toca

Burras como a felicidade
Que leva safanão porretada eletrochoque
E ainda volta

Burras como a arte
Que celebra a vida,
Mesmo torta

De Paulo Becker

09 abril 2015

Dias de luta!

Nunca se sabe  quando o dia terminará na promotoria... Então cabelo bem limpo , batom na boca e poucas olheiras ajudam muito na sustentação oral. 
Adivinhar o tema, chegar carregada de livros, conhecer o assunto e falar com veracidade.
Ufa!
A pessoa acaba desenvolvendo algumas  competência  que nem imaginava  que poderia.


08 abril 2015

Hoje:

Apenas  dois pontos a  apontar :
1- A força não é mais a mesma!
2- É necessário puxar  com muito mais força  do que se puxava outrora.


P.s Cansada, indignada, triste, aborrecida

06 abril 2015

Covardia

..."Aprendi a me posicionar a minha vida todinha" o Vanderlei Luxemburgo disse bem assim e  eu concordo e acrescento, quando não me posiciono ou quando não permitem me posicionar eu sofro, muito. São convenções eu sei, mas tem pouco tempo pra mudar algumas pessoas que não querem mudança. E percebam, eu nem estou falando de um campeonato estadual, falo de vida, de gente, de formas de se comportarem diante de situações. Tem gente que me faz abominar a covardia de não ter a decência de conversar, dizer, olhar no olho, reclamar, pedir ajuda, enfim, gente tosca que adora armar um circo e ficar rindo e plantando discórdia. Ah,nos dias em que enfrento situações assim me parece que só o que cura o mundo é mais um dilúvio. Hoje, não consegui me posicionar,precisei engolir as palavras, pensar,remoer, calar. 

30 março 2015

É proibido reclamar

Hoje é um daqueles  dias em que  se eu não escrever vou explodir.
É urgente que as pessoas  pensem nos motivos pelos quais estão no mundo, com que olhos observam os seus semelhantes. E por DEUS, porque reclamam tanto.
Se uma regra apenas eu pudesse estabelecer e que ela tivesse  valor e abrangência universal seria esta, simples assim: É proibido reclamar.  
Puxa, como tem gente azeda, que reclama da vida, que tenta sugar a nossa energia vital. Tomara que eu nunca me deixe  contaminar, tomara que eu encante o maior número de pessoas possíveis que esteja  a minha volta e distantes também. Fico analisando que talvez seja deste mal que o amor vai morrendo, que a crença nos valores humanos vai enfraquecendo...Por que será que não valorizam o lado bom das coisas, que não fazem o que podem com o que está disponível. Por que será que não agradecem a DEUS pelo pão de cada dia, pela benção de viver e conviver, pela graça de poder encantar crianças e adolescentes. 
Minha nossa, em quem esta geração vai se inspirar, em que sorrisos vai buscar encanto, que olhos vão brilhar de alegria diante deles...
Será impossível fazer análises, ver luz, perceber possibilidades...

Preciso de forças, de energia boa, de uma noite no meio, tudo que me restabeleça minhas forças e me permita levantar amanhã disposta  e  conseguir manter a esperança em toda uma equipe.

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